“Os Recursos Humanos da Work3 são os pilares que nos permitem crescer a este nível e com esta qualidade”

Gestores, empreendedores e verdadeiros lutadores nesta «viagem» à procura do seu espaço no mercado, creem, na grande maioria, que este sonho não deve ser solitário e nem pode ser almejado sozinho, revelando desde logo, uma sapiência evidente, uma vez que «Nenhum homem é uma ilha…». Em primeiro lugar porque, em cooperação, cada passo pode ser dado de forma mais triunfante. Depois, porque o «brilho» que nasce nos olhos de quem o atinge, e o partilha com os demais, torna-se mais luminoso. Numa conversa humana, generosa e comovente sobre esta filosofia, Sandra Caldas, CEO da Work3 – Engenharia & Consultoria, demonstrou que o reconhecimento da sua marca se deve ao capital mais rico de qualquer organização, o Humano.

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O Alquimista, de Paulo Coelho – um dos autores mais lidos e respeitados em todo o mundo – é um livro que retrata a poderosa, sábia e inspiradora história de Santiago, um jovem que viaja da sua terra natal para o deserto egípcio, à procura de um tesouro enterrado sob as pirâmides. Ninguém sabe no que consiste esse tesouro, nem se Santiago será capaz de fazer frente aos obstáculos do caminho. Mas, aquilo que começa por ser uma jornada à procura de bens materiais, acaba por se transformar na descoberta do tesouro que existe em cada um de nós.
É a partir desta breve analogia que podemos apresentar Sandra Caldas, CEO da Work3 – Engenharia & Consultoria. Entre um discurso sincero e palavras assertivas, a própria remeteu-nos imediatamente para esta obra intemporal, uma vez que, tal como Santiago, com a sua tremenda riqueza humana, é um testemunho do poder transformador dos sonhos e da importância de ouvirmos o coração.
Num mundo globalizado, onde a informação surge em abundância e circula com celeridade, a diferenciação atinge-se de forma estruturada, sustentada e atrativa. Foi com esta realidade em mente que Sandra Caldas rumou além-fronteiras e «bebeu» das bases fortes que Moçambique e Angola lhe ofereceram, na sua área. Ainda com ligação a ambos os países e com um portefólio rico em aprendizagem pessoal e profissional, o seu coração recordou Monção, a sua terra natal, acabando por, em 2013, voltar a casa. Em 2016 estabeleceu ligação com a Guiné-Bissau e, em 2017, nasceu em Portugal a Work3. Apenas com projetos internacionais em mãos, começou a ganhar notoriedade e a conquistar o mercado nacional, fruto da qualidade dos projetos que concebe.
“A Work3 foi crescendo de uma forma natural, de fora para dentro, ao contrário da maioria das empresas. Posso dizer que, a partir de Monção, começámos a trabalhar para o estrangeiro, com uma faturação de 95%, e fomos reduzindo esse valor de exportação ao longo dos anos e aumentando os projetos a nível nacional”, assegura Sandra Caldas. De salientar que, cinco anos depois, a Work3 evolui a cada dia em Portugal, sem descurar das «cartas» dadas a nível internacional, onde mantém a sua identidade e onde pretende continuar a crescer.

Uma marca local com visão global

A Work3 rege-se por inúmeros valores, nomeadamente a satisfação e a fidelização do cliente. Contudo, de que forma é que uma empresa do interior consegue competir num mercado cada vez mais acelerado, global e dinâmico? Em primeiro lugar, importa referir a proximidade que existe entre a marca e o cliente que, face à revolução tecnológica e digital que vivemos, pode por vezes sair prejudicada. Apesar de ser uma empresa pioneira e inovadora nas suas funções, esta ligação mantém-se. “Na Work3 não somos apologistas do fenómeno da quantidade. Preferimos a qualidade. Não nos interessa ter cinco mil clientes, se não conseguirmos responder prontamente a todos eles, até porque trabalhamos sempre em projetos feitos à medida, ou seja, personalizados. Mais do que a proximidade que nos representa, é a rapidez com que respondemos às situações que nos diferencia”, salienta Sandra Caldas.
É face a esta distinção imersiva que a Work3 tem dado passos largos no reconhecimento no setor da Engenharia e Arquitetura em Portugal, onde a melhor publicidade tem sido, efetivamente, «o passa a palavra» ou o bem conhecido ditado luso, «o boca a boca», revelando e bem como a satisfação de um cliente tem um impacto absolutamente tremendo, sendo o primeiro passo para que novos clientes possam surgir. Prova disso mesmo foi o projeto Sudoeste Retail Park, no Algarve, e que as mãos e as mentes brilhantes desta empresa materializaram. Este reconhecimento juntou-se às conquistas já somadas, nomeadamente ao prémio “Melhor Desenvolvimento Industrial e Logístico de África”, que a marca ganhou com o seu empreendimento Agility Logistics Parks.
A verdade é que esta é, de facto, uma empresa do interior, cujo esforço e dedicação lhe deu asas para voar. Mas, se por um lado, ser do interior pode significar um esforço maior para atingir um fim, no reverso da moeda, oferece às Pessoas que nela trabalham uma qualidade de vida que, na correria do dia a dia, pode até ser inimaginável. E é exatamente aqui que a CEO da Work3 se destaca verdadeiramente. Afinal, de que vale estarmos nos grandes centros metropolitanos, perto dos poderes de decisão, se os colaboradores não têm condições logísticas, financeiras e até psicológicas, para desenvolverem o seu trabalho com qualidade, conforto e rigor?

