“É com uma enorme Motivação que ocupo esta função”

A Grünenthal é uma empresa farmacêutica internacional que direciona a sua atividade em prol de um mundo sem dor. Enquanto Diretora Geral da marca em Espanha e Portugal – e a primeira mulher a ocupar este cargo na organização - Ana Sofia Martins contou à Revista Pontos de Vista de que forma este firme compromisso com a saúde, a igualdade, a diversidade e a inclusão, tem feito a diferença na sociedade.

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Embora com fortes raízes na Alemanha, a Grünenthal é, atualmente, uma empresa global em crescimento. Como empresa de investigação e desenvolvimento integrados, em que se traduz a história invejável da marca nos dias de hoje, face às constantes mudanças do setor?
A Grünenthal é uma empresa farmacêutica internacional e independente que foca a sua atividade e esforços para alcançar a visão de um mundo sem dor.
O firme compromisso da Grünenthal em investir de forma sustentável na inovação e no desenvolvimento, aliado ao compromisso de criar produtos que respondam a necessidades médicas não satisfeitas, são fatores fulcrais para que sejamos hoje líderes na inovação terapêutica, assim como uma referência a nível mundial no tratamento da dor.

Como líder global na investigação e no desenvolvimento na área da dor, a Grünenthal explora intensamente novas opções de tratamento que tenham potencial para melhorar a vida dos doentes em todo o mundo. Que papel tem tido, neste sentido, a inovação e de que forma a mesma tem feito uma diferença significativa na população?
A aposta na inovação está na génese da Grünenthal, daí ser o único laboratório no mercado mundial de analgésicos de ação central que oferece medicamentos originais fruto de investigação própria, investindo cerca de 20% da sua faturação em I&D.
Os doentes e as suas necessidades continuam a ser o nosso foco e o centro da nossa atividade, pelo que trabalhamos de forma diária e incansavelmente para proporcionar tratamentos inovadores que façam uma diferença significativa na qualidade de vida dos doentes afetados pela dor. Exemplo disso são os avanços que temos feito no tratamento da dor neuropática periférica induzida por quimioterapia.

A Ana Sofia Martins é Diretora Geral da Grünenthal em Espanha e Portugal e a primeira mulher a ocupar este cargo na organização. Com que sentimento encara esta realidade?
O meu sentimento é essencialmente de missão para com os doentes. Um doente que vive diariamente com dor vê a sua qualidade de vida extremamente prejudicada, bem como a sua vida familiar, social e profissional.
Graças ao compromisso da Grünenthal com o desenvolvimento dos seus colaboradores, tive a oportunidade de ocupar vários cargos de responsabilidade que me permitiram crescer profissional e pessoalmente.
Acredito que este crescimento teve, na sua origem, o compromisso e o sentimento de missão que mencionei inicialmente.
Deste modo, é com uma enorme motivação que ocupo esta função. Tenho muito orgulho de trabalhar todos os dias, em conjunto com uma equipa humana extraordinária, em direção à visão de um mundo sem dor.

A preocupação com o mundo que nos rodeia representa grande parte daquilo que somos – e a Grünenthal tem demonstrado ser preocupada com questões que vão desde a dor de um doente, à equidade. No que diz respeito à igualdade de género, que iniciativas a marca tem incrementado no seu plano a longo prazo?
Igualdade, diversidade e inclusão são conceitos imperativos nos valores e comportamentos da Grünenthal.
Em 2010 criámos um Plano de Igualdade através do qual formamos os colaboradores com o objetivo de desenvolver relações laborais baseadas no respeito, diversidade e inclusão.  Nomeámos um agente de Igualdade para assegurar o cumprimento adequado deste plano, onde estão também incluídas medidas de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, assim como um protocolo anti assédio.
Na Grünenthal acreditamos que as organizações têm o dever de fomentar o desenvolvimento de relações de trabalho baseadas na confiança e no reconhecimento da diversidade e da inclusão. A diversidade não é apenas paridade, é também respeito e integração. É por isso que queremos capacitar os líderes para serem modelos para uma empresa cada vez mais diversificada e igualitária.
Em 2021 foi criado, a nível global, um “Diversity & Engagement Council”, do qual tenho orgulho de fazer parte e que tem como responsabilidade promover uma cultura de confiança para capacitar e inspirar os colaboradores e assegurar um local de trabalho diverso e inclusivo.

Quão legítimo é afirmar que a diversidade no meio corporativo é fundamental para oferecer uma visão melhorada do negócio e abordar as situações do dia a dia a partir de diversas perspetivas? Que impacto a diversidade pode ter no reconhecimento perante o mercado?
Acredito que só uma equipa que abrace a diversidade, a multidisciplinariedade e as diferentes experiências dos seus membros podem gerar ideias brilhantes e soluções inovadoras.
Concordo plenamente que a diversidade no trabalho é essencial para oferecer uma melhor perspetiva do negócio e conseguir enfrentar as questões com que nos deparamos diariamente através de diferentes ângulos.

Na perspetiva de pessoa, mulher, profissional e líder da Grünenthal em Espanha e Portugal, como analisa o espaço já conquistado pelas mulheres no mundo da liderança? No seu entender, o que é que ainda urge estabelecer?
É com um enorme orgulho que podemos afirmar que a equipa da Grünenthal é equitativa e diversa.
Em relação às mulheres na liderança, na Grunenthal Iberia as mulheres estão presentes em igualdade na equipa de direção. Em Portugal contamos com sete mulheres e três homens na equipa de gestão.
A indústria farmacêutica é um setor privilegiado neste domínio, mas não podemos tomar nada como garantido, devemos continuar a evoluir e devemos dar o exemplo a outros setores de atividade.

Por fim, falando agora da missão com que a Grünenthal rege a sua atividade – a de melhorar a vida dos doentes -, que novidades o mercado espanhol e português pode esperar durante este ano?
Na Grünenthal estamos sempre a trabalhar em diferentes programas que incluem alvos terapêuticos e mecanismos de ação distintos.
Atualmente estamos a realizar um programa global de desenvolvimento clínico, em fase III, de um medicamento para o tratamento da dor associada à osteoartrose do joelho.
A osteoartrose é uma doença degenerativa que ainda não tem cura. A dor nas articulações limita a mobilidade dos doentes e pode afetar significativamente a sua qualidade de vida.
Com este novo tratamento, esperamos melhorar a qualidade de vida dos milhões de doentes que sofrem de osteoartrose em Portugal, em Espanha e no mundo.