O adiamento da cerimónia, marcada para 18 de setembro, era previsível por causa das greves, e embora não tenha sido ainda adiantada uma nova data, as publicações Variety e Hollywood Reporter indicam que vai ser reagendada para janeiro de 2024.
Atualmente decorrem duas greves de trabalhadores em Hollywood, que provocaram uma das maiores paralisações da indústria do cinema e audiovisual dos Estados Unidos dos últimos 60 anos, com repercussões durante os próximos meses, com adiamento de produções e estreias.
A greve dos argumentistas dura desde maio e a dos atores teve início há duas semanas.
Tanto o sindicato dos argumentistas como o dos atores consideram que os modelos de negócio do streaming pioraram os salários e as condições de trabalho neste setor.
No caso dos argumentistas, o sindicato reivindica “um novo contrato com pagamento justo” que reflita o valor dos contributos dos guionistas para o sucesso das empresas e inclua proteções “para garantir a sobrevivência da escrita como profissão sustentável”.
Já o sindicato dos atores lembra que na última década a remuneração dos intérpretes e performers foi “severamente desgastada pela ascensão do ecossistema de streaming”, e o desenvolvimento da Inteligência Artificial passou a representar “uma ameaça existencial para as profissões criativas”.
A edição deste ano dos Emmy é liderada pela última temporada da série “Succession”, criada por Jesse Armstrong, exibida no ‘streaming’ pela HBO Max, com 27 nomeações.
Com 24 nomeações surge “The Last of Us”, a transposição de um videojogo para série de ficção.
As outras duas séries mais nomeadas são “The White Lotus” e “Ted Lasso” (Apple TV), com 23 e 21 nomeações, respetivamente.