Início Atualidade “A Sustentabilidade faz parte do “corpo” que é a Jardins de Adónis”

“A Sustentabilidade faz parte do “corpo” que é a Jardins de Adónis”

0
“A Sustentabilidade faz parte do “corpo” que é a Jardins de Adónis”

Edificada em 2002, a Jardins de Adónis comemora este ano 20 anos de atividade. No sentido de contextualizar o nosso leitor, quais são os pontos mais emblemáticos e simbólicos que marcam estas duas décadas de atividade e de que forma é que a marca tem vindo a crescer e a responder às exigências do mercado?

É com enorme orgulho que completámos 20 maravilhosos anos de atividade, plenos de desafios e aprendizagens constantes. A Jardins de Adónis iniciou a sua atividade com uma Missão clara e simples: a projeção e execução de jardins ornamentais. Foram vários os projetos que acompanharam o nosso crescimento no mercado; todos eles importantes, todos eles contributos para o amadurecimento da marca. Como pontos emblemáticos, remeto a 2016, quando construímos os jardins de cobertura no edifício Santander, um dos jardins de cobertura mais emblemáticos, em Lisboa; foi um momento de viragem, de perceção de que os nossos horizontes se tinham expandido para além da nossa Missão original. Um outro evento, simbólico, para a Jardins de Adónis, foi o Prémio 2021 Scoring Top 5% – Melhores PME, que posicionou a marca entre as melhores PME de Portugal; este acontecimento confirmou o reconhecimento do nosso trabalho pelo mercado e reforçou a nossa determinação em continuar a contribuir para inspirar o mundo, através do Paisagismo. Já em 2022, outro projeto relevante, foi o apoio à produção do programa “Casados à Primeira Vista, na SIC. A presença numa das principais redes televisivas portuguesas constituiu mais um passo em frente, e confirma a posição e preferência da marca, neste setor de atividade. E, finalmente, a presença na Expojardim – Urban Garden, que nos permitiu partilhar com um vasto público, soluções inovadoras integradas em projetos globais sustentáveis e harmoniosos. 20 anos passaram, e a Jardins de Adónis amadureceu. Hoje, a nossa Missão consiste em criar ambientes harmoniosos e sustentáveis, tentando integrar o Homem e a Natureza, através do Paisagismo. E é através da dinâmica entre estes dois elementos que pretendemos inspirar o mundo, pela criação de espaços verdes de luxo que alicerçam o seu conceito numa Consciência Social de Responsabilidade Ambiental. Ao longo destas duas décadas, o mercado sofreu alterações significativas, nomeadamente e sobretudo no que respeita ao seu grau de exigência. A Jardins de Adónis encontra solidez e segurança nos Valores com que sempre pautou a sua atividade, e são estes os mesmos que utilizamos para responder às atuais exigências do mercado: inovação, criatividade, paixão, compromisso e sustentabilidade. Acreditamos em nós, confiamos no Cliente e servimo-lo.

Atualmente, a construção de jardins de cobertura e verticais assumem-se como o principal core business da Jardins de Adónis. De que forma é que conseguem perpetuar uma dinâmica de harmonia e sustentabilidade através do vosso core?

De facto, hoje em dia a construção de jardins de cobertura e verticais (naturais, preservados e artificiais), é o core business da Jardins de Adónis. O maior objetivo dos jardins verticais é aumentar a qualidade do ar e diminuir a poluição, através da redução do CO2; a solução dos jardins de cobertura permite um melhor isolamento térmico e acústico dos edifícios, atenuando também os efeitos das chuvas torrenciais e da ilha de calor.

De que forma é que importante aliar jardins ornamentais com empresas? Sente que este era um nicho de mercado que estava pouco desenvolvido, mas que hoje está bastante presente na dinâmica do universo empresarial? Que vantagens têm as empresas que apostam em, por exemplo, em jardins ornamentais ou de cobertura?

Consideramos essencial associar ao tecido empresarial os jardins ornamentais. Entendemos uma empresa como um “ser vivo”, na medida em que integra as inúmeras pessoas que ali trabalham e todas as que visitam o espaço. Cada uma dessas pessoas sente, visualiza e a sua produtividade e/ou recetividade à empresa, é tanto maior quanto maior for o seu grau de contentamento, diríamos mesmo, felicidade. A associação de jardins ornamentais a empresas, é mais um passo em direção à meta da sustentabilidade. A sustentabilidade tem a capacidade de unir as pessoas que trabalham nesses espaços para desenvolver uma melhor cultura de empresa, ao mesmo tempo que permite um maior equilíbrio vida-trabalho, e tem grande impacto nos clientes e, em última análise, no mundo. Acreditamos que um local de trabalho saudável e sustentável se relaciona diretamente com trabalhadores mais felizes e que, como tal, em consequência, aumenta a produtividade e diminui as baixas por situações de doença. Em Portugal, a integração de jardins ornamentais em empresas ainda é um nicho de negócio neste setor, mas a tendência é que essa realidade se altere; as empresas estão cada vez mais sensíveis aos fatores indiretos que, promotores de tranquilidade e de saúde individual, trazem benefícios para a produtividade da própria empresa; e ainda, recordemos que cada vez mais as empresas adquirem uma Consciência Social e Responsabilidade Ambiental, sendo que as mesmas desejam contribuir para o bem-estar dentro e fora do espaço empresarial. Este nicho apresenta elevado potencial para os operadores neste setor e se hoje não tem impactos contabilizáveis, tê-lo-á nos próximos anos; e a Jardins de Adónis continuará a apoiar e a desenvolver projetos socialmente conscientes e ambientalmente responsáveis, e a dar o seu melhor contributo para um mundo verde sustentável, promotor de um sentimento de bem-estar individual, empresarial e social.

