“Sensibilizar a População para a necessidade de olhar de modo muito sério para o HPV”

O Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV é celebrado a 4 de março, sendo uma efeméride a que deve ser votada cada vez mais atenção. Miguel Coelho, Partner da Procare Health, marca de referência na Investigação & Desenvolvimento de soluções terapêuticas para a Saúde da Mulher, alertou para os riscos e perigos desta patologia, assegurando que a Procare Health irá continuar a ser um porta estandarte ao nível de iniciativas relacionadas com o HPV.

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Dado o foco da Procare Health na inovação, podia partilhar com os leitores alguns marcos importantes na evolução da empresa desde a sua fundação, em 2012, e como os mesmos contribuíram para a sua posição no mercado farmacêutico?
Esta empresa biotecnológica foi criada com o foco na Investigação & Desenvolvimento de soluções terapêuticas para a Saúde da Mulher.
Fruto de um elevado conhecimento sobre as necessidades de preencher lacunas terapêuticas ou melhorar os tratamentos existentes, a equipa que deu os primeiros passos na Investigação de produtos patenteados pela Procare Health tem vindo a lançar novos produtos, nos mais de 60 países espalhados pelos diversos continentes.
Em virtude dessa diversidade de oferta, estamos neste momento organizados por áreas terapêuticas, que incluem as Doenças Genitais, de onde destacamos o tratamento de lesões do colo do útero e eliminação do seu agente causador, o vírus papiloma humano (HPV), a área da Menopausa, com uma solução inteligente, composta por duas cápsulas diárias com composições diferentes para controlar os sintomas da menopausa mais predominantes nos períodos diurno e noturno. Trabalhamos também na área da subfertilidade e maternidade tardia e ainda abraçamos o desafio de melhor tratar a disfunção sexual feminina, que acaba por ser um problema do casal. E novas áreas surgirão brevemente, nomeadamente a Gravidez.

A Procare Health destaca-se por dedicar mais de 40% do seu orçamento à Investigação e Desenvolvimento. Como é que este investimento moldou a abordagem da empresa na criação de soluções terapêuticas inovadoras para a saúde da mulher?
Investigar para desenvolver mais e melhores terapêuticas, mas também para melhor conhecer e demonstrar a eficácia dos tratamentos existentes é o nosso maior investimento.
Na nossa perspetiva, apenas faz sentido apresentar soluções para tratar a doença se tivermos uma clara e robusta evidência clínica de eficácia e segurança. É sabido que na área da suplementação ou dispositivos médicos essa nem sempre é a prioridade. Nós investigamos, desenvolvemos, produzimos, mas também comercializamos os nossos produtos. Se orientássemos os nossos recursos para uma máquina comercial mais robusta, poderíamos ser mais competitivos, mas não teríamos os estudos feitos com os nossos produtos publicados nas revistas médicas mais prestigiadas nem estaríamos presentes nos mais importantes eventos científicos, nacionais e internacionais. Graças a esse posicionamento, somos hoje reconhecidos como parceiros de prestígio nas áreas onde nos movimentamos. Acreditamos que este é o caminho e assim continuaremos.

Considerando a missão da Procare Health na melhoria dos tratamentos para a saúde da mulher, a empresa reconhece o seu importante papel no mercado no que concerne ao impacto e responsabilidade social? Em que medida?
Quando investigamos e colocamos nas farmácias novas armas para combater a doença, se tal não fosse responsabilidade social, então o que seria? Mas essa é, na verdade, a nossa atividade diária.
Enquanto membros da sociedade, queremos ser tão ativos quanto relevantes. Preocupa-nos a pegada ecológica. Por esse motivo, já em 2024 eletrificámos totalmente a nossa frota, reciclamos todo o papel que produzimos, recorremos a plásticos reutilizáveis, entre outras medidas.
Mas, também a nível social, apoiamos diversas entidades, desde a viabilidade financeira de estudantes numa Faculdade de Medicina ou o apoio de outra Faculdade ao nível da Educação Sexual junto das escolas. Mais recentemente assinamos um protocolo com uma outra Faculdade para dar viabilidade a uma nova licenciatura que, de modo muito atual, cruza o conhecimento científico com as novas tecnologias. Estas, entre outras atividades, permitem-nos estar muito ativos e sentimo-nos muito bem a fazê-lo.

O Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV é celebrado a 4 de março. Tendo em conta a natureza dos vossos produtos e a relevância para a saúde da mulher, como observa a importância deste dia na promoção da consciencialização sobre o HPV?
Como referi anteriormente, desenvolvemos uma forma de abordar a terapêutica da infeção por HPV que tem vindo a alterar o paradigma do tratamento.
Este vírus está intimamente relacionado com o cancro do colo do útero, a consequência última da doença. O plano nacional de vacinação inclui a vacina do HPV de modo gratuito para os jovens de ambos os sexos. Esta é a nossa primeira recomendação.
Infelizmente, em Portugal, apesar de termos sucesso na percentagem de pessoas vacinadas (maioritariamente mulheres), ainda lidamos com uma taxa de mortalidade elevada devido ao cancro do colo do útero.
A terapêutica que desenvolvemos demonstrou regredir as lesões no colo do útero e promover a eliminação do vírus de forma significativa.
Perante os resultados obtidos com este produto sob a forma de gel vaginal, continuamos a estudar o seu percurso na doença e temos, mais recentemente, uma formulação oral, em cápsulas, que representa um reforço efetivo do sistema imunitário, permitindo que o vírus seja combatido de modo mais eficaz.
Este dia tem por objetivo sensibilizar a população para a necessidade de olhar de modo muito sério para o HPV e a forma como este vírus, o mais comum por transmissão sexual, deve ser encarado e prevenido. Assim, neste dia, falaremos sobre prevenção através da promoção da vacinação, da terapêutica para as mulheres que já são portadoras de HPV e para todos e todas, na promoção de um estilo de vida saudável, reforçando o seu sistema imunitário ou até como gerir a sua vida sexual.
Contudo, sem retirar a importância que este dia representa, a tomada de consciência quanto à forma como devemos lidar com o HPV é um trabalho de todos os dias.
Em termos de iniciativas relacionadas com o HPV, desenvolveremos, ao longo deste ano, diversas ações, umas puramente científicas, dirigidas aos profissionais de saúde, outras dando resposta à preocupação crescente em comunicar com a população. Damo-nos a conhecer porque acredito que é muito importante que os doentes saibam quem são os homens e mulheres que estudam e desenvolvem os produtos que utilizam para tratar as suas doenças. Para tal, vamos criar ou reforçar parcerias com entidades que têm a capacidade de chegar a grandes audiências.

Por fim, considerando o compromisso da Procare Health com a saúde e bem-estar da mulher, de que forma a empresa se envolve com a comunidade e os profissionais de saúde para garantir que as necessidades e preocupações das mulheres são abordadas de forma abrangente?
Somos agentes da Saúde. A forma como nos relacionamos com os demais agentes da saúde é de enorme respeito e parceria entre pares.
Um dos bens mais preciosos é o tempo, pela sua crónica escassez. Temos um enorme respeito pelo tempo dos profissionais de saúde, mas também pelo nosso. É fundamental que os profissionais de saúde vejam o nosso quotidiano junto deles um valor acrescentado. Enquanto responsáveis pelo desenvolvimento de novas armas terapêuticas, asseguramos que os profissionais de saúde dispõem de todas as informações necessárias para, com rigor, prescreverem às suas doentes as melhores opções de tratamento.
Por outro lado, temos um canal permanentemente aberto à população. Não nos substituindo nas indicações dadas pelos seus médicos assistentes, estamos sempre disponíveis para clarificar a forma como deverão, de modo correto, utilizar os nossos produtos e somos ouvintes atentos das suas preocupações. Aprendemos com o que ouvimos e observamos na comunidade e utilizamos essa aprendizagem para continuar a trabalhar diariamente, fazendo cada vez melhor o que sabemos fazer.