Motivação, crescimento e desenvolvimento dos Recursos Humanos

Lembra-se do Alquimista? Venha connosco e volte um pouco atrás nesta prosa. Aquilo que começa por ser uma aventura por locais exóticos para procurar a riqueza material, acaba por se transformar numa viagem de descoberta de si mesmo e da riqueza da alma humana.
Aquando do seu regresso a Monção, Sandra Caldas sabia que este local, no limite norte de Portugal, era o ideal, não só para trabalhar em projetos de forma tranquila, mas principalmente para oferecer, como referimos anteriormente, uma melhor qualidade de vida aos seus colaboradores – é esta riqueza da alma humana que falamos e que, como sabemos, é rara.
“Todas as empresas são feitas de Pessoas, até as mais mecanizadas. Na Work3, o bem-estar dos Recursos Humanos é essencial. Não nos podemos esquecer que somos uma empresa que envolve processos criativos e se as Pessoas não estiverem bem não conseguem criar”, sustenta a nossa interlocutora, acrescentando que “a segurança e a tranquilidade das Pessoas que se dedicam à empresa começa desde cedo, até porque aqui não existe o estigma de que os jovens não têm de ser pagos. Os estagiários são igualmente remunerados pelo trabalho que desenvolvem. Além disso, cada técnico é livre para escolher o horário que quer cumprir. Existe, obviamente, um contrato com as 40 horas semanais, mas, a partir daí, tem liberdade para escolher de que horas a que horas pretende trabalhar, desde que os timings sejam cumpridos”.
Ainda sobre esta flexibilidade laboral, importa referir que o fim de semana na Work3 começa todas as sextas-feiras à uma da tarde, compensando com uma hora a mais de segunda a quinta-feira. Mas não ficamos por aqui, uma vez que todas as horas extra contabilizadas somam-se aos 22 dias de férias habituais.
Algo muito importante é também a formação do capital humano da Work3 e que Sandra Caldas garante que vai muito além da obrigatoriedade por lei. “Damos total liberdade e autonomia a que cada um deles escolha ou sugira temas importantes que irão acrescentar valor à nossa atividade no mercado”.
A formação, entre muitos fatores, abre portas à inovação e esta mesma inovação é um poderoso motor de crescimento no mercado, desta que é uma marca que se intitula como pouco convencional – sendo uma área dominada maioritariamente pelo sexo masculino, na Work3 os cargos de chefia são, em grande parte, liderados por mulheres. Não sendo este um fator de seleção, demonstra o
valor dado a quem tem competências profissionais, independentemente do género ou idade, até porque “nos dias que correm, é cada vez mais importante integrar jovens nas empresas. Trazem-nos uma visão melhorada e alargada do mundo e das suas tendências”, manifesta a CEO. Porém, para que isto seja uma realidade, e segundo a perspetiva de Sandra Caldas, “era necessário que o Governo tivesse políticas que ajudassem jovens emigrados e conhecedores do mundo a regressar, até para potenciar as nossas exportações, fruto das suas ideias, visões e formas de estar”.
Portugal pode, na visão da nossa entrevistada, não estar a «agarrar» estes jovens devidamente. No entanto, esta é uma realidade no seio da empresa. Relembramos que foi exatamente assim que a marca iniciou a sua história: criou um networking internacional e só depois voltou a Monção.
Assim, é legítimo afirmar que, como Santiago, personagem do Alquimista, Sandra Caldas fez frente aos obstáculos do caminho e ouvir o seu coração foi (e é) a chave das grandes conquistas que hoje nos conta com orgulho.

Os sonhos futuros e uma Mensagem Especial

O fim do ano está a aproximar-se e é, por isso, tempo de grande reflexão. Questionada sobre o vindouro, Sandra Caldas afirma que “gostava de me ver com uma equipa maior e com mais escritórios abertos pelo mundo, mas tendo sempre, em simultâneo, o escritório base em Monção”.
Mas não nos ficamos pelos próximos desejos a cumprir. Num discurso comovente, a nossa entrevistada deixou palavras de agradecimento à equipa da Work3: “Temos feito um percurso invejável ao longo dos cinco anos devido ao esforço conjunto da equipa – e esse esforço é impagável. Os Recursos Humanos da Work3 são os pilares que nos permitem crescer a este nível e com esta qualidade, e é a eles que tenho de agradecer. Obrigada”, termina a CEO da Work3, Sandra Caldas.