A verdade é que todo e qualquer projeto apenas se perpetua seguindo uma dinâmica de confiança e parceria e a Retail Mind Group é o «retrato» perfeito desse cenário. Sob a «batuta» de Vítor Rocha, CEO da Retail Mind, o grupo de empresas tem vindo a calcorrear um rumo que lhe permite ser hoje uma referência no universo do setor do retalho, posição essa sustentada pelo capital humano da marca, com experiência e conhecimento nas mais diversas áreas de negócio, realidade que permitiu que a Retail Mind tenha assessorado, ao longo do seu trajeto, dezenas de marcas, nacionais e internacionais, rumo a posições de liderança.
Destacando-se pela sua abordagem global e personalizada no setor do retalho, a verdade é que foi e tem sido esta filosofia de proximidade que tem permitido o sucesso da marca, sendo que este foi, naturalmente, um processo equilibrado e realizado ao longo do tempo, tal como explica Vítor Rocha. “A proximidade que trazemos ao mercado e aos clientes tem muito a ver com o know-how que temos e a experiência acumulada nas áreas essencialmente do retalho, essa proximidade e acompanhamento diário que damos e trazemos ao mercado faz com que tenhamos ao longo dos anos vindo a crescer. Não somos consultores, somos gestores e, portanto, como gestores de retalho acabamos por compreender as «dores» e os problemas do dia a dia dos clientes porque de facto o problema nasce no retalho quando a operação já existe e, portanto, até à abertura de um ponto de venda de uma loja esse problema não existe”, revela o nosso entrevistado.
Assumindo essa «persona», ou seja, de gestores de retalho, a Retail Mind Group perpetua um acompanhamento ao cliente durante todo o período de vida útil da relação entre o cliente e a marca em questão. “Estamos sempre presentes em todas as fases do processo. Com isto quero dizer que, efetivamente, nós, como empresa, não queremos ser apenas consultores, somos sim uma empresa de gestão de retalho assumida do ponto de vista nacional e internacional. Sabendo que a palavra «gestor» implica ter e saber gerir os tais momentos altos e baixos da relação, não com o cliente, mas sim com o negócio. O negócio tem, efetivamente, os seus altos e baixos, precisamente porque vive de fatores exógenos. Um gestor nesta área acaba por ser quase um «médico», que compreende as dores do negócio e, de alguma forma, o medica em função daquilo que é o momento, a oportunidade, a relação e, claro, o problema”, esclarece.
Retail Mind – Estratégia “glocal”
Pensar global e internacional, mas nunca descurando a estratégia local. É esta a filosofia imposta pela marca, até porque, segundo o CEO da Retail Mind Portugal, a estratégia é “«glocal”. E que conceito é este? “Obviamente que somos uma empresa internacional, mas ainda não somos globais, pois não estamos presentes em todos os hemisférios. De qualquer forma, apesar de termos princípios, valores e padrões de trabalho globais, existe sempre a necessidade de uma adaptação a cada país e negócio”, salienta Vítor Rocha, asseverando que é essencial compreender as especificidades de cada negócio e as externalidades próprias de cada país, cultura, língua e outros. “Temos de perceber que as necessidades e exigências de cada geografia são distintas. É por isso que temos internalizado equipas locais, com conhecimento local, que nos permitem essa adaptação ao país e língua e assim facilitam o nosso papel integrador”.
Nos dias que correm, nunca fez tanto sentido reconhecer que nos negócios o Capital Humano é essencial. No setor do retalho, esse panorama é ainda mais proeminente, até porque este é um negócio de Pessoas para Pessoas e é necessário compreender essa realidade de uma forma inquestionável, pois são as pessoas as promotoras de um projeto de sucesso, tal como Vítor Rocha o diz. “De facto, não é possível se as pessoas que estiverem no projeto não se identificarem com o mesmo e não tiverem vontade de estar no projeto e de querer criar uma história na vida delas e na história da empresa. Obviamente que a pegada que queremos deixar a nível internacional faz com que tenhamos cada vez mais rigor na escolha das pessoas que connosco trabalham e essa necessidade e especificidade de termos equipas locais vai muito na identificação comum com os valores que temos e com o espírito de equipa que preconizamos”, salienta, assegurando que todas as pessoas que fazem parte do projeto «made in» Retail Mind a nível internacional começam a sua jornada por conhecer in loco o que a marca promove e como o fomenta. “É uma forma criativa e séria de mostrar e demonstrar como operamos e assim oferecer os valores pelos quais nos regemos”.
