Uma análise realizada pelo Portal da Queixa, revelada esta quinta-feira, destaca que desde o início do presente ano, entre 1 de janeiro e 9 de novembro, já foram registadas, nessa plataforma, aproximadamente cinco mil reclamações às entidades públicas e privadas do setor da Saúde. Um acréscimo de 65%, perante as 2.983 queixas verificadas em igual período de 2019.
Entre as principais razões dos utentes para reclamar encontram-se a má qualidade do atendimento (34% das queixas), os problemas com cancelamentos e atrasos nas consultas (19%), mas também as questões associadas com pagamentos, taxas e reembolsos (12%), e ainda a escassez de medicamentos (6%).
Os Hospitais e as Maternidades do país são aqueles órgãos com maior número de queixas. Em 2022 foram aferidas 939, ou seja, um crescimento de 29%, face ao período homólogo de 2021, onde foram constatadas 727 queixas.
Depois desses, vêm os planos de saúde, que foram sujeitos a 543 queixas, durante este ano. Um número expressivo, mas mais baixo do que as 761 queixas registas no ano passado.
Também as farmácias e as parafarmácias entram no pacote das reclamações. Até ao momento, foram apresentadas mais de 300 queixas. Apesar disso, este resultado representa uma descida de 16%, face às queixas aferidas em 2021, mais de de 350.
Já os laboratórios e análises foram alvo da maior taxa de crescimento, 89%. No período analisado somaram 164 reclamações e no ano passado 89.
É de salientar que neste estudo, foram incluídas e averiguadas 12 categorias e 299 entidades de saúde do sistema público e privado. Em termos gerais, a pesquisa possibilitou verificar que o sistema privado teve 3.065 queixas, um crescimento de 62% e o sistema público 1.862 reclamações, uma subida de 38%.