A Ciphra é uma empresa na área da Contabilidade, fundada há 17 anos, vocacionada para auxiliar o tecido empresarial na Gestão Fiscal e Financeira. Sabendo que está, atualmente, num novo espaço, com diferentes estruturas e em crescimento, o que tem vindo a mudar até então?
Eu diria antes, que mais do que temos vindo a mudar ao longo destas quase duas décadas, será mesmo o que temos vindo a manter, pois é isso que nos distingue. Isto é, a aposta num serviço diferenciador e à medida de cada cliente, o tratarmos a gestão, a fiscalidade e os recursos humanos como um todo, o considerar “as minhas pessoas” e das empresas clientes como um dos pilares para o sucesso, o foco em conhecer cada cliente e ajudar cada empresário a crescer, inovar ou consolidar o seu próprio negócio. Diria que o crescimento do negócio, o novo espaço e as diferentes estruturas espelham a robustez da paixão pelo que faço, o respeito pelas pessoas (em quem acredito), o não me resignar à minha zona de conforto e a vontade de dar sempre o meu melhor.
Assim, a Ciphra oferece uma gama completa de serviços financeiros, produtos e soluções empresariais que ajudam os clientes a desenvolver a sua atividade de forma eficaz e profícua. Quão desafiante tem sido a arte de ajustar estas soluções às tendências do mercado?
Tem sido inspirador. Considero e comprovo por experiência própria que o que nos faz crescer são os desafios. Quanto mais formos capazes de os aceitar e estar um passo à frente, mais rápido será o processo de adaptação, crescimento e capacidade de liderança. De entre várias estratégias, a Ciphra aposta, desde cedo, na formação (interna e para os clientes). Torna-nos mais capazes de apresentar soluções diferenciadas, proporcionando uma antecipação e preparação para superar os desafios com sucesso.
O desafio da transformação digital nas empresas, por exemplo, exigiu-nos mais investimento e conhecimento por um lado, mas proporcionou-nos uma maior e mais célere capacidade de resposta. De tal forma, que muitos empresários passaram a externalizar o payroll dos serviços. Ao entregar a gestão financeira e administrativa dos recursos humanos à Ciphra, reduziram os custos fixos com equipas internas, libertaram-se de tarefas administrativas e passaram a ter mais tempo para se dedicarem ao core business do seu negócio. O que seria um desafio, tornou-se, para a Ciphra e para as empresas, como uma oportunidade de fazer acontecer.
Certo é, além de adequar os serviços às necessidades dos clientes, a empresa também se preocupa em desenvolver outros, mais modernos e eficazes – e o Escritório Virtual é um exemplo disso mesmo. No que consiste este novo serviço e quais as suas vantagens para empresas e empreendedores?
O escritório virtual e o domicílio fiscal nascem de uma visão do mercado, junto de clientes nacionais e internacionais e pretende oferecer uma solução económica, flexível e profissional para pequenas empresas e empreendedores. Uma resposta que consegue reduzir custos pois não precisa pagar por um espaço de escritório ou comprar material de escritório, móveis, equipamentos e recursos humanos, economiza em impostos e pode registar o seu negócio numa localidade que ofereça incentivos fiscais mais vantajosos. Para além disso, com um endereço comercial respeitável, pode melhorar a credibilidade do seu negócio e aumentar a confiança junto dos clientes e fornecedores, trabalhando a partir de qualquer lugar.
Na procura de mais e melhores soluções, a Ciphra dispõe, ainda, de parceiro, a nível nacional, para os empresários que procuram no coworking uma estratégia de proximidade.
Soluções diferenciadas, sempre à medida de cada negócio.
A verdade é que, a Ciphra, nasceu a assumir que a Contabilidade não é vista como um mero cálculo das obrigações fiscais, é um meio e não um fim. Considera que foi esta visão que permitiu à empresa destacar-se no mercado? Por que motivo?
