Ao longo de mais de duas décadas, a Vogue Homes tem vindo a afirmar-se como uma referência no imobiliário premium português, unindo arquitetura de autor, eficiência construtiva e uma experiência de habitar singular. Fundada em 2001 por Joaquim Lico, a empresa nasceu da reabilitação urbana e evoluiu para um modelo integrado, onde cada projeto é pensado como um conceito de vida — o Fine Living — que traduz o alto padrão contemporâneo em autenticidade, conforto e sustentabilidade. Com uma filosofia que coloca o cliente no centro e a eficiência como instrumento de design, a marca consolida-se hoje como um símbolo de excelência e confiança, atuando em localizações estratégicas como Lisboa, Cascais, Oeiras, Melides e Algarve e é sobre esta visão que o seu CEO conversou com a Pontos de Vista.
Quais foram os marcos mais determinantes para a afirmação da Vogue Homes em Portugal e que objetivos de médio prazo orientam a Direcção Executiva?
A história da Vogue Homes é marcada por uma evolução consistente, assente em três pilares que foram determinantes para a sua afirmação: diferenciação arquitetónica, a eficiência na gestão e a experiência do cliente no segmento premium. Desde o início, em 2001, iniciando-se na reabilitação urbana, a empresa foi-se adaptando à transformação do mercado e à entrada de players internacionais, o que motivou um reposicionamento estratégico e a criação de um ecossistema integrado.
No médio prazo, a Direção Executiva mantém como prioridade sistemas de industrialização da construção, com vista a reforçar a eficiência produtiva e reduzir a pegada de carbono, bem como a consolidação de um portefólio nacional e a expansão do seu conceito Fine Living como referência nacional da habitação premium, que continua a ser o maior diferenciador da marca Vogue Homes no mercado português.
Como se traduz, na prática, a proposta de valor da Vogue Homes em design, construção e serviço ao cliente?
A proposta de valor da Vogue Homes assenta na criação de projetos com identidade, que unem arquitetura, engenharia e emoção. Acreditamos que o verdadeiro luxo está na experiência de habitar, e não apenas no produto final. Por isso, cada projeto é concebido com um olhar curatorial, desde a localização até ao detalhe do acabamento, procurando sempre um equilíbrio entre estética, funcionalidade e conforto.
No campo da construção, a aposta é clara na eficiência e sustentabilidade: adotamos metodologias como o BIM e princípios da industrialização da construção, que permitem reduzir tempos de execução, otimizar custos e minimizar desperdícios, contribuindo para a certificação BREEAM® em vários empreendimentos.
Por fim, o serviço ao cliente é uma extensão natural desta filosofia. Tentamos acompanhar todo o ciclo, desde a conceção até à entrega e pós-venda com uma equipa dedicada, que garante a personalização em cada etapa. O nosso cliente não compra apenas uma casa; adere a um conceito de vida, o “Fine Living”, onde cada detalhe é pensado para o que faz com que cada projeto Vogue Homes seja uma marca em si mesmo.
Em mercados exigentes, a diferenciação depende da execução. Que processos garantem consistência entre projeto, obra e entrega?
Na Vogue Homes, a execução é entendida como o ponto onde a visão se transforma em valor. A consistência entre projeto, obra e entrega é garantida por uma metodologia integrada de gestão que centraliza todas as fases num mesmo ecossistema desde o planeamento estratégico, licenciamento, preparação da obra, construção, terminando no pós-venda.
Essa cadeia de valor vertical e controlada é o que nos permite oferecer consistência, fiabilidade e qualidade exigida, assegurando que o produto final reflete fielmente o conceito e o padrão de excelência definidos no projeto. É isso que faz da marca Vogue Homes uma referência de execução premium no mercado português.
Que critérios usam para escolher localizações e conceber empreendimentos que acrescentem valor urbano e integração com o território?
O primeiro critério é sempre a localização privilegiada, seja pela envolvente natural ou pelo enquadramento urbano. Privilegiamos zonas com forte potencial de valorização, acessibilidade, qualidade de vizinhança e relevância arquitetónica— localizações únicas, de baixa densidade e com integração paisagística e ambiental cuidadosa.
