“Estamos a Agir para fazer com que a Mudança aconteça”

A propósito dos 90 anos da Merck em Portugal, a marca apresentou, recentemente, um estudo no âmbito da Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I). Rita Reis, Responsável de Comunicação da Merck Portugal e Europa, revela como a Merck tem sido uma referência a este nível, assegurando que a marca está empenhada em lutar pela paridade do género até 2030.

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Sabemos que a Merck tem sido proativa na promoção da Diversidade, Equidade e Inclusão no seu ambiente de trabalho. Assim, de que forma estes valores se têm refletido nas estratégias de comunicação e marketing da empresa?
A Merck sempre foi uma organização diversificada – presente em 66 países, com mais de 64.000 funcionários de 139 nacionalidades – e reconhecemos que o nosso sucesso contínuo depende da nossa capacidade de criar um ambiente de trabalho que promova a equidade e a inclusão em todo o mundo. Isto é verdade a nível do grupo, mas também em Portugal, onde temos paridade de género no número de colaboradores, bem como em cargos de liderança.
Mas viver a DE&I é muito mais do que paridade de género ou raça. Aliás, vários estudos internacionais demonstraram que a adoção ativa de DE&I conduz a uma maior participação, inovação e sucesso económico global, não só para as empresas, mas também para a sociedade em geral.
A redução da desigualdade de género e o aumento da participação feminina na força de trabalho têm a capacidade de impulsionar o crescimento do PIB. Um estudo recente da McKinsey deu a conhecer que existe um potencial de 12 biliões de dólares em PIB adicional se a disparidade de género for reduzida até 2025.
Na verdade, acredito que a DE&I melhora a tomada de decisões em todos os níveis, e que os locais de trabalho inclusivos, onde os colaboradores se sentem valorizados, respeitados e capacitados, terão maior satisfação no trabalho e, consequentemente, maior produtividade.
De forma resumida, a DE&I não é só uma questão de justiça social, mas significa também benefícios económicos e sociais significativos para o tecido empresarial. Equipas criadas com base em DE&I são também mais inovadoras, motivadas e criativas. Acima de tudo, falamos num avanço no progresso da sociedade, onde todos ficam a ganhar.

A Merck apresentou, recentemente, um estudo no âmbito da Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I). Quais foram as descobertas-chave e, de que forma, as mesmas, podem impactar a cultura empresarial?
Este estudo, que foi realizado a propósito dos 90 anos da Merck em Portugal e inquiriu o top management das empresas alemãs que operam no nosso país, revela que os cargos de liderança continuam dominados pelos homens. Não posso deixar de destacar a conclusão de que diversidade é ainda uma meta por alcançar na liderança das empresas alemãs em Portugal: 77% do top management destas empresas é do género masculino, face a apenas 18% das mulheres. Uma percentagem que só por si é pequena, mas que ainda se torna mais reduzida se pensarmos que a Estratégia para a Igualdade de Género da Comissão Europeia define uma representatividade mínima feminina de 40%.
Na Merck, a nossa aposta vai no sentido de ter equipas heterogéneas, do reconhecimento dos direitos de cada um, de um esforço contínuo para que todos os colaboradores sejam incluídos da mesma forma e isso tem tido tradução nos números: a nível do grupo Merck, existem 38% de mulheres em cargos de liderança, onde eu me incluo. E estamos empenhados em lutar pela paridade de género até 2030. Estamos a agir para fazer com que a mudança aconteça e, com ela, a obtenção de resultados desejada.

A Merck está comprometida em criar uma atmosfera que promova o bem-estar dos colaboradores, não só físico. Neste sentido, como tem abordado questões como saúde mental e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal das suas Pessoas?
Temos políticas e processos a pensar na DE&I que esperamos que inspirem outras empresas. Monitorizamos continuamente a igualdade salarial e agimos para que seja uma realidade. Recentemente, começámos a introduzir benefícios de fertilidade em alguns países para garantir que os colaboradores possam realizar o seu sonho de paternidade, enquanto prosseguem a sua carreira de sucesso e Portugal está nessa lista. Além disso, promovemos uma cultura de trabalho de respeito, onde todos são ouvidos e onde a saúde emocional é uma prioridade. A promoção do regime de trabalho híbrido, para que possa haver maior compatibilidade entre tarefas pessoais e profissionais, também é uma realidade na nossa empresa.

Para além da causa DE&I, a Merck apoia os cuidadores informais, através do Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Porquê?
Para além da importância dada à DE&I, a Merck dá apoio aos cuidadores informais e por isso apoiamos o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, composto por mais de três dezenas de associações de doentes, desde 2020.
O Movimento tem como objetivo perceber o que ainda falta fazer pelos cuidadores informais em Portugal, melhorando a sua qualidade de vida e, por conseguinte, a de todos os doentes nacionais. A Merck já apoiou campanhas de comunicação, contactos institucionais, sessões de formação, estudos, e, mais recentemente, uma linha de apoio telefónica psicológica para o cuidador informal.
Destacar ainda que a Merck apoiou um inquérito de âmbito nacional sobre a situação desta atividade no nosso país, o que permitiu concluir que cerca de 86,6% dos cuidadores são do género feminino. Se relacionarmos com o tema de DE&I, isto pode significar que talvez as mulheres não tenham oportunidades de carreira porque acabam mais sobrecarregadas com as tarefas de cuidar, que muitas vezes substituem a Segurança Social. No âmbito da nossa política de responsabilidade social, tentamos olhar também para esta realidade e ajudar a melhorar a vida destas pessoas.