Sim, essa visão aliada ao reconhecimento das pessoas. Reduzir a contabilidade a números e obrigações, aliena a paixão no mundo dos negócios e somente quando estamos apaixonados pelo que fazemos e com quem estamos, conseguimos fazer acontecer. Na Ciphra, cada empresa não encerra apenas mais um número, mas o sonho de um empreendedor, com todas as suas áreas de atividade, dificuldades e potencialidades. Por isso, depois de conhecer o nosso cliente e objetivos, aconselhamos, partilhamos conhecimento e dicas, apresentamos cenários e respostas diferenciadas, damos formação. Para nós, o seu sucesso é o nosso sucesso.
Além desta visão diferenciadora, a história da Ciphra também nos remonta à vontade e determinação da Maria João de Figueiredo em «fazer acontecer». Dado o sucesso e reconhecimento da marca no mercado, quão gratificante é olhar para trás e observar este trajeto de conquistas somadas?
Para mim é extremamente gratificante. O reconhecimento, sinónimo de confiança e credibilidade pelos nossos clientes, e os seus resultados fazem valer toda a dedicação e trabalho árduo. Fechar projetos de investimento com sucesso, assistir ao crescimento do volume de negócios, participar nos processos de internacionalização, partilhar a concretização de novos investimentos e a consolidação dos negócios, permite-nos confirmar que quando acreditamos e com as pessoas certas é sempre possível fazer acontecer, cientes de que este trajeto ainda está no início e muito temos ainda por desbravar.
Mais do que as conquistas somadas, importa mencionar que as mesmas foram conseguidas por uma mulher, profissional e empreendedora, capaz de «rasgar» mentalidades e ser líder da sua própria organização. Considera que este caminho foi mais difícil pelo facto de ser mulher? Face à sua experiência, como analisa a questão da igualdade?
Eu tenho uma visão muito própria, pois considero que homens e mulheres são iguais na sua diferença e diferentes na sua igualdade. Para mim, o género não define um posto, uma profissão, um cargo. Desde sempre, marquei presença em áreas onde o masculino era a figura mais presente, passando pelo desporto, enquanto primeira presidente de um clube, a empresária no mundo dos números. Tal não me impediu de deixar a minha marca e de ser reconhecida, pois não encarei a resistência masculina como um problema, mas sim como um desafio.
O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, “obriga-nos” a refletir sobre todas as mulheres que ainda hoje encaram adversidades maiores pela desigualdade que persiste. É importante que o caminho da consciencialização, da igualdade e representatividade não fique estagnado? Que atitudes se deveriam adotar?
Dar voz às situações de injustiça, para que se continue a valorizar a igualdade, assumindo-se nesta matéria, que não há género melhor ou pior, apenas diferente. Incentivar a uma educação e formação que, desde cedo, permita as mesmas oportunidades, sem juízos de valor e promover condições de conciliação familiar que respeitem as diferenças e potenciem as igualdades.
Fundadora e CEO da Ciphra e, por isso, um exemplo de liderança feminina na sociedade, que mensagem gostaria de deixar a todas as mulheres que também gostariam de traçar o seu caminho de sucesso?
A palavra-chave consiste em acreditar em si mesmas e nos seus sonhos e transformarem os obstáculos em desafios. Conheçam quem são, descubram os vossos pontos fortes e trabalhem as áreas ondem podem ser mais e melhores. Escrevam os vossos objetivos e tracem datas para os concretizar. Planeiem e coloquem lembretes a cada semana, mês, trimestre para se assegurarem de que não está esquecido e tudo estão a fazer para o conseguir.
Não baixem os braços perante as primeiras adversidades, lembrem-se que quanto mais conseguirem ultrapassar, mais fortes e resistentes se irão tornar. Por vezes, o melhor que nos pode acontecer é mesmo o pior e somente mais tarde percebemos isso mesmo. Finalmente, façam-se rodear das pessoas que vos querem bem e vos acrescentam confiança, positividade e respeito. Palavras de ordem: fé e foco.