
Após dois anos de concentração na pintora mexicana Frida Kahlo, conhecida pelos seus retratos, autorretratos e obras influenciadas pela natureza e pela cultura mexicana, a IMPERFEITA convida este ano outra “imperfeita” para participar do projeto.
Em 2023, e prestando tributo à Arte de ser Mulher, a exposição chama ao palco um ícone cultural contemporâneo – universalmente referida como a Rainha da Pop -, que representa a liberdade de escolher como se envelhece e que desafia os estereótipos, lembrando que não é a idade que define uma mulher.
“A idade não nos define” é o claim para a IMPERFEITA 1.3, uma exposição coletiva que reúne quase 90 obras de mais de 30 artistas de diferentes nacionalidades, numa seleção feita por convite e por candidatura. Entre os artistas que irão ter as suas obras patentes nesta exposição, destaque para nomes como os portugueses Daniela Guerreiro e Rui Carruço, os italianos Fiumani e Tony Cassanely ou as brasileiras Alessa Baggio e Fernanda Victorello.
A exposição tem ainda uma dimensão de Inclusão, com obras da autoria de oito coautores portugueses apoiados organizações de cariz social – Fundação AFID diferença, Fundação Liga e Associação Quinta Essência – e cujo valor da venda reverte na totalidade para estas instituições.
A IMPERFEITA nasce de um concurso promovido pelo Coletivo 284 com o propósito de homenagear a Mulher e conta ainda com quatro projetos especiais – Collab David Reis Pinto e AFID; Collab Tim Madeira e Quinta Essência; Projeto Avatar – Adriana Scartaris; e a Instalação Interativa Atelier Frida Kahlo – Bruno Maltez.
Com abertura no Dia Internacional da Mulher, a exposição apresenta uma programação cultural diversificada e intensa, para diferentes perfis de público, de todas as idades, com tecnologia e inovação, destacando-se o lançamento da IMPERFEITA no metaverso. Algumas obras integram realidade aumentada, outras são criadas por Inteligência Artificial, sendo “editadas” depois por artistas humanos.
A IMPERFEITA 1.3 serve ainda de cenário a um conjunto de iniciativas, com datas agendadas em todo o mês de março, com destaque, entre outras, para um pequeno-almoço intimista para imersão na exposição e potenciação do cheiro e sabor ou para uma conversa do avesso que tem como objetivo desconstruir temas corporativos abordados à luz de estereótipos.
A curadoria da IMPERFEITA é da responsabilidade de Adriana Scartaris, profissional com 39 anos de experiência e que pauta a sua intervenção por uma curadoria motivacional e de orientação, provocando o que ainda não feito. Esta provocação está na génese do Coletivo 284, que tem como mote lançar interrogações e provocar inquietação, desafiando a sair da área de conforto e fazer algo de novo.
“A IMPEREFITA 1.3 que valoriza as imperfeições de todas as mulheres, como potências e características que as tornam únicas, amplia a reflexão sobre “ser mulher”. Os artistas participantes podem explorar esses dois símbolos contemporâneos individualmente ou em conjunto, revisitando o papel da mulher na sociedade”, resume Adriana Scartaris.
Sobre a dimensão de inovação na exposição, a artista e curadora acrescenta que esta criação “foi um mergulho neste mundo de arte pós-internet que explora o impacto da tecnologia e questiona a relação entre o mundo físico e o mundo virtual”, lembrando que a “Inteligência artificial (IA) não é tradicionalmente considerada uma forma de arte, mas pode ser utilizada para criar e interagir com a arte de outras maneiras”.