É legítimo afirmar que a grande mudança de paradigma da Jardins de Adónis se deu em 2016, com a edificação de um dos mais emblemáticos jardins de cobertura em Lisboa no edifício do Santander? O que mudou nesse ano?

É legítima a afirmação de que o ano de 2016 nos trouxe uma “grande mudança de paradigma”. Efetivamente, antes desse ano, e como referimos em ponto anterior, a nossa Missão era a projeção e execução de jardins ornamentais. E até esse ano, projetámos, implementámos e fizemos a manutenção de vários projetos em espaços diversos, que incluíam prédios, condomínios e moradias tipicamente particulares.
Nesse ano e com a ajuda fundamental do João Adónis, responsável operacional cuidando de todas as operações da empresa contando com dez anos de experiência em jardins em que é responsável pela excelência dos processos operacionais e pela gestão estratégica que garantem competitividade ao negócio, foi possível realizar este ambicioso projeto.

O conceito de sustentabilidade tem vindo a mudar ao longo dos anos, sendo que atualmente, é, praticamente, um dos principais desideratos de empresas e países em prol da proteção do planeta. De que forma é que essencial continuar a promover a sustentabilidade?

As empresas amadureceram e estão conscientes do seu contributo para uma sociedade sustentável. Se, antes, a sustentabilidade estava conectada ao tecido financeiro e económico, hoje, é um conceito de abrangência sistémica. Estão integrados neste, agora vasto conceito, vários sistemas: o financeiro, o económico, o humano, o social e o ambiental; todos estes numa sinergia de várias dinâmicas que, se tenta, se movam de forma equilibrada, para permitir a sua continuidade ao mesmo tempo que promovendo um sentimento global de bem-estar. Se a rentabilidade era o foco das empresas, e ainda é um dos focos, associou-se a preocupação com o que deixaremos às gerações seguintes; salvar vidas é essencial, mas sem um planeta a apoiar essas vidas, a Vida não será possível. Não esqueçamos que a Humanidade depende do planeta Terra. O espaço de trabalho é o local onde mais horas das nossas vidas são passadas; por essa razão, pese embora não só, esse espaço deve dispor das melhores condições ambientais e assim promover a felicidade e contribuir para um estado de saúde, ao mesmo tempo que participando de uma vida empresarial sustentável. A sustentabilidade é importante por uma razão realmente simples: não conseguimos manter a nossa qualidade de vida como seres humanos, a diversidade de vida na Terra ou os vários ecossistemas do planeta a não ser que sejam protegidos e bem geridos. Há dados, estatísticas, testemunhos e notícias,  de todos os cantos do mundo, em grandes e em menores escalas, mas tudo confirma o que se revela evidente: se não protegermos o planeta, não adiantará prolongar a vida humana, pois a vida não será possível neste planeta. Pode continuar-se a promover a sustentabilidade atuando de forma consciente e responsável.

Na orgânica da Jardins de Adónis, quão fundamental é promover a sustentabilidade e de que forma é que têm vindo a perpetuar essa aposta? Escolher Jardins de Adónis é fomentar a Sustentabilidade? Em que sentido?

A sustentabilidade faz parte do “corpo” que é a Jardins de Adónis. Por isso completámos 20 anos de existência e atuação no mercado. A sustentabilidade atua nas políticas comerciais, nas dinâmicas das relações interpessoais, nas escolhas das espécies integradas em cada projeto, no planeamento rigoroso e criterioso de cada fase de cada projeto; é um conceito transversal a muitas áreas de atuação, interna e externamente à empresa, sendo fundamental para a sobrevivência da mesma. A atualização de conhecimentos nas várias áreas que integram o nosso trabalho, a seleção dos recursos humanos permitem-nos perpetuar a aposta neste setor. Escolher a Jardins de Adónis é tomar a si um Parceiro com uma vasta carteira de ofertas: experiência comprovada, conhecimento do mercado, das etapas de projeto e da conceção do mesmo. Para nós, sustentabilidade é muito mais do que mais um conceito: é uma necessidade global de sobrevivência, é um compromisso de respeito para com cada ser humano e, o mais importante, é um ato de humildade que revela o quanto pequenos somos perante a nossa total dependência a este planeta.

