A primeira lei da termodinâmica diz-nos que aquilo que não está a crescer está a morrer e se deixarmos de evoluir enquanto pessoas ou entidades, estamos a aproximar-nos do fim. É partindo deste princípio que podemos compreender melhor o conceito da Work3 Engenharia & Consultoria, e que foi criada pelas mãos de Sandra Caldas, que depois de fazer um percurso na sua área fora do país, decidiu que era o momento de criar algo digno da sua identidade, e que traduzisse o espírito empreendedor que traz consigo desde que se conhece. Neste sentido, “juntamente com o meu marido, fundei a empresa. O nosso desiderato inicial, foi criar uma marca que tivesse técnicos em Portugal, mas que desenvolvesse o seu trabalho exclusivamente para o estrangeiro, daí termos vindo para Monção, pois sabíamos que o facto de estarmos no interior poderia ser – e foi – uma alavanca fundamental ao desenvolvimento da marca. Já tinha passado, anteriormente, pelo mercado Moçambicano e, em 2014, abri portas em Angola. Posso dizer que somos uma empresa pouco convencional, porque o nosso percurso aconteceu ao contrário: primeiro no mercado externo e só mais tarde no interno”, confidencia a nossa interlocutora. Enquanto empresa que se rege por valores como a satisfação e fidelização do cliente, rigor e qualidade ao abrigo dos mais altos princípios de ética, com uma equipa de profissionais coesa e inovadora, sem nunca prescindir de uma conduta responsável e competente no que diz respeito ao desenvolvimento económico, social e ambiental, esta é a marca que começou “lá fora”, o que para a Sócia-gerente, significou um orgulho transcendente, porque “a realidade é que quando trabalhamos de fora para dentro conseguimos trazer projetos de maior envergadura, e fomos capazes de trazer técnicos das grandes metrópoles para o interior. Principalmente porque esta zona do país tem mais-valias que nenhuma outra tem. Sabemos que aqui é possível ter qualidade de vida, serenidade e tempo para o trabalho, sem nunca prescindir da família, que é também essencial”, garante, acrescentando que “a certa altura percebemos que era importante trabalhar em Portugal, e há uma fase da minha vida que me obrigou a acalmar, que foi o facto de ter sido mãe, em 2014. Foi uma altura da minha vida bonita e que senti que devia ser desfrutada da melhor forma. Em 2017, comecei a pensar no meu segundo filho e reduzi ainda mais as viagens e foi quando, também pela oportunidade que me foi dada, me decidi fixar no mercado português. Até porque, o mesmo, nos últimos anos, tem estado em completa ebulição, portanto justifica-se perfeitamente estarmos cá”.
Uma marca pouco convencional
Ser uma empresa de prestação de serviços nas áreas da Arquitetura e Engenharia reconhecida nacional e internacionalmente pela competência profissional, qualidade e valores, é o objetivo da Work3. Na realidade, este não é, de todo, um desafio inalcançável, precisamente pelo facto de esta ser uma marca, que em tudo se diferencia das restantes. Segundo Sandra Caldas, “a nossa empresa não é uma empresa convencional, também porque tem imensas mulheres em cargos de direção, e as mulheres têm uma grande vantagem porque são extremamente persistentes e perspicazes. As mulheres, quando têm um projeto vão até ao fim, são muito focadas. O nosso objetivo aqui é sempre a satisfação do cliente, e isso tem sido o grande trunfo na nossa afirmação enquanto empresa e ainda no reconhecimento dos nossos clientes”. Paralelamente, é também uma empresa que adota uma estratégia de diversificação: geográfica e em áreas de negócio. Isto é, além de se localizarem no interior, procuram estar presentes em nichos de mercado como é o caso da construção de postos de combustível, Retail Parks, reabilitação de edifícios, área hoteleira, entre outros – e que bem que tem funcionado ser diferente. “A verdade é que tem resultado muito bem, até porque o grosso do nosso sucesso tem sido precisamente o facto dos nossos clientes nos recomendarem, e nos darem como uma referência”, revela a fundadora da marca. Não é ao acaso que “um cliente nosso ganhou em Joanesburgo um prémio de desenvolvimento de logística industrial do Continente Africano com um projeto da Work3”, o que para a nossa entrevistada, é um enorme motivo de orgulho. No seio da Work3 não há dúvidas: a missão é que através da equipa de profissionais altamente motivados, seja possível corresponder às expetativas dos clientes, promovendo soluções inovadoras e alternativas, enquanto abraçam elevados padrões de excelência e rigor. É caso para dizer que este é um propósito cumprido e que continuará a ser realizado, até porque, “estamos sempre abertos a tudo o que são sugestões”, sustenta Sandra Caldas. “Uma das políticas internas que temos é pedir em média duas vezes por ano que os nossos técnicos sugiram as formações que devem ser feitas. Normalmente fazemos muito mais horas de formação do que as que são exigidas, porque faz muita diferença. Fazemos formações em diversos segmentos, muitas delas efetivamente nas nossas áreas de trabalho, mas também em outras que são complementares e nos ajudam a trabalhar como equipa”, acrescenta. A verdade é que, quando se é diferente, os desafios são acrescidos. Questionada acerca de quais os maiores com que se debate enquanto Diretora da marca, a mesma não hesita, explicando que “o maior desafio que temos é estarmos no interior porque – apesar de termos também escritório no Porto e, futuramente, também em Lisboa – existe ainda muita resistência à contratação de técnicos”. Precisamente porque se por um lado estar no interior em muito se revela positivo, por outro, há, ainda hoje, um certo estigma que “tem de ser ultrapassado rapidamente”. Sandra Caldas e a sua equipa sentem o desafio na pele e a mesma garante que “esforçamo-nos muito mais para conseguir o mesmo objetivo das consultoras que estão nas grandes cidades”.
