A Whatdesign é um estúdio criativo com paixão pelo design de comunicação, conteúdos digitais e ilustração, que dá cor, forma e animação ao mercado desde 2007. Como tem vindo a ser a evolução da marca ao longo destes 16 anos de atividade?
Tem sido uma grande aventura. Começámos a Whatdesign quando tínhamos 24 anos, éramos naturalmente muito inexperientes e tínhamos o mundo todo pela frente. Mas o mundo todo pela frente é muito assustador para umas miúdas tão novas e sem experiência profissional. Agora, em retrospetiva, percebo que pouco sabíamos e que muito iríamos aprender. E continuo a aprender, todos os dias e com a única certeza que me ensinou o meu conterrâneo, desde cedo, José Régio, de que “não sei por onde vou, sei que não vou por aí”.
Publicidade, editorial, web design, produção e formação são algumas dos serviços prestados pela Whatdesign. Quais é que são os parâmetros diferenciadores de cada um deles?
Todos os serviços da Whatdesign têm um denominador comum, que é a implementação da Metodologia Projetual – de Bruno Munari. Sem método não passamos do romance. E como todos sabemos, no mundo do trabalho o romance serve “apenas” de mote inspirador. É preciso uma equipa muito consciente deste facto, que é a nossa, para conseguir bater de forma eficaz tantas frentes distintas como são os serviços prestados aos nossos clientes.
No que respeita à formação, sabemos que é formadora no CESAE – Centro para o Desenvolvimento de Competências Digitais. Que mais-valias advêm deste facto?
Sou sim, e com muito orgulho! O CESAE é para mim uma casa que me permitiu e permite pôr à prova a minha competência enquanto profissional, formadora e ser humano. Desde a direção à secretaria, aos meus colegas formadores e aos meus formandos, o ambiente e os desafios que vivemos juntos são para mim uma bênção evolutiva a todos os níveis. Destaco primeiramente a Dra. Susana Vieira e Dra. Deolinda Passos, do CESAE de Vila do Conde, que me receberam de uma forma incrível, desde o início. A Dra. Anabela Ribeiro e Dra. Inês Castro, do CESAE do Porto. O Dr. Rui Diniz, do CESAE de Leça da Palmeira. E, é claro, todos os meus colegas formadores, mas, particularmente, o Dr. João Azevedo, o Engº Rogério Figueiredo, o Dr. Hélder Pinto e o Dr. Pedro Sousa. Obrigada por tudo.
A Sílvia Teixeira é Co-Fundadora e Designer da Whatdesign. Considera que aliar a liderança da empresa à criatividade é também uma arte bem-sucedida? O que é que mais a cativa nestes campos?
Para mim, sem dúvida. Como criativa que sou e mulher, poder aliar a criatividade à liderança é o melhor de dois mundos. O que mais me cativa é poder cuidar e orientar esta minha primeira “filha”, a Whatdesign, e toda a nossa família corporativa de uma forma consciente, humanista, aventureira e criativa. Sinto-me uma “mãe” de muitos filhos. E aprendo com isso. Muito.
A liderança, principalmente, pode ser um papel desafiador para a Mulher, devido aos desafios que hoje urgem colmatar. Sabendo que é um exemplo deste (ainda) desafio, como observa a questão da igualdade de género atualmente?
Na verdade, todos somos exemplos uns para os outros. Espero estar a conseguir, sempre que possível, ser um exemplo dos bons. A mulher é uma líder nata, a História e a vida mostram-nos isso. Ainda há um longo caminho pela frente para que a verdadeira igualdade aconteça no mundo empresarial, mas nós, mulheres, estamos a fazer um excelente trabalho no que diz respeito à luta pelos nossos direitos. E vamos conseguir!
Contudo, mais do que promover uma igualdade de género, considera que a liderança feminina no mundo corporativo, e também na área criativa, permite novas abordagens que agregam qualidade e resultados para as empresas? De que forma?
A liderança feminina, quando bem feita, é muito particular, no sentido que é acolhedora, cuidadora, subtil, inteligente e bela. Felizmente vivemos num tempo, graças às gerações anteriores à minha, que já nos permite ver estes resultados em várias corporações em várias partes do mundo, inclusive em Portugal.
Já do ponto de vista da Whadesign, que novidades podemos esperar no próximo ano?
O próximo ano não será fácil no que diz respeito à economia do país, mas, o nosso ponto de vista, é sempre “realista esperançoso” e é nas dificuldades que nos conseguimos pôr à prova e crescer. Aguardamos com espírito de aventura o que aí vem. E coragem. Sempre.