A Brighten Consulting, com mais de 26 anos de experiência global, é reconhecida como um parceiro fundamental na transformação de negócios. Para começar, que análise faz da história e evolução da marca ao longo dos tempos, que a levou a tornar-se líder em consultoria de negócios?
A Brighten Consulting tem vindo ao longo dos anos a aumentar e melhorar a sua oferta de serviços de forma a dar resposta às necessidades dos seus clientes. Começámos por ser uma empresa de implementação de ERPs, mais tarde juntámos outras tecnologias para ajudar na transformação digital e mais recentemente criámos uma área de consultadoria estratégica, a Brighten Strategy & Operations, que ajuda a identificar as necessidades e melhores soluções para os seus clientes. Nessa altura procurámos uma equipa sénior, formada nos temas mais prementes para as organizações como o ESG, a Cibersegurança, o Risco e Inteligência artificial. Procuramos ser um parceiro e não apenas um mero fornecedor de tecnologia.
Para melhor entender, que fatores diferenciam a Brighten Consulting no mercado? Como consegue garantir que as soluções oferecidas são adaptadas às necessidades de cada cliente?
Porque não nos limitamos a responder ao que os clientes nos pedem. Gostamos de desafiar, de trazer a experiência adquirida noutros setores para acrescentar valor e inovação ao negócio do cliente. E procuramos simplificar. A nossa promessa é Simplify your Business. Together.
Certo é que, a Brighten Consulting oferece uma ampla gama de serviços, incluindo Transformação Digital, Segurança da Informação, ESG, Gestão Integrada de Riscos, entre outras. Poderia detalhar mais sobre os principais serviços que a empresa possui e como estes ajudam as empresas a simplificar os seus negócios e a crescer de forma sustentável?
A Brighten Consulting tem uma oferta end to end, que vai desde a conceção à implementação. A inovação tecnológica é enorme, a inteligência artificial veio mudar a forma como fazemos muitas tarefas. Mas também traz riscos e esses riscos têm de ser geridos. Por outro lado, em organizações cada vez mais digitais, os negócios e a informação têm de estar cada vez mais protegidos. Nós somos a empresa que ajuda os clientes a definir onde podem ter maiores ganhos com a tecnologia, de eficiência, de diferenciação face à concorrência, como montar um modelo de controlo interno que ajude a ser mais resiliente a riscos, como ter a informação mais protegida. No ESG, os desafios são igualmente grandes, pois estamos a falar de uma nova forma de fazer negócios. Muitas empresas olham para o ESG como uma oportunidade de fazer melhor, diferente, com mais inovação, menos custos, outras ainda estão muito ao nível do compliance. A grande questão é que, começando por cima ou por baixo, todas terão de fazer o caminho, seja por que a legislação obriga, porque os clientes obrigam, porque se quiserem continuar a exportar e estar em determinados mercados têm de incorporar práticas sustentáveis. O que acreditamos é que as empresas que encararem isto mais como um tema de competitividade e não apenas de compliance irão sair-se melhor.
Sabemos que, com a implementação da nova diretiva CSRD e as normas ESRS, as grandes empresas cotadas serão as primeiras a reportar os seus desempenhos em matéria de sustentabilidade em 2025, com base nos resultados do ano fiscal de 2024. Quais são, para si, os principais desafios que estas empresas enfrentam na transposição da nova diretiva?