O segundo critério é o impacto urbano positivo. Cada empreendimento é desenhado para reabilitar, revitalizar ou reinterpretar o contexto onde se insere. Quando atuamos em áreas históricas, o foco é a preservação patrimonial e a valorização da herança arquitetónica. Já nas novas construções, procuramos uma linguagem contemporânea, com espaços verdes, integração paisagística e soluções sustentáveis que elevem o padrão de habitabilidade da zona.
Um caso em que a solução arquitetónica adoptada elevou a qualidade de vida na envolvente?
Um dos exemplos mais simbólicos é o projeto São Carlos, no Chiado, em Lisboa. Trata-se de um edifício pombalino anterior ao terramoto de 1755, que se encontrava profundamente degradado. A intervenção que realizámos foi uma verdadeira operação de reabilitação patrimonial e regeneração urbana, onde o objetivo foi devolver à cidade um pedaço da sua história, respeitando a traça original, mas integrando tecnologia, conforto e eficiência contemporânea.
A reabilitação do São Carlos devolveu vitalidade a uma zona que estava em declínio funcional e urbano, promovendo um efeito de contágio positivo no comércio, na revalorização dos edifícios vizinhos e na perceção de segurança e habitabilidade do bairro. Ao restituir os elementos arquitetónicos originais e combiná-los com interiores modernos e sustentáveis, criámos um modelo de reabilitação exemplar, onde a preservação patrimonial e o design contemporâneo coexistem.
Como incorporam tendências como flexibilidade, trabalho híbrido e áreas comuns orientadas para comunidade?
A forma de viver mudou profundamente nos últimos anos e a arquitetura residencial tem de refletir essa transformação. Na Vogue Homes temos consciência de que um imóvel deixou de ser apenas um espaço de habitação mas também um espaço de trabalho, de lazer e de convivência. Por isso, os mesmos incorporam soluções flexíveis e multifuncionais, capazes de se adaptar aos novos estilos de vida.
Em suma, o nosso objetivo é criar espaços que acompanhem a evolução da vida contemporânea, mas também de proporcionar momentos de desconexão, convivência e bem-estar. Essa é a génese do conceito Fine Living, construir formas de viver.
Sustentabilidade: que pilares adoptam e que benefícios geram?
A sustentabilidade é um eixo estruturante da estratégia em todo o setor e, o qual não pode ser abordado como um conceito acessório, mas um compromisso transversal que orienta a arquitetura, a construção e a gestão de cada projeto. A sustentabilidade é hoje uma condição essencial para o valor de um imóvel, mas para a Vogue é, acima de tudo, uma responsabilidade moral perante o futuro.
Essa ação assenta sobretudo nas eficiências térmicas, aliados a equipamento de última geração, reduzindo em larga escala os consumos. Utilização de materiais responsáveis e certificados.
Como estruturam a jornada do cliente — informação, personalização, vistorias, entrega e pós-venda?
Na Vogue Homes, essa jornada do cliente é tratada como um processo de experiência e confiança, não apenas como uma transação. Queremos que cada cliente sinta que está a participar na construção do seu próprio espaço de vida, com total transparência e acompanhamento em todas as fases, desde a reserva à pós-entrega.
Informação e acompanhamento inicial
Tudo começa com uma comunicação clara e detalhada. Cada projeto é apresentado com documentação completa.
Vistorias e controlo de qualidade
Antes da entrega, realizamos vistorias técnicas conjuntas, onde cada detalhe é verificado e validado pelo cliente. A nossa equipa de engenharia e pós-venda acompanha estas inspeções, garantindo que o produto final cumpre integralmente o padrão Vogue Homes.
Entrega
Este é um momento simbólico. Fazemos questão de que seja uma experiência marcante e positiva, onde é igualmente facultada toda a documentação técnica, do imóvel, assim como os manuais de manutenção, reforçando a transparência e a confiança no processo.
Pós-venda e manutenção
O acompanhamento continua após a entrega. A Vogue Homes dispõe de um departamento de pós-venda próprio, que gere todas as comunicações de forma estruturada e rastreável. O cliente reporta qualquer anomalia que surja à equipa de pós-venda da Vogue Homes, garantindo respostas rápidas, acompanhamento técnico e tentando alcançar uma resolução o mais eficiente possível.
Que mecanismos de feedback e governance sustentam a melhoria contínua?