Sente que hoje existe uma maior consciencialização para as questões relacionadas com a Sustentabilidade, a Harmonia e proteção do planeta?

Sim, absolutamente. Uma prova disso mesmo são os textos de Quem Somos, nas apresentações das empresas. Certamente que é preciso mais trabalho, mais efetivação dessa mensagem e que isso significa trazer essa responsabilidade para dentro de cada empresa, mas este pequeno fator é sintomático de que hoje existe, de facto, uma maior consciencialização para as questões abordadas. Todavia, a resposta a esta questão também deve passar pela reflexão sobre o que está a acontecer no mundo. Cada vez mais se verifica o esforço para manter um equilíbrio dinâmico dentro de um ecossistema e para com os ecossistemas e regiões circundantes. É dada uma grande importância à produtividade em cada sistema, para que se exija uma quantidade muito pequena de terra para alimentar o maior número possível de pessoas. Isso pode libertar muita terra para voltar à natureza. Também a não utilização de pesticidas ou outros compostos venenosos e tóxicos. E a preocupação com a conservação da água, sendo que os sistemas são projetados para exigir apenas uma pequena fração da água normalmente usada na agricultura. [referência a The Venus Project, Beyond Politics Poverty and War, Aquaponics System, in Kerala, India – publicado em 11 de abril de 2022 pelo Venus Project]. Ainda no mundo, verifica-se a preocupação com a saúde e bem-estar das pessoas. O aliviar das tarefas repetitivas, substituindo as pessoas por sistemas automatizados (ex.: irrigação automatizada), dando-lhes a escolha de como querem dar o seu contributo para cada projeto. Às pessoas que se alimentam do que é plantado nestes ecossistemas sustentáveis, são fornecidos alimentos com elevado valor nutritivo e rico em microrganismos benéficos à saúde, não se utilizam antibióticos ou se servem refeições com nutrientes de metais pesados, tudo para otimizar a sua saúde e qualidade de vida. Ou seja, a consciencialização é ambiental, mas também humana. É um todo, um conjunto de ações que quer que o ser humano prospere. E, finalmente, e também parte de tudo o que falámos, para existir a verdadeira Harmonia, os seres humanos devem relacionar-se conscientemente e responsavelmente. Ao aumentar a eficiência e a qualidade enquanto mantendo um equilíbrio ecológico, estamos todos a contribuir para acelerar uma enorme mudança positiva no mundo.

É este o caminho da transição verde das cidades? Sente que neste momento estamos no caminho certo para que esse desiderato seja cada vez mais uma realidade?

Onde existe a necessidade, é traçado o caminho. E, no caso das cidades, é de facto uma necessidade, a mudança, ou melhor, a adaptação. Melhor do que um caminho errado, é caminho nenhum. E estamos a caminhar para essa transição. Recordemos que as cidades também são ecossistemas. E os ecossistemas são influenciados pelo clima. É do conhecimento público que há alterações climáticas, logo, as cidades devem mudar e adaptar-se às novas condições climáticas. Tal como qualquer ecossistema. Não se trata de um querer, é uma necessidade incontornável. Os centros urbanos estão a ser “reimaginados” para poderem responder a estas novas condições climáticas. Ninguém, nos dias de hoje, estranha existirem espaços verdes em centros comerciais, ou em locais turísticos abertos ou em Instituições Privadas e Públicas. Mas, provavelmente, nem todos estão preparados para as chamadas cidades verdes ou cidades vivas. Mas, sendo as cidades também ecossistemas, para sobreviverem, têm de se adaptar enquanto sobrevivem: têm de ser cidades dotadas da competência designada Resiliência. Essa adaptação é possível com ideias das autoridades locais, arquitetos e residentes e implementação por etapas, e com supervisão de resultados para ajustes atempados. Garantir que todos tenham acesso a água limpa e ar de qualidade, abundantes espaços verdes públicos, opções viáveis de mobilidade, energia confiável e temperaturas adequadas, é essencial para criar um futuro verdadeiramente sustentável. E apesar de os governos centrais terem um forte papel decisor nas políticas regionais, nacionais e internacionais, são os governos locais – os municípios, no caso de Portugal – que melhor constatam os impactos das crises ambientais em primeira mão e que fornecem os principais serviços de que as pessoas precisam para continuarem a viver as suas vidas. Os profissionais de sustentabilidade precisam de ser empreendedores, porque geralmente são subfinanciados. Muitos destes profissionais estão a reunir todos os seus recursos, tentando ser colaborativos e estabelecendo parcerias para avançar nos esforços de ajuste para responder às mudanças climáticas. Construir para o futuro depende de reconhecer danos passados, ouvir e aprender com as nossas comunidades da linha de frente e construir um novo ecossistema preparado para sobreviver e florescer sob a influência de novas condições. Deixo aqui alguns exemplos de Cidades Verdes (do futuro, ou de um futuro menos longínquo): 1. Masdar City, em Abu Dhabi; 2. Dongtan, na China; e 3. Sherford, em Inglaterra.