FI Group Portugal vai participar em projeto europeu para garantir segurança nas estradas

FI Group participa no projeto BERTHA, financiado pela União Europeia, e que tenciona desenvolver um Modelo Comportamental do Condutor que tornará os veículos autónomos mais seguros e mais próximos da condução do homem.

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O projeto BERTHA, inscrito no programa Horizonte Europa, arrancou a 22 de novembro em Valência, Espanha. O projeto recebeu 7.981.799,50 euros da Comissão Europeia para desenvolver um Modelo Comportamental do Condutor (DBM) que pode ser utilizado em veículos autónomos conectados para os tornar mais seguros e mais semelhantes à condução humana. O DBM resultante estará disponível num HUB de código aberto para validar a sua viabilidade , e será também implementado no CARLA, um simulador de condução autónoma de código aberto.

O consórcio BERTHA é formado por 14 parceiros de 6 países diferentes, coordenados pelo Instituto de Biomecânica de Valência (IBV). A FI Group lidera a comunicação, disseminação e exploração do projeto, contribuindo com a sua experiência em outros projetos europeus de I&D, como o LEARN, HEALING BAT ou 2DNeuralVision, entre outros. Para além disso, a FI Group desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da abordagem, na redação e na apresentação da proposta a um concurso do Horizonte Europa, que resultou na atribuição da subvenção pela Comissão Europeia.

A indústria da Mobilidade Conectada, Cooperativa e Automatizada (CCAM) apresenta oportunidades importantes para a União Europeia. No entanto, a sua implementação requer novas ferramentas que permitam a conceção e a análise de componentes de veículos autónomos, juntamente com a sua validação digital, e uma linguagem comum entre os operadores e os fabricantes de equipamentos.

Uma das lacunas resulta da falta de um Modelo Comportamental do Condutor (DBM) validado e cientificamente fundamentado que contemple os aspetos do desempenho humano na condução, e que permita compreender e testar a interação dos veículos autónomos conectados (CAV) com outros automóveis de uma forma mais segura e previsível do ponto de vista humano.

Assim, um Modelo Comportamental do Condutor pode garantir a validação digital dos componentes dos veículos autónomos e, se incorporado no software das UCE, pode produzir uma resposta mais próxima da humana nesses veículos, aumentando assim a sua aceitação.