Os representantes do Google, do Facebook e do Twitter, e os ministros do Interior (Administração Interna) dos países do G7 reuniram-se na quinta-feira e hoje em Ischia (ilha italiana ao largo de Nápoles) e tomaram a decisão de “aplicar em conjunto” um plano de ação que visa bloquear “os conteúdos de caráter terrorista”, declarou à imprensa o ministro italiano Marco Minniti.
“É a primeira vez” que os países do G7 e os representantes dos principais operadores de Internet e redes sociais se sentam juntos à mesma mesa, afirmou o ministro do Interior italiano, recordando que a Internet é “um importante meio de recrutamento, treino e radicalização de combatentes estrangeiros”.
Minniti lamentou que a organização terrorista Estado Islâmico (EI) circule na Internet “como um peixe na água”.
“É tarefa dos autores de conteúdos, dos governos e também da sociedade civil fazer com que a Internet seja novamente um vetor de paz”, declarou por seu lado o seu homólogo francês, Gérard Collomb.
“Temos de fazer mais”, sublinhou Elaine Duke, Secretária de Segurança Interna interina dos Estados Unidos, agradecendo às grandes redes sociais pela colaboração.
A queda de Raqa, um dos últimos redutos do EI na Síria, “é uma derrota militar muito dura, mas isso não significa que o grupo tenha deixado de existir”, alertou Minniti.
A reunião de hoje do G7 começou com uma troca de opiniões precisamente sobre a ameaça dos combatentes estrangeiros em fuga, após a queda de bastiões do EI na Síria e no Iraque.
“Abordámos em pormenor as atividades de prevenção e discutimos a forma de lutar contra o regresso dos combatentes estrangeiros” aos seus países de origem, explicou o ministro italiano.
“Decidimos recolher a informação em conjunto e partilhá-la”, completou.