Parceiro premiado sempre com foco no Futuro
Recentemente reconhecida como PME Líder, e apesar de satisfeito com este reconhecimento, a verdade é que Vítor Rocha não é uma personalidade que viva do sucesso, retrato marcado também na orgânica da marca que lidera. “Prefiro viver do trabalho e da responsabilidade diária de aportar à empresa e aos nossos clientes um valor acrescentado que nos possibilite estarmos cá pelo menos mais meia década. Os prémios são importantes, mas, acima de tudo, pretendemos continuar nesta senda de melhoria contínua em prol dos nossos parceiros e do setor do retalho”.
A verdade é que os últimos anos têm sido bastante preenchidos para a Retail Mind Group, tanto pela internacionalização das suas operações como pela expansão das marcas e projetos em Portugal. Esta dinâmica no setor do retalho em Portugal é uma tendência que se espera que continue, até porque segundo o CEO da Retail Mind, “o retalho nunca vai deixar de existir”, assegura, salientando que o retalho hoje em dia é viver uma experiência, é descobrir-se a cada dia que passa sobre formas diferentes de existir e a pandemia veio aportar esse «open eyes». “Acredito que do ponto de vista do mercado o retalho veio para ficar, o retalho é global, o ecossistema do retalho interliga-se entre gerações, entre culturas, entre geografias e, portanto, aquilo que levou ao nosso crescimento internacional foi a necessidade que as marcas de retalho têm de crescer e a necessidade que têm de conhecer outras culturas, dos próprios clientes das marcas serem internacionais. Ao contrário daquilo que se imagina, as marcas vendem cada vez mais para o exterior, nomeadamente através do canal online, mas também pelos turistas que nos visitam diariamente em Portugal”, revela, salientando que essa análise de dados que a Retail Mind também faz aos seus clientes, “é um serviço que nos permite analisar em conjunto com o cliente o plano de expansão, se é franchising, se é direto, se é procura de um master, é um trabalho próximo que fazemos diariamente com as marcas e que permite que o retalho não termine. Temos de compreender que o retalho transforma-se, redescobre-se, mas continua a crescer”.
O Processo de Expansão Internacional
Ao contrário do que se possa imaginar, a verdade é que a expansão internacional não é para todas as empresas, pois muitas das marcas existentes em Portugal ainda não reúnem todas as valias para se lançarem numa dinâmica de expansão. Assim, e considerando a expansão internacional da Retail Mind Group e o foco na expansão de marcas em Portugal, é importante compreender como a marca equilibra estas duas vertentes estratégicas e que desafios advêm deste processo.
Para Vítor Rocha, para que o processo de expansão seja um sucesso, é importante que exista um trabalho de preparação que, naturalmente, demora um período de tempo assinalável. “São anos de trabalho para preparar essa expansão internacional, ou seja, definir processos, procedimentos de gestão, procedimentos internos do ponto de vista da logística, de adaptação do produto, de visual merchandising, de contratação de pessoas e outros. As pedras que encontramos no caminho são bastantes e isso implica estarmos próximos dessas empresas e uma empresa como a nossa faz com que a preparação seja um pouco mais breve e ainda assim mais bem organizada”.
A Retail Mind Group, tem vindo a equipar-se com pessoas capazes de levar este projeto de internacionalização ainda mais além das fronteiras onde já se encontra, “mas sentimos que ainda há muito trabalho das empresas portuguesas que tem e deve de ser feito. Obviamente que, hoje em dia, com os apoios dos fundos comunitários que existem no mercado permitem acelerar o processo, apesar de muito mais virados para a indústria do que propriamente para o retalho. Mas tendo uma empresa como a Retail Mind a apoiar faz toda a diferença”, afirma o nosso interlocutor, até porque um dos valores centrais da Retail Mind, é, “criar pontes de mudança entre marcas e mercados, marcas e consumidor”.
Vamos falar de Projetos Emblemáticos da Retail Mind
Falando especificamente do setor de Retail Real Estate, a empresa está envolvida em vários projetos em desenvolvimento no país. Pode-nos dar uma visão geral dos mesmos? Sabemos que está em obra, por exemplo, o Azores Retail Park…
Há cerca de sete anos, alertados uma vez mais pela necessidade de alguns clientes de crescer nesta área de negócio, dos Retail Parks… fomos imbuídos de alguma forma pelos clientes a conversar com um conjunto de promotores e proprietários de alguns projetos comerciais. Obviamente que ficamos surpreendidos com a procura que existe por esta área de negócio.
