Visual Thinking distingue-se pela “excelência dos seus serviços” e “relações de parceria com os clientes”

Em tempos pautados pela transformação digital, a Visual Thinking nasce da vontade de «fazer diferente» “no mercado das ferramentas digitais de apoio à gestão”. Quem o reconhece é Estela Brandão de Bastos, CEO desta empresa, que, em entrevista à Revista Pontos de Vista, abordou a forma como têm apoiado as organizações no processo de transição digital.

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A visão da Visual Thinking é, desde o primeiro dia, reconhecida como uma referência nacional para a transição digital em 2025. Enquanto CEO da mesma, como tem vindo a ser a evolução da marca neste sentido?

A Visual Thinking nasce da vontade de marcar a diferença no mercado das ferramentas digitais de apoio à gestão e tem pautado a sua performance pela excelência dos seus serviços e pelo estabelecimento de relações de parceria com os seus clientes, reforçando, em cada projeto, a geração de valor acrescentado em todas as organizações onde atua. Para uma startup como a Visual Thinking, a evolução da marca faz-se com muito trabalho e dedicação, suportados por uma equipa motivada e com total comprometimento com o cliente. É um caminho que se faz caminhando, mas que, felizmente, tem trazido cada vez mais notoriedade e reconhecimento à marca Visual Thinking.

A atividade da Visual Thinking traduz-se, assim, em apoiar as organizações no processo de transição digital. Para melhor entender, de que forma o faz? Quais são as competências core desta marca?

As competências core da Visual Thinking são a consultoria de business intelligence suportada pelo desenvolvimento de soluções de acesso ágil à informação de suporte à tomada de decisão. Para além disso, somos especialistas em formação em Microsoft Excel e Power BI, duas ferramentas imprescindíveis em qualquer organização, como suporte ao tratamento e análise de dados. Temos também uma área de desenvolvimento de aplicações de produtividade, que permitem a adoção de pequenas aplicações, mas de grande impacto nas organizações, como forma de transformar processos manuais em processos totalmente digitais. Esta área de desenvolvimento é também responsável pelo desenvolvimento de produto e temos já no mercado dois produtos de business intelligence, o SAFTBOARD SALES e o SAFTBOARD ACCOUNTING. São produtos altamente interessantes para as nossas PME, pois permitem a um custo muito reduzido aceder a informação relevante de apoio ao negócio. O SAFTBOARD SALES permite, através do ficheiro saft de faturação extrair automaticamente insights sobre vendas, produtos, mercados e clientes. O SAFTBOARD ACCOUNTING permite através do ficheiro saft de contabilidade aceder a toda a informação contabilística, sob a forma de análises visuais interativas.

Certo é, o reforço das competências digitais da Visual Thinking tem tido resultados positivos na implementação de alguns processos de upskilling de recursos humanos junto de muitas organizações a nível nacional. Na sua perspetiva, quão importante é esta estratégia de melhorar as competências dos profissionais para o presente e o futuro?

O aumento e/ou reforço de competências digitais dos recursos humanos é algo que deve ser seriamente colocado em cima de todas as mesas de decisão de todas as organizações a nível nacional. Desde as nossas micro-empresas até às organizações do setor público, é notória a lacuna dos recursos humanos nas áreas do digital, nomeadamente nas competências de processamento e tratamento de dados. Hoje em dia, já não faz sentido aguardarmos por um relatório com determinada informação para podermos tomar uma decisão, pois assim que o relatório nos chega às mãos, a informação já se encontra desatualizada. Faz sentido sim, dotar os nossos recursos humanos de competências para tirar partido da informação à qual têm acesso no exercício das suas funções e poder gerar valor acrescentado com ferramentas de business intelligence adequadas e geradores de produtividade. Para tal, é imperativo que as organizações reconheçam o papel interventivo de todos os seus recursos humanos como enablers de toda uma cadeia de valor no seio da organização. É muito importante que os planos de formação das empresas incluam competências na área do analytics, nomeadamente incorporando ferramentas como o Microsoft Power BI que potencia o tratamento e acesso ágil a informação relevante de apoio aos processos e funções de toda a organização. As empresas que não reconheçam esta lacuna correm o risco de se tornar obsoletas num curto espaço de tempo e a curva de aprendizagem deste tipo de ferramentas é rápida, porque se trata de ferramentas de self-bi, em que não há necessidade de ser “informático” para perceber como tirar o melhor partido dos dados.

Nesta linha de pensamento, a União Europeia determinou 2023 como o Ano Europeu das Competências e eleva a prioridade máxima a necessidade do desenvolvimento de competências. Que mais-valias irão emergir desta iniciativa para os profissionais e para as empresas?

