Início Atualidade “O papel da advocacia é fundamental no universo lusófono”

“O papel da advocacia é fundamental no universo lusófono”

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“O papel da advocacia é fundamental no universo lusófono”

Constituída em 2013, a CVSP Advogados assume um compromisso focado nas necessidades de cada cliente, marcando uma forte componente internacional através das associações estabelecidas com escritórios de advogados de Angola, Brasil, Equador, Espanha, Luxemburgo e Guiné-Bissau. Quão importante é esta ligação aos diferentes países e que valores complementam ao escritório? Certamente cada país reporta desafios distintos consoante os seus interesses.
Estas associações com escritórios locais acabaram por surgir de uma forma natural devido a contactos profissionais ou por pedidos de clientes com interesses nesses mesmos países. A forte ligação internacional constitui o ADN do nosso escritório, pelo que fazem todo o sentido estas mesmas associações internacionais.
Sem dúvida que cada país representa um desafio diferente. Estamos a falar de Continentes distintos e de outras culturas. O elemento-chave é termos a parceria certa, para que o cliente possa “beber” a cultura local.

O acompanhamento personalizado é uma característica que marca a abordagem da CVSP Advogados, entre serviços jurídicos na área da fiscalidade, direito societário e contencioso, empresarial e imobiliário. De que forma tornam esta abordagem diferenciadora nos diferentes países em que atuam?
Na sequência da resposta à pergunta anterior, tal como referi, é extremamente importante ter conhecimentos das práticas locais. Ao nível dos PALOP, por exemplo, poderemos ter textos legislativos semelhantes ou parecidos com o do nosso ordenamento jurídico; contudo é determinante saber como são interpretados pelas administrações públicas e pelos tribunais locais. Assim, dependendo do país em causa, a tal “abordagem diferenciadora” terá de ser na medida da situação em concreto, dado que, cada caso é um caso.

Há muito que se fala da importância da união dos países lusófonos e dos fatores imprescindíveis para a participação plena na vida internacional, constituindo um importante contributo para o reforço da afirmação destes países. Assim, qual diria que é o principal papel da advocacia nesta comunidade?
O mercado dos países lusófonos ainda tem muito potencial para explorar, não obstante as vicissitudes económicas, políticas ou inclusivamente até devido à atual pandemia.
Porém, sem querer desmerecer de algum modo os profissionais das outras áreas, eu diria que o papel da advocacia é fundamental. Ainda na linha do mencionado anteriormente, é de salientar a importância das parcerias entre escritórios de advogados, para que se possa dar corpo a projetos de investimento no seio dos países lusófonos.

Com a crescente cooperação e desenvolvimento das relações empresariais cada vez mais sólidas entre os países lusófonos, acredita que perante a atual crise pandémica, estes negócios e parcerias são ainda mais vitais para a recuperação económica e social?
Sem dúvida. Se pensarmos no universo dos países lusófonos, estamos a falar de um mercado de quase 270 milhões de pessoas. Portugal é um país que, por natureza, tem uma vocação Atlântica, ainda mais do que Europeia, embora tal papel ainda esteja por explorar na sua plenitude.
Os negócios e parcerias são, sem dúvida vitais, mas terão de ser antecedidos por medidas a nível governamental dos países-membros, com vista à criação e melhoria de mecanismos de incentivos ao nível fiscal e alfandegário, promoção do comércio, liberdade de circulação, para que se possa começar a pensar o espaço da lusofonia como verdadeiro bloco económico.

“If you want to go fast go alone, if you want to go far go together”, pode-se ler no site da CVSP Advogados. Nunca esta frase teve tanto significado? É legítimo assegurar que, assim sendo, tudo farão para cooperar de igual forma, enquanto parceiro de negócios, nas dificuldades sentidas neste período de tempo mais incerto? Como?
Trata-se de um provérbio africano que efetivamente ilustra a nossa forma de pensar. Na realidade, até diria que é quase impossível, atingir sozinho o que quer que seja. De um modo ou de outro, ter as parcerias certas sempre marcou a diferença. Assim, e respondendo em concreto à questão colocada, a resposta é naturalmente afirmativa. Posso dar como exemplo que já apostámos na formação de um advogado de outro escritório parceiro que na altura estava a passar por alguns constrangimentos.

A CVSP Advogados mudou recentemente de imagem e de escritório. Há alguma razão em particular? Não têm receio de que com a crise que se avizinha o timing possa não ter sido o ideal?
O escritório, desde a sua constituição, há 8 anos, tinha um logotipo que simbolizava uma árvore com o nome do escritório, dado que a nossa visão da advocacia é de que é sempre necessário semear algo para colher e ter raízes fortes. O laranja foi não só por ser uma cor forte e moderna, como também por ser a cor preferida do meu filho mais velho e ao mesmo tempo uma homenagem à Holanda, país que me acolheu durante um ano, quando fiz o mestrado em Fiscalidade Internacional. O verde simboliza a esperança e apela à copa da árvore. O novo logotipo segue a mesma linha cromática, ficando com uma leitura mais leve e moderna.
A mudança de escritório veio na ótica de crescimento e procura de um espaço moderno e funcional. Naturalmente que a crise nos preocupa; contudo, não podemos deixar, embora de forma controlada, de seguir o nosso rumo.

A terminar, acredita que apesar do momento inconstante ainda há espaço para perspetivas positivas? O que podemos contar para o futuro da CVSP Advogados?
Sempre. Mesmo em tempos mais conturbados há sempre espaço para crescimento, conquanto haja adaptação dos escritórios à nova realidade.