Sonae defende maior transparência das empresas em prol de uma economia positiva para a natureza

Mais de 330 empresas, entre as quais a Sonae, lançaram hoje um apelo aos chefes de Estado de todo o mundo para assumir metas ambiciosas para travar e reverter a perda de biodiversidade. A iniciativa pretende que os decisores políticos tomem medidas concretas já na Conferência de Biodiversidade da ONU (CBD COP15), que se realiza em Montreal, Canadá, de 7 a 19 de dezembro de 2022.

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O manifesto, subscrito por empresas de 56 países com receitas combinadas de 1,5 biliões de dólares, defende ainda a criação de requisitos obrigatórios para todas as grandes empresas e instituições financeiras, por forma a que estas avaliem e divulguem os seus impactos e dependências da biodiversidade até 2030.

Os signatários, onde se que incluem mais de 100 empresas com receitas superiores a mil milhões de dólares e onde a Sonae é a única representante portuguesa, reconhecem o papel crítico das empresas para parar e reverter a perda da natureza. Através da “COP15 Business Statement”, as empresas descrevem as ações voluntárias que estão a realizar, tais como avaliação dos seus impactos e dependências da natureza, divulgação das informações relevantes relacionadas com a natureza e transformação das suas estratégias de negócio para proteger e restaurar os ecossistemas naturais. O manifesto realça que o processo “não será fácil, mas deve acontecer se levarmos a sério a realização da Visão 2050 da Convenção sobre Diversidade Biológica para ‘Viver em Harmonia com a Natureza’”.

João Günther Amaral, Membro da Comissão Executiva da Sonae, afirma: “As empresas têm um papel crucial na proteção dos recursos naturais e na defesa da biodiversidade. Acreditamos que a adoção de metas globais é essencial e não constitui uma ameaça, mas antes uma grande oportunidade para as empresas e para os Estados assumirem a sua responsabilidade de salvaguardar todos os recursos e serviços que a Natureza nos proporciona e dos quais dependemos”.

Os signatários da declaração realçam que, sem objetivos robustos e obrigatórios, falta clareza aos governos e às empresas sobre o caminho a seguir para entender e gerir os seus impactos e as suas dependências da natureza. A mudança para uma economia de positiva para a natureza criará quase 400 milhões de empregos e um valor económico anual de 10 biliões de dólares até 2030.

O novo relatório “Tornar obrigatório: o caso para avaliação corporativa obrigatória e divulgação sobre a natureza”, publicado pela Business for Nature, Capitals Coalition e Carbon Disclosure Project, realça que, se a avaliação e a divulgação da natureza fossem obrigatórias, ajudariam a elevar a ambição por parte dos negócios, aumentar a responsabilidade e responsabilização, envolver investidores e consumidores, apoiar as PMEs para minimizar suas dependências da natureza ao nível das cadeias de suprimentos e ajudar a garantir os direitos dos Povos Indígenas e das comunidades locais.

Sonae promove transparência desde 1999

A Sonae tem implementadas políticas de transparência e de reporte ambiental desde 1999, ano em divulgou o seu primeiro “Relatório Ambiental”. Em 2005, esta publicação alargou o seu âmbito e passou a designar-se “Relatório de Sustentabilidade”, dando a conhecer aos vários stakeholders os impactos e as iniciativas desenvolvidas pela Sonae na melhoria da sua pegada ambiental e na proteção da natureza.

Estas ações integram-se na política de sustentabilidade da Sonae, que há mais de duas décadas integrou o Conselho Económico Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), e que tem no combate às alterações climáticas e na proteção da natureza e da biodiversidade dois dos seus eixos estratégicos de atuação.

Já este ano, no cumprimento da sua estratégia de sustentabilidade, a Sonae anunciou a criação do compromisso “Zero Deflorestação” para assegurar, até 2030, a conservação das florestas no decorrer das atividades e operações sob o controlo direto das empresas Sonae e das suas cadeias de abastecimento.

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