Começamos por contar a história por detrás dos mais de 40 anos de experiência da Irmãos Mota. Esta que é uma empresa familiar, está, hoje, na sua terceira geração a aplicar os valores traçados desde o primeiro dia: a confiança, a liderança e a história.
Iniciou a sua atividade na área da urbanização, fazendo desta atividade um dos maiores focos, até aos dias de hoje. Assumiu compromissos urbanísticos, sociais e paisagísticos em quase todo o território nacional e até internacional – na grande crise de 2008, em Portugal, a marca rumou até Moçambique, onde se estabeleceu durante um período de tempo, acabando por partilhar a sua atividade com este mercado e o português.
Teresa Ribeiro começa por explicar que, em Moçambique, “desenvolvemos projetos de construção que, além de serem sociais, passaram também a ser muito pessoais. Contratámos as pessoas de lá e percebemos que estávamos a conseguir melhorar a vida desta comunidade. Foi muito gratificante”.
Passado uns tempos, Portugal abriu portas a novas oportunidades de mercado e é, então, nessa altura que a Irmãos Mota se focou, somente, na sua «casa mãe», desta vez também a operar na área da reabilitação urbana. Contudo, na pandemia da Covid-19, houve um repensar na estratégia da empresa, que fez compreender o foco no core com que a mesma se fundou, a urbanização, mas desta vez mais focalizada para a sustentabilidade e para o well-being – e é neste ponto que se encontra, atualmente, a Irmãos Mota.
Assim, hoje, com maior incidência na atividade de urbanização, a empresa assenta em pilares como o desenvolvimento, o meio ambiente e a criação de espaços aprazíveis, ao mesmo tempo que cumpre com a missão de contribuir para uma sociedade melhor e um futuro próspero.
“Sendo uma empresa urbanizadora, estamos, realmente, a criar comunidades e até mini-cidades, o que influencia a vida das pessoas que usufruem ou vão usufruir de projetos futuros que possamos desenvolver. Ao reorganizarmos a estrutura urbana, conseguimos que todos se sintam mais integrados na comunidade e que tenham, consequentemente, maior qualidade de vida. É por isso, também, que gostamos de atuar em zonas mais afastadas do centro de Lisboa – uma das características dos nossos projetos é privilegiarem espaços amplos, zonas verdes, criando uma simbiose entre a cidade e o campo”, afirma a Managing Partner da Irmãos Mota, acrescentando ainda que, “existe uma colaboração ativa com os Municípios para percebermos as necessidades das suas comunidades. Do zero, conseguimos criar o espaço que colmate as lacunas existentes e fazemos com que as pessoas que nele habitam sintam bem-estar”.
Mas não fiquemos por aqui. Além dos pilares essenciais pelo qual a empresa se rege, existe uma «chave-mestra» que também se destaca: a inovação.
Sabemos que, num mercado altamente competitivo, diferenciam-se as marcas que atuam de forma inovadora, que apresentam ao mercado oportunidades, ainda que os desafios também existam, tal como Teresa Ribeiro assinala. “Se olharmos para o setor da construção no contexto nacional, rapidamente percebemos que a inovação tecnológica que temos vindo a assistir nos últimos dez anos não se tem repercutido nesta área. Somos dos mercados mais conservadores, não digo do mundo, mas sem dúvida da Europa. Sofremos, atualmente, um problema grave no que diz respeito a mão de obra – e só por isso, fomos obrigados a inovar e a abrirmos caminho para a industrialização”.
Certo é que, a história, a experiência e a base consolidada da Irmãos Mota no mercado, permite ultrapassar cada adversidade e ver mais além.
A NeuroArquitetura – um conceito inovador em Portugal
Teresa Ribeiro, além de ser Arquiteta qualificada com 20 anos de experiência profissional nesta mesma área, em Gestão de Projetos e Reabilitação, Promoção Imobiliária e Administração, é também – e mais recentemente – especialista em NeuroArquitetura.
