Cooperação internacional entre os Serviços Geológicos de Portugal e Timor-Leste: Avaliação dos Recursos Minerais como fator decisivo para o desenvolvimento sustentável.

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A indústria extrativa, em particular a dos recursos minerais metálicos, apresenta um fator decisivo no desenvolvimento sustentável das sociedades modernas. A crescente procura por matérias- primas “metálicas” resulta, principalmente, do crescimento da população mundial, aliado ao anseio de muitos de querer atingir um melhor nível e qualidade de vida.

Aliados a este crescimento na procura, estão os crescentes riscos no seu suprimento, nomeadamente na União Europeia, cuja economia é altamente deficitária para um grande conjunto destas substâncias. Conflitos armados, tensões políticas e geopolíticas, como a que vivemos atualmente, colocam uma pressão cada vez maio na comunidade científica, em particular na área da Geologia, para a descoberta de novos depósitos minerais.

É neste contexto e pelo fato de os recursos minerais serem um fator preponderante no desenvolvimento de um país, que surge a cooperação entre o LNEG, enquanto Serviço Geológico de Portugal e o IGTL – Instituto de Geociências de Timor-Leste, de modo a avaliar o potencial mineral deste país rumo ao seu desenvolvimento sustentável. A colaboração, liderada por Igor Morais, da Unidade de Recursos Minerais e Geofísica do LNEG, pretende dar um contributo decisivo na inventariação e estudo sistemático das verdadeiras potencialidades de Timor-Leste.

O estudo sistemático dos recursos minerais

Portugal e Timor-Leste partilham, desta forma, o conhecimento na inventariação e estudo detalhado em recursos minerais, área onde o LNEG tem larga experiência, tanto em projetos nacionais como internacionais (África e América do Sul). “Numa primeira abordagem, existe a necessidade de ser feita a inventariação de qual ou quais as principais “commodities” existem no território. Esta inventariação está a ser feita por equipas do IGTL e do LNEG através de extensas campanhas de reconhecimento de campo. Existe depois a necessidade de colocar toda essa informação em mapas de escalas adequadas como já foi feito com a publicação preliminar dos três primeiros mapas de Ocorrências Minerais. Numa segunda fase estudos detalhados devem ser realizados em áreas de maior detalhe aplicando todo o “know-how” das equipas através de técnicas inovadoras. Existe potencial já identificado para crómio, níquel, cobre e ouro”, ressalta o investigador Igor Morais.

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Revista Pontos de Vista Edição 138

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