A melhoria contínua é um princípio enraizado na cultura da Vogue Homes. Trabalhamos com a convicção de que cada projeto é também uma oportunidade de aprendizagem, técnica, operacional e humana. Por isso, implementámos um modelo de governance integrado e participativo, que permite monitorizar a performance em todas as fases e recolher feedback de todas as partes envolvidas: clientes, investidores, parceiros e equipas internas, o que permite uma cultura de melhoria partilhada.
Internamente, promovemos um ambiente de aprendizagem contínua e accountability, com reuniões de revisão de projetos e sessões de partilha de conhecimento entre equipas. A proximidade da liderança e a supervisão direta da Direção Executiva garante que as lições extraídas são rapidamente incorporadas em novos empreendimentos.
Em suma, o nosso modelo de governance e feedback não é burocrático mas sim dinâmico. Está orientado para garantir que cada projeto seja melhor que o anterior, reforçando o que define a marca Vogue Homes.
Que iniciativas de digitalização estão a transformar projeto, obra e relação com o cliente?
A transformação digital é hoje um dos motores de eficiência e diferenciação da Vogue Homes. Acreditamos que a tecnologia deve ser uma extensão da inteligência humana e não um substituto, pelo que a digitalização que implementamos visa aumentar o rigor técnico, a previsibilidade e a experiência do cliente, ao longo de todo o ciclo de vida do projeto.
Para isso utilizamos ferramentas como BIM, todo o processo interno de coordenação, controle e gestão é em formato digital, e estamos neste momento a desenvolver um portal digital do cliente.
O objetivo é cada projeto deixar de ser um caso isolado para passar a integrar um ecossistema de conhecimento digital, onde tudo pode ser medido, comparado e antecipado.
Que tendências antecipa para o residencial de segmento alto nos próximos cinco a dez anos?
O segmento alto vai continuar a ser o motor da inovação e da diferenciação no imobiliário, e no caso da Vogue Homes com enfoque especial na zona Lisboa, Cascais, Oeiras e Melides e Algarve que deverão manter um papel de destaque no panorama europeu. Acredito que a próxima década será marcada por uma evolução do conceito de luxo, que deixará de estar centrado apenas na dimensão material e passará a traduzir-se em valor de uso, eficiência, autenticidade e experiência.
O mercado de luxo vai evoluir para uma nova dimensão de sofisticação silenciosa mais consciente, tecnológica e voltada para o conceito de vida. O verdadeiro valor passará mais a estar no “como se vive”. É esse o caminho que a Vogue Homes tem vindo a seguir através do seu conceito Fine Living.
Mensagem final sobre desafios e oportunidades do mercado, e prioridades estratégicas da Vogue Homes?
Portugal continua a ser um país extraordinariamente atrativo para o investimento residencial premium, pela sua estabilidade, segurança, qualidade de vida e enquadramento natural e urbano. A procura internacional mantém-se sólida, mas é crucial que o país recupere eficiência administrativa e fiscal, criando condições para acelerar licenças, reduzir burocracia e atrair capital de forma previsível. Sem confiança, não há investimento e sem investimento, não há desenvolvimento.
A nossa prioridade estratégica é muito clara, continuar com propósito e rigor, vamos continuar a desenvolver projetos de assinatura, que combinem design contemporâneo e eficiência construtiva.
Mas, mais do que tudo, a nossa ambição é continuar a fazer diferente e a inovar dentro do nosso conceito Fine Living, desenvolver projetos que deixem uma marca positiva nas cidades onde atuamos. Acreditamos que o imobiliário não se mede apenas em metros quadrados, mas sim em legado arquitetónico, sustentável e consciente.
Epílogo
A trajetória da Vogue Homes tem sido, acima de tudo, a história de uma visão que soube amadurecer e evoluir com o tempo no sentido de criar valor duradouro para quem investe e para quem habita.
Vinte anos depois, continuamos a acreditar que o luxo não está no excesso, mas na precisão dos detalhes, na inteligência das soluções e no conceito dos espaços, sendo cada projeto um manifesto de responsabilidade de um legado que fica.
A Vogue Homes continuará fiel ao seu princípio inicial de fazer diferente, porque no fim, mais do que erguer edifícios, o que realmente deixamos são lugares que devem inspirar e melhorar as cidades.