Projeto Sudoeste Retail Park
O Sudoeste Retail Park, que foi inaugurado a 9 de junho, cujo espaço alberga 20 marcas, localiza-se junto à rotunda de Alcantarilha na EN125 ao lado de um dos acessos à Via do Infante. Este é o primeiro projeto que a Work3 levou a cabo, não só elaborando a arquitetura, como as especialidades, a obtenção da licença económica junto do Ministério da Economia, como também todo o licenciamento junto das entidades no decorrer de toda a empreitada. Não só por ser o seu primeiro projeto, mas também pela complexidade do mesmo, sendo, portanto, um importantíssimo marco para a Work3. “Foi muito relevante integrar um projeto com esta envergadura porque demonstra que os promotores – com uma sensibilidade enorme e gosto pelo projeto – têm confiança na nossa capacidade técnica e de resolução. Revela também que a nossa equipa tem qualificações técnicas e que está à altura de desenvolver um projeto desta dimensão e complexidade. Portanto, há muitas vertentes a ter em conta e a serem trabalhadas. É evidente também que este processo nos traz uma visibilidade muito grande e nos tem aberto imensas portas, portanto há vários fatores sobre o mesmo que o tornam único”, sustenta Sandra Caldas. A verdade é que, além do projeto ter integrado uma mão cheia de excelentes profissionais, muito do sucesso também se deve “ao facto de todos os intervenientes estarem focados no êxito do mesmo e das negociações com o promotor que foi extremamente sensível ao reforço de infraestruturas solicitados pela autarquia e pela Work3”, garante. No decorrer da obra, em momento algum a equipa Work3 prescindiu de marcar presença e acompanhar todo o processo. “Fizemos acompanhamento técnico do trabalho, validação de soluções, negociámos juntamente com o promotor e com a Câmara uma série de condições para que o projeto esteja enquadrado em Alcantarilha, mas que também os cidadãos da freguesia possam usufruir de algumas dessas vantagens, nomeadamente a questão das infraestruturas de abastecimento de água, de saneamento e arruamento”, assegura a Engenheira. Assim, na realidade, foi feita por parte da Work3 uma série de obras complementares que permitem a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, o que para a nossa interlocutora é um motivo de grande orgulho e segurança, principalmente porque “houve uma sinergia entre todas as entidades envolvidas. Desde a work3, os projetistas, até à empresa que promoveu a comercialização, a construtora ou o município, a verdade é que esteve sempre toda a gente unida e muito focada, e isso foi fundamental”, assegura satisfeita a nossa entrevistada. Após alguns dias da inauguração deste projeto, que demonstra ter um papel preponderante em Silves, Sandra Caldas assevera que “o Sudoeste Retail Park vai ser, sem dúvida, um sucesso. Pela localização, pelo facto de não ter nada similar nas imediações e também porque é um espaço que não tem aquele conceito de armazém low cost. Pelo contrário, é um espaço com design, agradável, atrativo e devidamente enquadrado na sua envolvente”. A realidade é que Alcantarilha carece de um espaço como este, o que torna crucial para o seu desenvolvimento a presença do Sudoeste Retail Park. A nossa interlocutora acredita que este será uma alavanca ao crescimento de uma série de outros empreendimentos na zona, até porque “a oferta de serviços está diretamente ligada à criação de postos de trabalho. No caso deste projeto, estamos a falar de cerca de 300 postos de trabalho diretos, o que vai atrair e fixar pessoas em Alcantarilha”, garante.
Futuro – Pessoas – Sucesso
Questionada acerca do futuro da marca, a interlocutora assegura que o foco continuará a ser no mesmo segmento, ampliando geograficamente a sua área de atuação, com a abertura de um escritório em Lisboa. Confidenciou ainda que já estão a ser desenvolvidos outros projetos do mesmo género. “Posso dizer que neste momento estamos a trabalhar em sete Retails. Além disso, estamos a trabalhar também com a área da hotelaria e dos postos de combustível. Portanto, o ano de 2022 e o futuro serão, certamente, de expansão da marca e espera-se muito sucesso, êxito esse sempre sustentado pelas Pessoas que fazem parte deste projeto, pois sem elas não seria possível alcançar este nível de excelência”, termina Sandra Caldas.