Os retails parks, pela dimensão de loja que normalmente se preconiza este conceito, foi acentuado pela Covid. O «after» Covid veio mostrar às marcas que os espaços comerciais têm que ter mais amplitude, têm que ter maior desafogo, maior espaço comercial, maior liberdade de espaço disponível para o cliente entrar e sair do ponto físico. A proximidade com o parque de estacionamento faz com que as pessoas toquem em menos elementos, como as escadas rolantes, diminuindo a possibilidade de contrair qualquer doença. A Covid trouxe-nos esse alerta e é importante adaptar os modelos de negócios e gestão a essas novas exigências.
Abrimos, há dois anos, o Sudoeste Retail Park, que tem sido um sucesso e se mais espaço comercial tivéssemos mais espaço teríamos conseguido alugar. O Algarve precisa de tempo, essencialmente porque acreditamos que é a zona do país com maior crescimento ou com mais potencial de crescimento para os próximos anos. Mas, ainda assim, precisa de muita mão de obra, que ainda não existe, precisa de mais habitação para que as pessoas vivam mais tempo e não tanto alojamento local e a presença de hotéis que é cada vez maior também. É uma região do país que tem índices de crescimento e potenciais de crescimento acima da média. Isso fez com que abríssemos o projeto e onde temos colocado muito esforço e muita vontade para que funcione do ponto de vista do marketing, de operação e do dia a dia.
Isso levou-nos a olhar para outros projetos. Recentemente foi público que estamos a desenvolver um projeto em Felgueiras, que teve o lançamento da sua primeira pedra no dia 13 de julho. É um projeto que conta com 50 mil m2, de utilização mista, com habitação, retalho e serviço. O desiderato tem sido procurar regiões do país onde a conveniência de compra e a proximidade ao cliente seja uma necessidade.
O que é que de alguma forma nos surpreende? Surpreende que em algumas zonas, como o caso dos Açores, que ainda não existam projetos comerciais desta natureza. Foi isso que nos levou lá, a Ponta Delgada especificamente, onde iremos desenvolver um projeto de cerca de 14 mil m2, já em obra, sendo um projeto que está 100% comercializado e onde temos enormes expetativas, não só a Retail Mind, mas também os nossos parceiros e as marcas que estão no projeto. Acreditamos que será um tremendo sucesso.
Falando mais especificamente do Felgueiras Retail Park. Pode-nos falar sobre a importância estratégica deste projeto para a Retail Mind Group e para a região de Felgueiras?
Estamos a transformar um espaço que estava encerrado há dezenas de anos. É um espaço que a nível arquitetónico em todas estas vertentes, será uma mudança drástica e positiva, onde todos os habitantes de Felgueiras vão reconhecer que será de facto uma mais-valia enorme.
Do ponto de vista económico e social, a criação de cerca de 300 postos de trabalho diretos e indiretos irá ajudar a ancorar as pessoas em Felgueiras. Iremos aportar marcas que não estão na cidade e que pelas atividades que representam trazem um valor acrescentado para a oferta da cidade e, uma vez mais, para levar as pessoas a consumirem na cidade. Acredito que dada a centralidade do projeto e a proximidade com outras entidades públicas da cidade, faça com que a mesma cresça do ponto de vista sociodemográfico, económico-social e imobiliário, pois é um espaço que, ao contar com 104 apartamentos, irá valorizar e atrair um público que se calhar não havia na cidade por não terem espaços/apartamentos que o motivasse a viver em Felgueiras. Trata-se de um projeto de utilização mista que além do retail park terá um posto de abastecimento, um stand alone e uma zona destinada a habitação, com 104 apartamentos em condomínio privado. O retail, que está já 100% comercializado, contará com um ALDI, uma Max Mat, uma Rádio Popular, o Espaço Casa e uma Fábrica dos Óculos, entre outras grandes marcas nacionais e internacionais. Acredito que promovemos a criação de um ecossistema onde conseguimos misturar, de uma forma organizada, a habitação com o comércio, com cultura e que de alguma forma mudará esta zona da cidade para todo o sempre.
Não queremos mudar, queremos sim adaptar-nos àquelas que são as realidades do dia a dia, mas, acima de tudo, trazer os bons princípios de gestão e de cultura que a Retail Mind Group tem vindo a desenvolver para outras áreas de negócio, que acreditamos, obviamente, serão uma mais-valia para a nossa equipa e para os nossos clientes.
O nosso objetivo tem sido essencialmente impor bastante energia naquele que é o nosso ecossistema. Temos claramente de continuar a inovar, continuar a surpreender que é isso que os nossos clientes esperam de nós, nem mais, nem menos.