A Competitividade é essencial para o Crescimento das Organizações

Paula Adrião, CEO da K1 Digital afirma que a marca tem tido “ao longo destes anos um papel proativo como consultora de analytics e acompanhado de perto os seus clientes no processo de transformação digital”. Conheça de que forma, a mesma, tem sido um parceiro de confiança numa sociedade em que a digitalização tem vindo a crescer no mercado e a ser um fator-chave para na sua competitividade.

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A K1 Digital é uma empresa nacional que surgiu no mercado com o objetivo de apoiar as organizações nas suas ações e programas de transformação digital, de modo a tornarem-se uma referência em inovação, através de um forte compromisso com o sucesso e os resultados mensuráveis de cada iniciativa. De que forma esta marca veio preencher as necessidades (cada vez mais constantes) de transformação digital das organizações?
A K1 Digital surgiu em 2017 no mercado português como uma consultora de Analytics, especializada no processamento de grandes volumes de informação estruturada ou não estruturada (Big Data). O nosso objetivo é produzir resultados verdadeiramente impactantes no modelo de negócio das organizações, através da aplicação de modelos computacionalmente evoluídos de Machine Learning e Computer Vision, adaptados ao objetivo específico que cada empresa pretende alcançar, seja através de obtenção de previsões de elevada precisão sobre variáveis estratégicas de negócio, análise de mercados para identificação de clusters e/ou clientes de elevado potencial, ou através do desenvolvimento de ferramentas para a capacitação de recursos humanos, que permitem ganhos de produtividade e eficiência ao longo da cadeia de valor.
Todas as empresas de tecnologia seguem uma determinada metodologia. O nosso valor (e a nossa marca) residem por um lado, na abordagem objetiva de identificação de soluções de valor para cada organização (estratégia de transformação digital) e por outro, na elevada capacidade tecnológica que possuímos para a implementar, de forma célere, com o menor risco e a maior rentabilidade.

Assim, a K1 Digital é especializada na aplicação de tecnologias 4IR, com foco em criar soluções digitais inteligentes construídas para modelos centrados nas pessoas que permitam uma nova geração de interação entre os mundos físico e digital. Como nos pode descrever mais aprofundadamente estas soluções – que, também elas, distinguem a marca no mercado?
As nossas soluções são construídas sempre como resposta a necessidades e desafios reais que os nossos clientes nos colocam e sobre as quais dedicamos sempre a nossa capacidade de I&D de forma a construir as soluções mais avançadas em termos de tecnologia.
Dando exemplos concretos, e numa área em que acumulámos uma grande experiência tecnológica, a visão computacional, temos soluções e protótipos de Inteligência Artificial que detetam, classificam e prevêm para o setor da saúde, a probabilidade de se desenvolver um cancro de mama por análise de mamografias e integração com informação disponível, o que ajuda a detetar com antecedência esta patologia e diminuir a taxa de mortalidade. Ainda no domínio de Computer Vision, desenvolvemos uma solução para seguradoras para deteção e classificação automática de danos de sinistros automóveis, que permite maior capacidade de operação e ganhos crescentes de produtividade, críticos para a competitividade num setor bastante impactado pelas circunstâncias de pandemia que passámos. Ainda neste domínio, desenvolvemos capacidades de manutenção preditiva de infraestruturas produtivas, recolhendo imagens e informação por satélite, vídeo, câmaras e sensores, reduzindo o custo e tempo de reparação e reforçando a segurança destas unidades. Toda esta experiência permitiu-nos escalar capacidades e aplicar as nossas soluções para a agricultura de precisão, para detetar antecipadamente os fatores indiciadores de pragas, e salvaguardar as culturas, indicando o momento ideal de intervenção no ciclo de vida de produção.
Construímos uma plataforma de Previsão de Vendas (Sales Forecasting) já aplicada em organizações de vários setores, que permite realizar previsões de elevada eficácia, de vendas (e exportações para vários mercados com comportamentos muito distintos). Também identificámos e implementámos com organizações líderes dos seus setores, soluções para análise preditiva da probabilidade de compra de produtos a lançar no mercado (a nível nacional e por segmento analisado), análise preditiva de stocks, para além de várias dezenas de softbots (robôs de software) para logística, processos da área financeira e de recursos humanos e Serviço ao Cliente, onde construímos um Chatbot Inteligente (com interactividade conversacional) com diversas aplicações internas e externas às organizações.

