Nos últimos vinte anos, os incêndios florestais extremos aumentaram significativamente a nível mundial, em grande parte devido ao aquecimento global, segundo um estudo publicado na revista “Nature Ecology & Evolution”. Com a chegada do verão e a subida das temperaturas, a situação tem vindo a agravar-se, particularmente na Europa, que tem enfrentado intensas ondas de calor no mês de julho. Portugal não é exceção, registando um aumento na frequência de incêndios florestais.
Agora, os cidadãos portugueses terão acesso a alertas sobre incêndios florestais através de uma nova ferramenta de mapeamento desenvolvida pela Google. Esta ferramenta, que recorre à tecnologia de inteligência artificial, já estava disponível em países como Estados Unidos, Austrália, Brasil, Argentina, Chile e México, e agora foi lançada também em Portugal, conforme anunciado pela empresa esta terça-feira, 30 de julho.
Yossi Matias, vice-presidente e responsável pela Google Research, declarou: “Utilizando inteligência artificial, conseguimos oferecer uma monitorização detalhada dos incêndios florestais através do ‘Pesquisa’ e do ‘Maps’. Neste verão, com temperaturas recordes, estamos a expandir esta ferramenta para 15 países na Europa e em África”.
Os dados são fornecidos através de alertas e recursos que orientam as pessoas nas proximidades de um incêndio florestal sobre como agir em segurança. De acordo com Yossi Matias, “o modelo de monitorização de incêndios florestais, suportado pela IA da Google, foi treinado com uma variedade de fontes de dados, incluindo vastos conjuntos de imagens de satélite”.
Os utilizadores receberão notificações alertando sobre a ocorrência de incêndios, sendo que os alertas são personalizados de acordo com as preferências individuais, incluindo a escolha do idioma. Isto garante que os turistas, mesmo quando estão fora dos seus países, possam receber informações relevantes e pontuais sobre os incêndios florestais na sua língua nativa.
As notificações “sobrepõem-se às direções de condução no Google Maps”, informando os viajantes se as rotas sugeridas estão em áreas afetadas por incêndios. Esta funcionalidade é aplicada em “países que têm sido afetados por incêndios florestais nos últimos verões, baseada na eficácia do nosso modelo em cada território”, acrescenta o executivo.