Jorge Ferreira Mendes e o seu filho Jorge Pedro Ferreira Mendes gerem aquela que é considerada uma referência na área da avaliação e da consultoria imobiliária: a Mencovaz.
A trabalhar no setor de avaliação com algumas das principais instituições financeiras portuguesas, promotores imobiliários, proprietários de imóveis institucionais e privados, Fundos de Investimento Imobiliário, Sociedades Gestoras de Carteiras de Imóveis e Sociedades de Advogados, a Mencovaz define como principais valores o cumprimento de prazos, o rigor e a prontidão, considerados peças fundamentais no mundo da avaliação imobiliária. A crescente melhoria, o desenvolvimento dos seus serviços e o aumento das áreas de atuação têm sido o foco desta empresa que incide a sua atividade na avaliação imobiliária, avaliação de bens móveis e equipamentos e na certificação energética.
Recentemente surgiu uma nova área de atuação: a fiscalização e a coordenação de obras, por se ter verificado o elevado aumento de pedidos de tarefas deste tipo por parte de condomínios, clientes privados e bancos, entre outros. “Sempre fizemos peritagens por solicitação de clientes particulares e estes pedidos triplicaram no ano passado, por isso decidimos criar este novo departamento”. Também as instituições bancárias têm procurado a Mencovaz com pedidos de trabalho neste âmbito. Interessa aos bancos, cada vez mais, garantir que o crédito disponibilizado para investimentos esteja a ser bem aplicado por parte do cliente bancário. “Passámos, assim, a dispor em full-time da colaboração de uma engenheira civil sénior, com o perfil de construção, permitindo-nos fazer uma avaliação muito precisa do estado das construções e garantir que todos os trabalhos estão a ser executados em conformidade com os projectos licenciados e com observância dos regulamentos, especificações e as normas de bem construir e que o capital que as instituições bancárias dispensam ou concedem está a ser bem aplicado”, avança Jorge Ferreira Mendes.
Com uma ampla rede de cobertura nacional de 150 Peritos Avaliadores de Engenharia, de norte a sul do país e também nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, a Mencovaz presta também serviços de avaliação de imóveis fora do país, bem como de avaliação de empresas. “Neste momento, estamos já a desenvolver parcerias com empresas em Espanha e na Polónia para assegurar a realização de avaliações em diversos países e dar resposta a pedidos recebidos de clientes com ligação a esses países”, afirma Jorge Pedro Ferreira Mendes, Sócio-Procurador da empresa.
A Mencovaz está também habilitada/certificada para a emissão de certificados energéticos, para qualquer tipo de imóveis – habitacionais, de serviços, comerciais, industriais, armazéns, mistos e quaisquer outros -, dispondo de uma rede de peritos qualificados nessa área específica.
A necessidade de a empresa se manter a par das modificações e das exigências do mercado leva a que sejam dadas formações internas na empresa e faz com que a formação contínua externa dos seus quadros seja uma aposta e uma prioridade para a Mencovaz.
O PAPEL DO PERITO AVALIADOR
Podemos constatar que a evolução do mercado imobiliário regista um substancial aumento da oferta e procura, com o aparecimento de novos investimentos de privados singulares e de fundos de investimento imobiliário nacionais e estrangeiros que apostam na reabilitação de imóveis nos centros históricos de Lisboa e Porto, sobretudo para efeito de alojamento local, e de oferta de habitação de elevado standard e excecional localização, investimento estrangeiro acompanhado de um acentuado aumento de concessão de crédito à habitação, tudo isto fatores que têm contribuído positivamente para fomentar a procura no setor, com particular incidência na vertente habitação e do alojamento turístico.
“A procura de habitação própria tem aumentado e os valores dos imóveis têm subido entre 5% a 8% ao ano. Há muita procura e investimento estrangeiro, sendo Lisboa uma das capitais europeias com imóveis mais baratos, mão-de-obra qualificada e bem equipada. Somos um país bastante atrativo, seguro e acolhedor, fatores que dão segurança ao investidor”, refere Jorge Ferreira Mendes, Sócio-Gerente da Mencovaz, a quem foi atribuído, há cerca de um ano, o título REV –Recognized European Valuer pela Asaval – Associação das Sociedades de Avaliação, que representa em Portugal a muito prestigiada Associação Europeia TEGoVA-The European Group of Valuers Associations, titulo atribuído, até ao momento, apenas a nove PAI´s (Peritos Avaliadores Imobiliários) portugueses.