O objetivo da União Europeia para 2030 é que 80% dos cidadãos europeus possuam pelo menos competências digitais básicas, o que demonstra que temos efetivamente ainda um longo caminho a percorrer. Os números do DESI 2021 (Digital Economy and Society Index) apresentam-nos 4 em cada 10 adultos e um terço dos trabalhadores na Europa carecem de competência digitais básicas. Muito se fala da transformação digital, mas o facto é que ainda têm de ser implementadas muitas ações concretas de estratégia concertada ao nível dos pilares da economia e da sociedade. Portugal tem feito um esforço em ações de sensibilização e de alguma capacitação, mas é preciso ir para o terreno, para junto das pessoas que integram as nossas PME e organizações do setor público, para aumentar e reforçar as suas competências e, desta forma, suavizar o processo de transformação digital de todas estas organizações. Este tipo de ações irá tornar os nossos recursos humanos mais produtivos e motivados para com o futuro que se avizinha desafiador e muito competitivo.

A verdade é que, dispor das competências necessárias permite às pessoas enfrentar com êxito as mudanças do mercado de trabalho. Sabendo que uma das metas da União Europeia é uma taxa de emprego de pelo menos 78% até 2030, em que medida as competências e os skills poderão impactar positivamente este desafio a ultrapassar?

Recursos humanos dotados de competências digitais serão certamente mais ágeis no desafio da busca de emprego, uma vez que é difícil hoje em dia pensarmos em algum negócio que não dependa, com maior ou menor intensidade, de processos digitais. O mercado de trabalho está a mudar e a adaptação dos recursos humanos a esta mudança exige competências diferentes, novas formas de trabalhar, um mindset diferente. Por outro lado, a possibilidade de trabalho totalmente remoto abre as portas para um novo mundo de trabalho, além-fronteiras. Assistimos já hoje a recursos humanos em Portugal que estão a celebrar contratos de trabalho com empresas europeias, americanas, asiáticas e trabalham a partir do seu país, com condições financeiras muito acima daquilo que as empresas nacionais conseguem dispor. Isto levanta o reverso da medalha: se por um lado é muito positivo para os recursos humanos que conseguem formalizar estes contratos, é importante que o nosso Governo olhe atentamente para estes cenários e permita às nossas PME poderem dispor de valores mais atrativos para os seus recursos humanos, nomeadamente com um alívio mais evidente da carga fiscal a nível de imposto coletivo e singular.

Segundo a União Europeia, também se verifica uma baixa representação das mulheres em profissões e estudos relacionados com a tecnologia, uma vez que apenas um em cada seis especialistas em TI e um em cada três diplomados em CTEM eram mulheres. De que forma o Ano Europeu das Competências visa, ainda, alterar estes dados?

Felizmente já começamos a assistir a alguma inversão destes números, mas é um caminho que requer tempo pois, mais uma vez, exige uma alteração de mindset da sociedade e economia em geral. A engenharia começa a contar com mulheres cada vez mais interventivas na economia e na sociedade e a área digital é um dos exemplos, inclusive a nível nacional. O plano de aumento e reforço de competências a adotar pelas organizações deverá ser transversal a todas as áreas da organização, mas para uma mudança mais expressiva neste indicadores de representação da mulher no digital, mais uma vez, é preciso refletir e agir de forma estruturada relativamente a uma questão fundamental à mulher enquanto garante da nossa humanidade: que condições pode o Estado promover para que a mulher possa assumir cada vez mais um papel interventivo junto da economia e sociedade, sem colocar em causa o seu papel de mãe? Esta questão parece ser uma questão antiga, mas, que cada vez mais, é imperativa nos processos de reflexão nacionais, sob pena de termos cada vez mais um país envelhecido, sem sinais de inversão na curva da taxa de natalidade.

Face aos desafios e oportunidades que 2023 trará, que planos a Visual Thinking irá traçar nos próximos meses, de forma a apoiar as organizações?

A Visual Thinking possui uma equipa jovem e muito motivada a marcar a diferença e apoiar a transformação de todos os seus clientes atuais e potenciais que nos procurem. O aumento e reforço de competências digitais é uma das nossas especialidades, nomeadamente nas ferramentas de Microsoft Excel e Power BI, pelo que este ano decidimos lançar um plano anual de formação em contínuo, que permita a todos os interessados obter conhecimentos nestas ferramentas de tratamento e análise de dados, com os nossos especialistas, formadores altamente qualificados e que usam as ferramentas numa base diária, quer em sede de formação, quer em sede de projeto. Para além disso, temos programas específicos para organizações, nos quais realizamos assessments, para aferir em que nível os recursos humanos se encontram em cada uma das ferramentas e traçamos um roadmap de capacitação, para evolução dos participantes. Por outro lado, temos competências especializadas na construção de soluções de business intelligence, desenvolvendo ferramentas de apoio à gestão que reunem dados de diferentes fontes (nomeadamente ERP, CRM, PMS, MES, sensores de máquinas, etc…) e permitem a criação de dashboards interativos de visualização da informação, para apoiar as organizações no acesso ágil e atempada à sua informação.