“A Crossjoin pauta-se pelos valores da transparência e da integridade”

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Daniela Serrano é a Head of Compliance Management Office na Crossjoin Solutions. Com um percurso de braços dados com o Setor das TI’s, a profissional mostra à Revista Pontos de Vista a sua visão pelo caminho que as mulheres enfrentam neste contexto profissional, dando relevo à boa conduta, ética e ao futuro risonho que as mulheres terão ao escolherem trabalhar em áreas de IT. Saiba mais!

Como mulher numa posição de liderança na área de compliance, que desafios específicos percebe em relação à sub-representação e ao viés inconsciente, tanto no seu setor quanto no sector de TI de forma mais ampla?

Todo o meu percurso profissional foi feito no setor das TI e a sub-representação das mulheres em todas as empresas por onde passei foi de facto um elemento comum. No entanto, acho que este facto não tem tanto a ver com algum tipo de discriminação que possa ter havido em relação às mulheres, mas antes pela própria apetência das mulheres para este tipo de funções. Penso que o viés inconsciente pode estar mais relacionado com este factor, por as mulheres não se sentirem atraídas por este tipo de desafios, e não tanto por não se acreditar nas capacidades das mulheres para este tipo de funções.

Eu como mulher numa posição de liderança, assim como as minhas colegas, somos o exemplo de que havendo apetência para este tipo de funções, o nosso desempenho nas funções que realizamos, e o respetivo reconhecimento, está equiparado aos dos homens, ou seja, não existe nem nunca senti esse tipo de diferenciação, o foco está no resultado e não em quem vai executar.

 

De que forma a implementação das normas ISO 9001 (Qualidade) e ISO 27001 (Segurança da Informação) na Crossjoin Solutions ajuda a criar um ambiente mais inclusivo e equitativo para todos os colaboradores, incluindo as mulheres?

A Crossjoin pauta-se pelos valores da transparência e da integridade, incentivando uma cultura de igualdade de direitos e oportunidades, onde a equidade é algo que é natural e subjacente a qualquer colaborador, não havendo qualquer tipo de discriminação em termos de direitos ou deveres, estando esta posição patente e transcrita nos nossos processos internos nomeadamente no plano de evolução das carreiras.

A implementação das ISOs assenta numa orientação para a divulgação, comunicação eficaz e cumprimento dos processos definidos internamente, pelo que a implementação destas normas faz com que os processos internos da Crossjoin adquiram uma maior e mais generalizada visibilidade, e consequentemente, uma maior sensibilização e influência, nomeadamente o nosso Código de ética e Conduta onde estão bem patentes os nossos valores e posicionamento para este tipo de questões.

 

Quais barreiras culturais encontrou ao longo da sua trajetória na área de compliance e como superou essas dificuldades? Há iniciativas específicas que a Crossjoin Solutions promove para quebrar essas barreiras dentro da área de TI e compliance?

Ao longo do meu percurso profissional os maiores desafios culturais que encontrei foram a interação com clientes de outras nacionalidades na qual era necessário algum tipo de adaptação para uma boa comunicação, entendimento e respeito pelas diferenças culturais.

A Crossjoin promove a quebra de barreiras culturais ao adotar o uso generalizado da língua inglesa na sua documentação e comunicações internas, para facilitar a comunicação e inclusão dos seus colaboradores de outras nacionalidades, ao não restringir o processo de recrutamento a profissionais de diferentes culturas, etnias, religiões ou origens geográficas, ao promover empatia pelos valores éticos e de respeito pela pessoa e pelo seu trabalho livres de preconceitos, independentemente das suas diferenças, ao proporcionar regimes de trabalho híbridos dando flexibilidade para uma gestão do trabalho e da vida pessoal e familiar.

 

Como líder na área de Compliance Management Office (CMO), qual é o seu papel na promoção de práticas mais inclusivas, tanto na adoção de novas tecnologias como na implementação das normas ISO, garantindo que todas as vozes, especialmente as femininas, sejam ouvidas e respeitadas?

Como líder na área de Compliance Management Office, e sendo esta uma área responsável por garantir a conformidade em geral, sinto que tenho um papel de responsabilidade na definição, divulgação e sensibilização de boas práticas não só para obtenção de melhores resultados, e com maior qualidade, mas também de promover as nossas políticas e procedimentos internos, incluindo as nossas políticas de boa conduta e consciencialização dos valores éticos, de respeito e inclusão, sem excepção.

 

Como vê o futuro da mulher na tecnologia e em áreas de compliance, especialmente em empresas como a Crossjoin Solutions? Quais as mudanças que acredita serem necessárias para superar as barreiras culturais e garantir uma maior igualdade de oportunidades para as mulheres em cargos de liderança?

Vejo para o futuro e com agrado que a representação das mulheres nas áreas de IT, será cada vez maior, pelas condições favoráveis que se estão a criar para as mulheres nesta área.

Por um lado, pela influência e exemplo que as mulheres e líderes de hoje em dia nas áreas de IT, que seguiram aquilo que gostam de fazer, tiveram as mesmas oportunidades e foram reconhecidas pelo seu trabalho. Estes exemplos são inspiradores e desvanecem ideias de que este tipo de trabalho não é vocacionado para as mulheres.

E por outro lado, com a promoção cada vez maior de culturas inclusivas, as mulheres terão cada vez mais confiança que escolhendo trabalhar em áreas de IT, terão os mesmos desafios, as mesmas oportunidades e o mesmo reconhecimento nas suas vidas profissionais.

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Revista Digital

Revista Pontos de Vista Edição 137

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