Como empresa portuguesa, a K1 Digital valoriza as capacidades técnicas e o potencial nacional. Que mais-valias aponta às oportunidades que a revolução (dita transformação digital) traz para Portugal e sua comunidade? Considera que o país está a ser pioneiro neste processo?
Portugal sempre foi um país pioneiro. Também na inovação e adoção de novas tecnologias se tem destacado, e todos nós conhecemos exemplos diários. Tendo já trabalhado em vários países da Europa, América e África é com grande orgulho que posso afirmar que a tecnologia e engenharia ensinada nas nossas universidades tem um carácter de excelência, assim como os nossos profissionais nesta área, e logo por aí podemos inferir que teremos a capacidade para produzir muito bons produtos e serviços ao longo dos próximos tempos.
Esta (r)evolução irá potenciar o aparecimento de um ecossistema novo de empresas, tal como já estamos a observar, e para isso será necessário desenvolver novas competências e skills para uma cultura mais digital, que permitam abranger a engenharia e ciência de dados, o desenvolvimento de algoritmos e modelos de machine learning cada vez mais complexos e adequar e integrar a sua operação nas empresas em todos os setores.
Serão oportunidades que Portugal terá toda a capacidade de capitalizar e o nosso país tem vindo progressivamente a projetar-se nesse sentido, em termos de oferta de infraestruturas, oferta de recursos qualificados, qualidade das redes de telecomunicações e internet. Um ponto importante consistirá também nos investimentos para construir bases sólidas nesta transformação e nesse crescimento.

É legítimo afirmar que, se antes a transformação digital era uma tendência, hoje é uma realidade efetiva? Qual o impacto que a mesma tem tido na sociedade?
A transformação digital já é um conceito presente na vida empresarial, muito embora exista para as empresas portuguesas um gap que é necessário ultrapassar, se queremos ser revelantes nos mercados onde atuamos. Esta tendência tem vindo a crescer a um ritmo ainda mais acelerado devido ao contexto de crise financeira e de saúde pública em que ainda estamos inseridos. Segundo uma análise de mercado (Forbes, 2020) 87% das empresas acreditam que o “digital” irá revolucionar as suas indústrias, mas apenas 44% estão preparadas para essa transformação. A médio e longo prazo, o impacto é a concentração da oferta de trabalho num tipo de atividades caracterizadas por capacidades mais humanas, como a capacidade de análise, abstração, criatividade, inovação, inteligência emocional, socialização, decisão, entre outros. As soluções de inteligência artificial irão dar uma nova dimensão ampliada às capacidades humanas, existindo uma enorme tendência para delegar na tecnologia inteligente as tarefas de carácter rotineiro, massivo e burocrático, de menor valor acrescentado.

Os resultados de todas estas mudanças traduzem-se, muitas vezes, numa competitividade de influência entre empresas, com modelos de negócios distintos (ou não) em que o foco é o consumidor final. Além das inúmeras vantagens da transformação digital, acredita que a competitividade é um fator essencial no mercado atualmente?
A competitividade é essencial para o crescimento das organizações e, é precisamente no mercado, através das capacidades de conhecimento do cliente e da resposta associada que ela se conquista diariamente.
Mais uma vez, a capacidade de processamento de grandes volumes de informação que a organização recebe e produz (para a maioria das organizações, mais de 70% não estruturada) e a expertise de aplicação de algoritmos computacionalmente mais avançados é um fator-chave para atingir estes objetivos, o que nos faz acreditar firmemente que os serviços que prestamos aos nossos clientes serão cada vez mais fundamentais ao seu sucesso. Não esquecer, porém, que para existir realmente uma capacidade sustentada de competitividade é preciso também investir na formação e requalificação dos recursos humanos.
Paralelamente, é imperativo priorizar a integridade dos dados (data integrity), uma componente crítica para o uso bem-sucedido e ético das tecnologias de IA, devendo as políticas éticas ser consideradas uma prioridade estratégica na concepção e implementação dos sistemas de IA dando às organizações um diferenciador competitivo fundamental.