A NeuroArquitetura é uma abordagem interdisciplinar que combina princípios da Arquitetura com a Neurociência para criar ambientes que promovam o bem-estar, a saúde mental e a produtividade das pessoas. Este conceito baseia-se no facto de que o ambiente físico em que vivemos e trabalhamos tem um impacto significativo no nosso cérebro, comportamento e emoções. Assim, a NeuroArquitetura procura criar ambientes que não sejam apenas esteticamente agradáveis, mas que promovam, também, o bem-estar de quem os ocupa. É uma abordagem que reconhece a conexão profunda entre o ambiente construído e o funcionamento do cérebro humano e de que forma, essa conexão, pode ser otimizada para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
“Este é um conceito que já existe há 20 anos, mas que em Portugal não é muito conhecido. Começou em 2003, na Califórnia, quando um Neurocientista se juntou a um Arquiteto e criaram a NeuroArquitetura. Através da mesma, percebemos como é que a luz, a qualidade do ar, o próprio layout, entre muitos outros aspetos, interferem e persuadem as nossas emoções. Por exemplo, nós estudamos como é que a luz azul está constantemente a enviar mensagens ao nosso cérebro sobre produzir cortisol (a conhecida hormona do stress). Sabemos que, em poucas quantidades é possível que nos faça bem, porque nos ativa fisicamente. Contudo, a longo prazo, faz-nos sentir stressados e até depressivos”.
Para obtermos estas informações, Teresa Ribeiro afirma que “a NeuroArquitetura possui estudos científicos, baseados em evidências também científicas que se materializam em dados concretos. Esta é a grande diferença entre a Psicologia Ambiental e a NeuroArquitetura”.
Importa referir ainda que, dada a paixão, a vontade e o querer da nossa entrevistada, participou recentemente na Conferência mundial dos 20 anos da Associação da Neurociência para a Arquitetura (ANFA, sigla na língua original inglesa desta organização) realizada na Califórnia, e na qual apresentou um trabalho e teve a oportunidade de mergulhar, ainda mais, neste universo.
Face a todo o conhecimento adquirido ao longo dos tempos e a esta mais recente especialização, Teresa Ribeiro leva a NeuroArquitetura para a realidade da Irmãos Mota – e torna-a mais inovadora do que nunca. A partir de agora, além dos projetos que já conhecemos, a marca irá permitir que os seus usuários possam viver, nestes espaços, de forma plena e feliz.
Um Futuro promissor
A Irmãos Mota tem tido um papel preponderante no seu setor, mas também na sociedade. No mercado, é uma empresa que se afirma, legitimamente, consolidada e certa da qualidade dos serviços que apresenta; por outro lado, na sociedade, é uma marca preocupada com a sustentabilidade do mundo e com o bem-estar das comunidades. Mas não é só. Se refletirmos profundamente, percebemos que é representada por uma Mulher Arquiteta, que se destaca neste universo – e a faz destacar no seu contexto. Desbrava caminho contra todas as adversidades, interrompe mentalidades conservadoras e eleva a prioridade o que de melhor se faz, independentemente do género, na Arquitetura, no Imobiliário, na Urbanização e na Construção em Portugal.
Muita história ainda está por traçar. Ao olhar para um vindouro não tão longínquo assim, Teresa Ribeiro assume que gostava de ter “mais influência dentro da área da Arquitetura e dos Promotores Imobiliários no mercado nacional. Gostava de verificar também, no futuro, um setor mais coeso, com consciência da importância não só da união entre si, mas também da evolução no que concerne à sustentabilidade e ao bem-estar do usuário. Temos o poder de tornar a vida das pessoas mais feliz. Se todos pensarmos assim, muita coisa vai mudar e para melhor”, termina.
A promessa que fica é que a Irmãos Mota de tudo fará para contribuir para esta evolução, ao divulgá-la e ao colocá-la na prática no mercado, para a sociedade.