Portugal é considerado um dos melhores países para investir na área imobiliária, sendo alvo de alguns dos maiores investidores internacionais que veem o nosso país como um país seguro para nele se investir e de clima muito ameno, além de barato, no contexto europeu.
O perito avaliador assume atualmente, por isso mesmo, um papel fulcral. “No entanto, o mercado por vezes desvaloriza esta atividade. Há contacto intenso entre um avaliador e um particular quando este vai pedir um crédito bancário ”, explica-nos Jorge Ferreira Mendes, para quem um perito avaliador tem de ter um profundo conhecimento dos mercados e de ser muito rigoroso e atento, exercendo a sua atividade com exatidão. Neste sentido, a entrada na empresa, em 2013, do seu filho Jorge Pedro revelou-se uma mais-valia devido à sua formação com mais de 12 anos em Engenharia Civil, “uma vez que a avaliação imobiliária reúne, num único acto, diversas áreas, nomeadamente a engenharia. Para fazermos uma avaliação temos de saber olhar para um edifício, detetar rapidamente eventuais patologias e resolvê-las”.
O FUTURO DOS PERITOS AVALIADORES
Desde 2015 que se têm registado alterações legislativas bastante significativas no setor da avaliação imobiliária. “O acesso à atividade está cada vez mais dificultado e exigente requerendo-se maior formação e experiência; além disso acontece, atualmente, estarem associados à atividade todo um conjunto de encargos que encarecem o seu exercício.”
Qual será então, dentro de dez anos, o futuro dos peritos avaliadores? “Teremos peritos avaliadores suficientes num futuro próximo?”, interroga-se Jorge Pedro Ferreira Mendes. “A sustentabilidade da atividade, a médio e longo prazo, não parece estar assegurada, isto porque as próprias formações para o seu exercício, além de muito dispendiosas, estão bastante centralizadas nas duas grandes cidades do país, Porto e Lisboa, afetando o acesso às mesmas por parte de interessados que vivam noutras zonas do país ou nos arquipélagos dos Açores e Madeira”, prossegue o nosso entrevistado.
A verdade é que a Lei nº. 153/2015, de 14 de setembro, “regula o acesso e o exercício da atividade dos peritos avaliadores de imóveis que prestem serviços a entidades do sistema financeiro da área bancária, imobiliária, seguradora
e resseguradora e dos fundos de pensões, doravante referidos como «peritos avaliadores imobiliários» ”, Artigo 1.º da referida Lei. nº. 153/2015.
“Só pode exercer a atividade de perito avaliador de imóveis a entidades do sistema financeiro quem:
- a) Estiver habilitado para o efeito através de registo na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários («CMVM»); e
- b) Celebrar por documento escrito os termos em que exerce a sua atividade com a entidade responsável pela gestão de organismo de investimento coletivo, instituição de crédito, sociedade financeira, sociedade gestora de fundos de pensões ou empresa de seguros ou de resseguros”, Artigo 2.º da Lei nº. 153/2015, de 14 de setembro”.
Já para o mentor da Mencovaz, Jorge Ferreira Mendes, o fator que mais o preocupa na atividade é a competência, credibilidade e confiança pública no avaliador. “As pessoas ou entidades têm de ter confiança pública em nós e nos valores que estimamos para os imóveis. E a verdade é que na hora do «tira-teimas» a Mencovaz é chamada a intervir com a sua clareza e prontidão de sempre. Estamos a falar de situações em que há avaliações na ordem dos cem milhões de euros.”
A COMPLEXIDADE DO SETOR
“Os bancos, mais do que conceder crédito, chegaram ao ponto em que têm uma carteira de imóveis extensa para gerir”, começa por referir Vanda Almeida, Engenheira Civil Sénior que vai chefiar o departamento de fiscalização e de coordenação de obras da Mencovaz.
