Estes dados revelam as fragilidades que podem existir ao nível dos cuidados de saúde da população mais idosa agora que o projeto de transição digital para a saúde em Portugal já se encontra em franco funcionamento.
Em contraste com a população da faixa etária anterior, dos 55 aos 64 anos, cujos valores de utilização da internet ultrapassam os 78%, a população mais idosa torna-se, assim, mais vulnerável para com a utilização dos recursos online do sistema nacional de saúde.
Assim, surge a questão de como é possível melhorar o acesso à tecnologia por parte das pessoas mais idosas?
Para Jorge Álvarez, CEO de SaveFamily “É fundamental não apenas dar mais conhecimentos e aumentar a literacia digital dentro das diferentes faixas etárias, como também desenvolver equipamentos mais acessíveis, intuitivos e fáceis de utilizar para esta faixa etária”. A empresa ibérica de relógios inteligentes tem no mercado equipamentos com funções que podem substituir os telemóveis e simplificar o uso da tecnologia. “São mais simples, com funções muito específicas e direcionadas às necessidades dos mais idosos e dos seus cuidadores: botão SOS, em caso de urgência, que se complementa com a localização por GPS, alarmes para medicação e monitorização de dados vitais que podem ser acedidos até pelas equipas médicas mediante autorização. Além do mais, como é um equipamento mais quotidiano e semelhante aos mais tradicionais, não é algo que o utilizador se esqueça com facilidade: está sempre no pulso”.
Segurança e contacto: as preocupações com os mais velhos
Por outro lado, a segurança online continua a ser uma preocupação constante. “Temos que considerar que os idosos não são nativos da internet ou destes equipamentos mais tecnológicos. Ao mesmo tempo, também não estão tão acostumados a utilizar a tecnologia como os outros grupos etários. Assim, são também mais susceptíveis às burlas online, como as das mensagens que tanto ocupam as notícias hoje em dia”, acrescenta Álvarez.
Os relógios inteligentes permitem que os utilizadores utilizem o potencial da tecnologia e da conectividade, mas sempre de forma segura, o que permite que estejam contactáveis, trazendo mais tranquilidade aos cuidadores e familiares dos utilizadores.
Com um perfil de utilizadores direcionado para os idosos que vivem sozinhos ou passam grande parte do dia sozinhos, mas que usufruem de bastante autonomia, os relógios têm até sensor de quedas para situações de SOS em que os utilizadores possam ficar inanimados ou incapacitados. “Temos por objetivo melhorar a autonomia e segurança geral dos nossos utilizadores todos os dias, ao mesmo tempo que pretendemos deixar descansados os seus cuidadores para que possam realizar a sua vida quotidiana tranquilamente. É reconfortante para todos saberem que estão totalmente contactáveis e localizáveis, ao mesmo tempo que seguros e monitorizados”, conclui o CEO da SaveFamily.