Assumindo o cargo de Oncology Brand Lead no Grupo Merck, como avalia e descreve a liderança da empresa no mercado até ao momento? Por que motivos esta é, na área onde atua, uma marca líder?
Existem várias razões pelas quais a Merck é uma marca líder na área de oncologia. O primeiro deles é pela inovação. A Merck tem no seu ADN um histórico impressionante de inovação em investigação e desenvolvimento de medicamentos oncológicos, procurando desenvolver terapêuticas que respondam a necessidades não respondidas para os doentes com cancro. A segunda razão é pelo seu portfólio abrangente de produtos desta área sendo uma constante a procura de novas terapêuticas e abordagens como intuito de prolongar vidas com qualidade de vida dos doentes com cancro em todo o mundo.
Além de ser uma marca líder no seu setor, também se destaca como uma empresa comprometida com valores tão nobres como a diversidade e inclusão. Como se promovem estes valores e se garante que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas?
É fundamental fomentar um ambiente e uma cultura de abertura, transparência, respeito e confiança, onde cada membro de uma equipa se sinta seguro para expressar as suas opiniões, ideias e preocupações sem medo de qualquer tipo de julgamento. Isso passa por promover o respeito mútuo e a valorização das diferentes perspetivas.
É fundamental, nos dias de hoje, as empresas implementarem políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão em todos os aspetos do trabalho, desde o recrutamento e seleção até ao desenvolvimento e promoção dos seus colaboradores.
Prova de que a Diversidade, a Equidade e a Inclusão (DE&I) são temas levados a sério na Merck, é o estudo recentemente divulgado pela empresa. O que é que os resultados que deve advieram significam para a Merck e para a sua abordagem perante os seus Recursos Humanos?
O estudo, que avaliou o estado atual da DE&I nas empresas alemãs com subsidiária no nosso país, confirmou que 77% do top management destas empresas é do género masculino, face a 18% das mulheres, percentagem bem distante da defendida pela Estratégia para a Igualdade de Género da Comissão Europeia, que define uma representatividade feminina mínima de 40%. Outra conclusão curiosa é que os conceitos de DE&I já são uma prioridade para homens e mulheres, ainda que em percentagens diferentes (percentagem feminina 100%; percentagem masculina 88%). No que diz respeito ao grau de importância que deveria ser dado pelas empresas a este tipo de conceitos, 75% das mulheres não têm dúvidas que devem ser considerados uma prioridade, valor muito acima do verificado entre os homens (53%). Na Merck, os conceitos de DE&I já são uma prioridade em todos os aspetos relacionados com os Recursos Humanos, refletindo o compromisso da empresa em promover uma cultura organizacional mais inclusiva e equitativa. Uma abordagem que sabemos que não apenas beneficia os colaboradores individualmente, mas também fortalece a cultura empresarial como um todo, promovendo um ambiente mais produtivo e acolhedor para todos.
Quão gratificante é, para si, afirmar que pertence a uma empresa que se preocupa, não só com as vidas da população no mundo, mas também com as Pessoas que nela trabalham?
Para mim, é incrivelmente gratificante fazer parte de uma empresa que verdadeiramente se preocupa não apenas com o bem-estar da comunidade em geral ou dos doentes, mas também com o dos seus colaboradores. A Merck tem sido reconhecida pelo seu compromisso evidente com a DE&I, refletido nas suas ações. Além disso, a empresa procura ativamente compreender os interesses dos seus colaboradores e da população em geral, especialmente os fatores motivacionais dos jovens europeus das gerações Z (19-25 anos) e Millennials (26-36 anos) em várias áreas das suas vidas. Essa preocupação reforça o compromisso da Merck em adaptar-se às mudanças contínuas do mundo atual e às suas necessidades.
O sentimento de valorização promovido pela empresa, ao preocupar-se com o bem-estar e desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, é essencial. Isso não só nos faz sentir valorizados individualmente, mas também como membros de uma equipa, fomentando um ambiente de trabalho positivo e saudável. Esse apoio e reconhecimento contribuem consideravelmente para uma cultura organizacional positiva, aumentando a satisfação no trabalho e impulsionando a motivação e o engagement. Saber que a empresa se importa connosco inspira-nos a dar o nosso melhor e a contribuir de maneira significativa para alcançar os objetivos da organização.
Sentir-me parte de uma empresa que valoriza e se preocupa com os seus colaboradores é uma fonte de motivação e orgulho. Em resumo, é um orgulho fazer parte de uma empresa que coloca as pessoas em primeiro lugar pois demonstra um compromisso genuíno com o bem-estar e o sucesso dos seus colaboradores, criando um ambiente de trabalho positivo e altamente motivador.
Como Mulher profissional de sucesso, gostaríamos de saber a sua visão sobre o Dia Internacional da Mulher. Diria que ainda existe um longo caminho a percorrer quanto à igualdade efetiva entre Mulheres e Homens? Em que medida a Merck tem vindo a contribuir para esta equidade?
Como mulher profissional e colaboradora da Merck, a minha visão sobre o Dia Internacional da Mulher é que ainda há um longo caminho a percorrer em direção à igualdade efetiva entre mulheres e homens. Embora tenhamos alcançado um progresso significativo ao longo dos anos em termos de direitos das mulheres e oportunidades no local de trabalho, ainda existem desafios persistentes que precisam de ser trabalhados.
A igualdade de género vai além de simplesmente garantir que mulheres e homens tenham os mesmos direitos legais; trata-se de criar um ambiente onde todas as pessoas, independentemente do género, tenham oportunidades iguais de alcançar o seu potencial, tanto profissional quanto pessoalmente.
Na Merck, temos um compromisso sólido com a DE&I e estamos constantemente a procurar formas de promover a diversidade e a inclusão em todos os níveis da organização. Na nossa empresa os resultados são já visíveis: 43% da força de trabalho da empresa a nível global é constituída por mulheres, assim como 38% dos cargos de liderança. No nosso país, os números são ainda mais animadores: cerca de 64% da força de trabalho é feminina e mais de metade da liderança é ocupada por mulheres.
Embora tenham sido feitos progressos até agora, também reconhecemos que ainda há muito trabalho a realizar. Pois, a verdade é que a realidade da Merck está longe de ser a norma em Portugal.