Não são apenas as grandes empresas cotadas. Já em 2025, sobre os dados de 2024, são obrigadas as empresas de interesse público. O conceito de empresa de interesse público tem vários entendimentos, mas diria que setor financeiro e infraestruturas críticas caiem sem dúvida aqui. No ano seguinte todas as grandes empresas cotadas ou não. E em 2027 (com dados de 2026) as PME cotadas, mas em Portugal não temos nenhuma. O principal desafio que as empresas enfrentam com esta diretiva é entenderem que isto é uma oportunidade e não apenas um tema de compliance ou um custo. É um investimento e tem de fazer parte da estratégia da empresa. Muitas empresas ainda têm o tema da sustentabilidade ancorado na qualidade ou no ambiente ou na área financeira. Não. A sustentabilidade é transversal a toda a organização, implica uma nova forma de trabalhar e tem de ter investimento e equipa dedicada e um responsável na administração. Ninguém põe em causa a existência de um CFO (Chief Financial Officer), pois não? Então também não podem pôr do CSO (Chief Sustainability Officer). E depois os dados… muita da informação que as empresas vão ter de recolher, medir, ter objetivos e metas é informação que não está hoje nos sistemas de informação. É preciso identificá-la e preparar os sistemas, pedir aos fornecedores, comprar máquinas e equipamentos prepados para a fornecerem. Mesmo as empresas que já faziam relatório de sustentabilidade vão ter de ter muito mais preocupação com a qualidade da informação, pois a mesma vai passar a ser auditada, da mesma forma que hoje é a informação financeira. E depois as empresas maiores terão ainda deveres de Due Diligence sobre toda a cadeia de valor, podendo ser responsabilizadas pela informação errada de um fornecedor…
Embora as PME só estejam obrigadas a reportar os seus indicadores de sustentabilidade a partir de 2027, é crucial que se preparem para os impactos da transição ESG nos seus negócios. De que forma a Brighten Consulting está a ajudar as PME a prepararem-se para as futuras obrigações? Que estratégias e ferramentas são recomendadas para estas empresas?
Só as PME cotadas é que vão ser obrigadas e como referi em Portugal não há nenhuma. As restantes PMEs vão ser afetadas de forma indireta porque fazem parte da cadeia de valor de uma grande empresa qualquer que lhes vai começar a exigir determinadas políticas, comportamentos e medição de informação. Por exemplo, uma empresa que fabrique cadeiras vai ter de saber qual a emissão de gases efeito estufa da produção da cadeira, ter um plano de descarbonização do seu processo produtivo, saber a origem das matérias-primas da cadeira, se houve ou não reposição florestal, se a madeira que está na origem da cadeia afetou a biodiversidade, etc, etc. São preocupações que muitas PMEs não têm hoje, e mesmo tendo, não é cadeira a cadeira, é sobre o processo produtivo completo.
O EFRAG está a propor um modelo simplificado de reporting voluntário para as PMEs não cotadas e o meu conselho é que comecem o mais depressa possível. Nós temos dado vários webinares, sessões de sensibilização, estamos com alguns projetos de desmaterialização e captura de informação ao nível do ESG, mas não queria adiantar muito sobre este tema. Teremos novidades no fim do Verão…
Posto isto, como avalia o impacto das normas ESRS nas práticas de reporte de sustentabilidade das empresas? Que mudança significativa espera ver na forma como as empresas divulgam as suas informações de sustentabilidade?
Para as empresas que já tinham o hábito de fazer reporting de sustentabilidade e usavam p.e. o standard GRI, o impacto vai ser menor. Óbvio que há alterações, o tema da dupla materialidade, o alinhamento com o relatório financeiro, o facto de a informação poder ser auditada e como tal a exigência de maior rigor e fiabilidade dos dados, mais informação a reportar, mas a prática já existia e em muitas até já estava embebida na estratégia. Mas para as que estão a partir do zero, o caminho é grande e devem começar o mais rapidamente possível com a análise da dupla materialidade, para identificar os temas materiais e um diagnóstico sobre o que fazem e não fazem. Isto deixou de ser opcional. Passou a ser uma obrigação tão séria como as contas financeiras.
A transição para um modelo de reporte sustentável é apenas um dos muitos desafios que as empresas enfrentam no atual ambiente de negócios. Quais acredita serem as principais tendências do mercado a médio e longo prazo? De que forma a Brighten Consulting está a posicionar-se para acompanhar e liderar estas tendências?
Falar de médio e longo prazo nesta altura é quase preciso ter uma bola de cristal… Há 2 anos ninguém falava em AI nas organizações, hoje não se fala de organizações sem AI. Mas considero que os grandes desafios vão ser precisamente a adoção da Inteligência Artificial na forma de trabalhar, nos processos, nos produtos, na capacitação dos recursos humanos para o efeito, a Sustentabilidade sem a menor sombra de dúvida… estamos a andar demasiado devagar, o planeta precisa de velocidade. Todos os anos esgotamos os recursos para esse ano mais cedo. E como compatibilizar os interesses dos países do norte desenvolvidos e que foram os principais responsáveis por esta situação com os do sul, pobres e ainda no seu caminho de desenvolvimento, e que são os que mais sofrem com as consequências climáticas? A oferta da Brighten procura acompanhar estas tendências e estarmos preparados para ajudar os nossos clientes nestes desafios.