Neste sentido, de que forma a K1 Digital tem acompanhado todas estas necessidades do mercado e inovado as suas ideias já testadas e lançadas?
A K1 tem tido ao logo destes anos um papel proativo, como consultora de analytics e acompanhado de perto os seus clientes no processo de transformação digital. A nossa abordagem visa identificar as soluções que trazem maior potencial às empresas, tanto ao nível de gestão como ao nível operacional, de forma muito objetiva e mensurável, segundo as características e a cultura de cada organização. Esta estratégia levou-nos a criar plataformas de Inteligência Artificial completamente aderentes a necessidades de vários setores (e transversalmente), cujas funcionalidades e nível de integração com as operações dos nossos parceiros vão evoluindo ao longo do tempo, impulsionando novas formas e modelos de atuação. Estamos comprometidos, desde o início do nosso projeto, com a Inovação e com as atividades de Investigação e Desenvolvimento para procurar as melhores respostas aos problemas dos nossos parceiros e estabelecer novas tendências neste setor.

Uma mensagem importante que conseguimos, enquanto sociedade, retirar da pandemia que atravessamos é que tudo é bastante incerto. Assim, é importante olhar para as tendências – neste caso tecnológicas – e saber agir consoante o que analisamos. No seu ponto de vista, quais serão assim as tendências futuras a médio e longo prazo?
A pandemia continua a obrigar-nos a alterar a nossa vida pessoal e profissional, e tem apresentado desafios novos e complexos. A fim de enfrentar estes obstáculos inesperados, muitos responsáveis recorreram a estas tecnologias como suporte à produção de “business insights” para navegar em tempos conturbados. Este contexto foi assim como um catalisador para a adoção de IA tendo-se verificado que algumas organizações cresceram e tornaram-se mais resilientes face a um contexto de adversidade sem precedentes.
Não é de estranhar o facto de o investimento em IA ter sido priorizado e a tendência é a continuidade destes investimentos na fase de renovação pós-pandemia nas organizações. Este aumento projetado do investimento em IA sublinha a nossa maior dependência nestas tecnologias como ferramenta de apoio à gestão e o potencial de inovação que aporta.
A formação dos recursos humanos em tecnologias de IA será um imperativo à medida que estas se estabelecem no modelo operativo das organizações. À medida que a adoção de IA continua a aumentar, as disposições e considerações éticas serão uma componente fundamental para alcançar o sucesso. Assim, à medida que continuamos a navegar pelas constantes mudanças e perturbações do mundo de hoje, a IA será uma ferramenta poderosa para as empresas alavancarem as suas capacidades para o sucesso e resiliência dos negócios.

A terminar, que novidades e projetos estão a ser desenhados para os próximos tempos de vida da K1 Digital?
A K1 Digital tem no seu ADN uma postura de investimento contínuo em I&D no âmbito das tecnologias “core” 4IR. Alguns dos nossos projetos de investigação mais interessantes destinam-se aos setores da saúde e energia, que nos motiva particularmente pelo impacto que podem ter na vida das populações. A nível comercial, os próximos passos serão escalar os nossos “use cases” e Plataformas de IA a nível internacional, especialmente para os setores de Retalho, Serviços Financeiros e Agricultura de Precisão, e também captar investimento para apoiar progressivamente a nossa evolução para novos desafios que se adivinham cada vez mais interessantes e complexos.