“Para além de conceder crédito e negociar dinheiro, os bancos veem-se a braços com imóveis que ficam na sua posse por diversos fatores ligados a garantias ou financiamento a construções, mal sucedidos. Face a este contexto, as entidades financeiras estão atualmente a lidar com uma situação que não é da sua esfera de competência. Terão, assim, que contratar empresas em regime “outsourcing” para se ocuparem da gestão deste património não afecto à sua exploração. Há imóveis em mau estado, com obras inacabadas ou falta de licenças, por exemplo, casos em que tem que se avançar com os procedimentos necessários para poderem comercializar esses imóveis”, reforça a nossa entrevistada. A Mencovaz entra, assim, neste domínio para auxiliar estes clientes, a par dos clientes particulares.
A empresa irá abraçar este novo projeto com todo o seu empenho. “Apostamos na formação dos nossos colaboradores de modo a prestarmos um acompanhamento diferenciado e qualificado, como é disso exemplo o recente «Curso de Técnicas de Reforço Estrutural e Avaliação Sísmica» que frequentámos no mês de Março, porque parte dos trabalhos são desenvolvidos na área da reabilitação nos grandes centros urbanos históricos, onde os edifícios têm características muito específicas”.
“Quando falamos de intervenções, quer por reabilitação, quer por novo investimento por parte de investidores estrangeiros, estamos a falar de zonas muito atrativas para quem chega ao país, por isso a edificação nestas áreas carece de intervenções, muitas vezes profundas e que têm de ser bem feitas”, elucida-nos Vanda Almeida. “Estamos a falar de um público-alvo diferente, mais jovem, e de turistas estrangeiros, com outro nível de exigência, que levou a que alguns profissionais desta atividade tentassem corresponder às suas expectativas, verificando-se intervenções que são verdadeiramente profundas, que carecem de elevada competência e conhecimentos técnicos muito especializados a uma correta intervenção na estrutura dos edifícios reabilitados”, acrescenta.
Este novo departamento, agora criado, pretende, portanto, fazer um acompanhamento de obra e de projeto que permitirá dar resposta ao cliente através da sua competência e conhecimento técnicos. “A nossa atividade passa um pouco ao lado do cidadão comum, e é importante reforçar a importância do que fazemos e da necessidade de competência técnica para corresponder às exigências que nos são colocadas. É um departamento que vem complementar o trabalho já efectuado na nossa empresa. Tal como o amor que não divide, mas sim multiplica, na Mencovaz o acréscimo de um novo departamento não é uma divisão, mas sim uma multiplicação de valências. Não há uma redução, mas sim um alargamento de competências”, afirma Vanda Almeida.
Por sua vez, Jorge Pedro Ferreira Mendes reforça que “a Mencovaz é uma empresa que nasceu como empresa de avaliação imobiliária e que tem, neste momento, uma atividade credível de avaliação imobiliária implantada, de renome, com uma carteira de clientes considerável. Este novo departamento será, por um lado, uma área para crescer e, por outro, uma área que irá complementar a atividade de avaliação imobiliária da Mencovaz. A avaliação de um imóvel será muito mais fidedigna se ao perito avaliador se juntar um engenheiro com o devido conhecimento técnico. Será uma mais-valia e irá acrescentar valor à nossa atividade. No futuro, o avaliador terá de estar dotado de diversas competências técnicas, ter conhecimento e saber fazer uma peritagem completa. Temos de continuar a investir na formação contínua”.
“Somos considerados uma empresa de referência e iremos trabalhar sempre nesse sentido. Somos avaliados pelos nossos clientes bancários que fazem, mensalmente, uma avaliação de desempenho em que a Mencovaz fica normalmente nos primeiros lugares do ranking. Na nossa atividade «tudo é para ontem» e a Mencovaz consegue corresponder prontamente aos pedidos dos seus clientes. A prontidão, precisão, celeridade e disponibilidade são os pilares da Mencovaz”, conclui Jorge Ferreira Mendes.