Estamos todos familiarizados com conceitos inovadores como Capacitação do doente, Telemonitorização, Hospitalização domiciliária, Big Data, etc. Infelizmente, estes importantes conceitos coexistem no tempo com realidades como as restrições orçamentais nos serviços de saúde, o aumento da população a ser atendida pelo Serviço Nacional de Saúde devido ao aumento da longevidade e, claro, a necessidade de oferecer cuidados dignos e próximos do doente e seu meio ambiente (cuidadores e familiares), que foi definida como a humanização dos cuidados de saúde.
A obrigação de todos os atores que compõem o Serviço Nacional de Saúde, incluindo as empresas de cuidados de saúde, é identificar esta situação, atuando de um ponto de vista interdisciplinar e oferecendo as nossas melhores soluções para os desafios com os quais todos nos deparamos.
Acredito sinceramente que possamos agir de uma maneira diferente, concordante com os tempos em que vivemos.
As tecnologias existentes permitem às empresas prestadoras de cuidados de saúde obter dados e parâmetros que ajudam a melhorar a Adesão do doente a determinadas terapias e identificar aqueles que fazem uma utilização indevida das mesmas, detetando, portanto, situações que devem ser corrigidas e proporcionando uma ativa e significativa atuação junto de todos os interlocutores, em especial do doente e seus cuidadores.
É inquestionável que a decisão final sobre a continuidade, ou não, da terapia deve recair sobre os prescritores das mesmas. No entanto, é igualmente verdade que se disponibilizados os dados adequados, para auxiliar a avaliação das situações mais complexas, se pode aumentar a eficiência tanto no diagnóstico como no tratamento e, desta forma, otimizar a utilização dos recursos existentes, garantindo a sustentabilidade do sistema e minimizando custos desnecessários que podem ser dedicados a outros doentes.
Obviamente, esta solução exige a colaboração leal e entusiasta de todos os intervenientes: administração pública, profissionais de saúde, doentes, cuidadores e empresas.
Na PRAXAIR, empresa com ampla experiência no setor da Saúde, em especial atuando na área de Gases Medicinais e na prestação de Cuidados Respiratórios Domiciliários, estamos firmemente convictos que se pode atuar antecipando-nos aos desafios e oferecendo alternativas às situações atuais, baseadas no uso adequado dos recursos e tecnologias que irão permitir manter, ou mesmo melhorar, a qualidade dos Serviços Prestados e, até, fazê-los extensível a outros grupos, atuando sempre de forma integrada com os Cuidados Hospitalares e Cuidados de Saúde Primários e salvaguardando o conceito de proximidade, que nos caracteriza e diferencia.
Temos também como prioridade a colaboração com entidades reconhecidas na área da saúde, as quais acreditamos que são motores primordiais no desenvolvimento na promoção do conhecimento científico junto da sociedade. A colaboração empresarial entre empresas e unidades e centros de investigação, bem como sociedades científicas, associações de profissionais e de doentes devem ser promovidas, dado que permite uma atuação integrada com vista a um bem comum: Melhoria da Qualidade de vida e Promoção para a Saúde. Acreditamos no conceito da Medicina 4P: Personalizada, Predictiva, Preventiva e Participativa. É esta mudança de ponto de vista que acreditamos ser disruptiva e que muda efetivamente tudo. As sinergias que a PRAXAIR tem promovido nos últimos anos com entidades ligadas à investigação e desenvolvimento do conhecimento permitem-nos implementar programas específicos alinhados com este conceito. Pretendemos cada vez mais trabalhar a Saúde Respiratória, não a Doença.
Destacamos, a título de exemplo, a colaboração ativa da PRAXAIR no Programa Doutoral em Saúde Ambiental EnviHealth&Co, um Inovador Programa da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a desenvolver em ambiente empresarial e que após avaliação por um painel de peritos internacional, foi aprovado como Programa de Doutoramento da Fundação da Ciência e Tecnologia. Adicionalmente, com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) foi instituido desde 2013, o Prémio Praxair-SPP que visa distinguir e estimular a realização de projetos de investigação em Portugal. Também com a SPP, e em parceria com o Grupo de doenças respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), foi desenvolvido um documento (Pocket Guide) que reúne informação relativa aos cuidados respiratórios domiciliários disponíveis e respetivas indicações. Finalmente, destacamos a parceria com a Fundação Portuguesa do Pulmão para que em 2017 possamos trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de programas específicos na área da educação para a saúde, autogestão da doença e capacitação dos doentes e cuidadores informais.
Somos um parceiro leal e de confiança. Estamos convencidos e preparados para liderar e gerir a mudança. Contem connosco para este desafio.
OPINIÃO DE Jose Ramon Calvo, Diretor da Divisão Médica da Praxair Portugal&Espanha