A Laura Seco tem doutoramento em Engenharia Civil e trabalha no Serviço de Estruturas Especiais e Obras de Arte na TPF Consultores. Como é que a área da Engenharia cruzou na sua vida e de que forma a TPF criou a ponte perfeita para desenvolver esta atividade?
Sendo um dos pilares do desenvolvimento tecnológico, social e económico da sociedade, a Engenharia entrou na minha vida desde cedo. Aliando o facto de gostar de desafios, à possibilidade de otimizar a qualidade de vida das pessoas com o meu trabalho, tornar-me Engenheira Civil era inevitável.
A TPF surge como uma porta de entrada para o Mundo da Engenharia, permitindo-me evoluir diariamente e desenvolver competências com projetos ambiciosos e rigorosos.
Até então, quais foram os principais desafios que enfrentou pelo simples facto de ser Mulher no universo da Engenharia?
Quando me questionam relativamente aos desafios de ser Mulher na Engenharia, é inevitável pensar na desigualdade de género que, infelizmente, ainda é uma realidade. Quando vemos os dados do Eurostat, que demonstram que as mulheres em Portugal auferiam, em média, menos 11,4% do que os homens em 2020, é fácil concluir a necessidade de alterar mentalidades para alcançar a paridade entre géneros.
Contudo, é mais fácil falar do que agir, principalmente quando se trata de um problema sociocultural. Sabemos bem que a existência de estereótipos de género surge muito cedo. A desigualdade de género é-nos incutida desde pequenos, quer nas brincadeiras, quer nas expetativas comportamentais. Consequentemente, as raparigas naturalmente acabam por enveredar para outras áreas, reduzindo ainda mais a atratividade da Engenharia.
Felizmente, tem-se verificado uma crescente preocupação relativamente à questão da Igualdade de Género parte do governo, que estabelece metas e políticas a adotar nas empresas, fortalecendo a representatividade feminina na Engenharia.
Há ainda um longo caminho a percorrer, pelo que devemos munir-nos de coragem e não baixar os braços.