Estudo da NordVPN aponta que os portugueses passam 30 anos das suas vidas online

A pesquisa mostra que os cidadãos portugueses, por semana, gastam 63 horas na internet. Dessas, 23 horas são ocupadas a trabalhar e as restantes 40 horas passadas em diversas atividades online

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Um estudo recente desenvolvido pela NordVPN – fornecedora de serviços de rede privada virtual – indicou que os portugueses dedicam 30 anos, 3 meses e 14 dias das suas vidas no mundo online, o que equivale a mais de um terço das suas vidas, tendo em conta que a esperança média de vida no país é de 81 anos.

Numa semana, os portugueses passam cerca de 63 horas na internet, o que corresponde a três dias. Durante essas, mais de 23 horas são ocupadas a trabalhar e as restantes 40 horas são gastas em diversas atividades online. Em termos de horário, em média estes internautas começam a navegar a partir das 9 horas e 28 minutos e só terminam às 22 horas e 14 minutos.

Nessas atividades, aproximadamente 8 horas e 30 minutos são gastas nas redes sociais e 5 horas e 44 minutos em streaming de programas de televisão e filmes, como nas plataformas Netflix, HBO e Disney +. E mais de 5 horas e 30 minutos são destinadas a ver vídeos, por exemplo no Youtube e 4 horas e 51 minutos a ouvir música no Spotify, Apple Music, SoundCloud e outras aplicações do mesmo género.

Os portugueses aplicam 3 horas e 30 minutos em pesquisas, 2 horas e 49 minutos a gerir  e organizar assuntos pessoais, como burocracia bancária e 2 horas e 20 minutos em videochamadas, na ferramenta Zoom, por exemplo.

Acerca destes números, Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN comenta, num comunicado divulgado à imprensa, que a generalidade das pessoas que “procura facilitar e enriquecer o seu dia a dia com várias plataformas e serviços online, não pensa na sua segurança online e na privacidade dos dados fornecidos às apps e sites. Longas horas passadas na internet apenas alertam para o maior risco de sermos outra vítima de cibercriminosos. As atuais circunstâncias globais tornam os hackers ainda mais ativos”.

Nesse sentido, o trabalho da NordVPN revela que 72% dos portugueses são dependentes da internet, diariamente, e que 28% necessita desse canal para as suas atividades de lazer. Esta necessidade faz com que divulguem muitas informações pessoais.

Entre os dados mais partilhados, encontram-se a data de nascimento (87%), os nomes e apelidos (81%), o endereço de residência, (76%), o estado civil (65%), o cargo (62%), mas também aquilo que gostam e não gostam (“gostos e não gostos 37%), e ainda o tamanho da roupa (27%). Para além destas referências, 22% dos portugueses comunicam publicamente os seus dados bancários e 21% o número de identificação fiscal.

No documento compartilhado, Daniel Markuson também afirma que “devemos prestar uma atenção especial às ameaças cibernéticas online. Mensagens personalizadas a criar um sentido de urgência, um remetente suspeito ou desconhecido, linguagem pobre, anexos e links incertos – são os primeiros sinais de um esquema ao qual se deve estar atento”. Por isso, o especialista deixa um alerta: “apenas abra anexos de pessoas em quem confia e, se houver alguma dúvida, não hesite em discutir o caso com os seus colegas e amigos”.