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“A CESCE continua ao serviço das empresas”

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“A CESCE continua ao serviço das empresas”

Vivemos atualmente um momento ímpar e excecional a nível nacional e mundial, provocado pela pandemia Covid-19. Primeiramente, de que forma é que a CESCE tem atuado para fazer face aos constrangimentos provocados por todo este cenário?
Na CESCE, a primeira coisa que fizemos para enfrentar esta situação de emergência foi adaptarmo-nos ao sistema de teletrabalho. Antes do mês de março, 15% dos colaboradores já utilizava o teletrabalho, mas, atualmente e na sequência das medidas de confinamento impostas para conter a pandemia, 99% dos colaboradores estão em teletrabalho. O mais importante é que fizemos este processo em tempo recorde e sem interrupções. Também estamos a assistir a reuniões, conferências e encontros comerciais através de webinars, tudo online. A nossa atividade continua em andamento. E a resposta de todos os colaboradores e das nossas áreas técnicas, informática e comercial está a ser exemplar neste sentido.

Os seguros de créditos à exportação são uma ferramenta essencial na promoção e no apoio às exportações portuguesas, que, inevitavelmente, serão afetadas pelo panorama atual. Neste domínio, qual será e deverá ser o papel da CESCE na promoção do financiamento dessas exportações?
A CESCE cobre todo o ciclo de risco comercial e vai continuar a fazê-lo porque as empresas precisam, agora mais do que nunca, do nosso apoio. Estamos numa conjuntura complicada em que a contraparte comercial já não sabe que fiabilidade tem, nem o que acontecerá com os balanços dos clientes durante os próximos meses. Nós continuaremos a segurar as vendas a crédito e a mobilizar liquidez através dos bancos, mas inevitavelmente, as empresas vão ter de reorganizar as suas formas de trabalhar a partir de agora: fundamentalmente, devem procurar novas cadeias de abastecimento como medida de segurança contra eventuais bloqueios e devem utilizar os seus agentes, agregados e mercados locais para garantir a continuidade da sua atividade em condições de segurança até que se recupere alguma normalidade. Até que isso aconteça a CESCE continuará a acompanhar as empresas nesta fase de adaptação.
Na CESCE teve que haver uma adaptação na política de atribuição de riscos comerciais, mas não fizemos nem vamos fazer cortes massivos.

Sente que a incerteza crescente nos mercados leva a que muitas empresas comecem a olhar para os vossos produtos como instrumentos necessários? Que mudanças verificaram desde que fomos abalados pela pandemia?
Sem dúvida que sim. Um seguro de crédito sempre foi necessário e um grande aliado das exportações e, portanto, da economia dos países. Até agora, muitas empresas pensavam que para estabelecer relações comerciais bastava dispor de um autosseguro.
Mas, na atualidade, o autosseguro é arriscado porque exige ter muito músculo financeiro e essa condição não está a acontecer nos momentos que estamos a viver, em que as empresas não estão a registar receitas e estão a enfrentar muitas dificuldades de liquidez. Recorrer a um seguro de crédito para segurar as vendas e a carteira de clientes é uma decisão rentável, que dará os seus frutos no futuro.
As empresas pelo mundo fora estão a ser muito afetadas. Os nossos segurados têm clientes que há dois meses eram empresas estáveis, cumpridoras com uma atividade a funcionar e com quem tinham relações comerciais há anos, com muita confiança e conhecimento. Neste momento, não sabem como estão esses seus clientes ou sabem que não estão bem. Mas com o seguro de crédito, são acompanhados pela seguradora com a atribuição de limites de crédito, podem continuar a vender aos seus clientes com garantia da seguradora.

Como está o mercado do seguro de Crédito à Exportação em Portugal a reagir perante este novo cenário? E a CESCE, que medidas tomou e vai continuar a tomar?
A CESCE lançou medidas de apoio específicas destinadas a ajudar as empresas neste momento. Por um lado, começou a comercializar um produto novo, a CESCE Fácil, uma apólice de seguro de crédito simplificada, totalmente online. E isto é muito importante numa altura em que temos de manter a distância social como meio de proteção contra o vírus. Além disso a empresa recorreu à flexibilidade para apoiar as empresas adiando o pagamento dos prémios e os diferentes prazos de comunicação nos contratos de seguro, numa altura em que as empresas necessitam de oxigénio e tempo para se recompor.

No âmbito das medidas adicionais de apoio às empresas relativas à situação epidemiológica do novo Coronavírus – COVID-19 e relativamente aos seguros de crédito à exportação com garantia do Estado, determinados aumentos. Que opinião aporta sobre estas medidas? Serão as mesmas suficientes?
As linhas de seguro de crédito com garantia do Estado que existem não são suficientes. É necessário um apoio do Estado aos seguros de crédito através do resseguro e que vai promover as vendas das empresas tanto de mercado interno como nas exportações. De uma forma geral, todos os governos dos países europeus estão a desenvolver estes mecanismos de apoio às linhas de risco dos seguros de crédito.

Enquanto referência do setor, quais diria que são as prioridades que a CESCE apresenta ao mercado e que por isso a distinguem nesta fase?
A prioridade é atuar como rede de segurança para as milhares de empresas que, por causa da crise decorrente da pandemia, estão a encerrar os seus negócios ou enfrentam sérias dificuldades em sobreviver. Neste sentido, para a CESCE, o objetivo imediato é garantir que as empresas possam, na medida do possível, continuar sua atividade e atender às suas cadeias de pagamento: de gastos tributários, salários, de arrendamento de negócios ou fornecedores, entre outros. O que nos distingue, portanto, é que disponibilizamos uma vasta gama de instrumentos de financiamento, de vigilância e de cobertura de risco e que estamos há quase 50 anos a oferecer garantias e segurança nos mercados internacionais.

A CESCE está presente em vários países. De que forma conseguem garantir os níveis de alta qualidade de assistência e serviço que prestam?
A CESCE está presente em 10 países do mundo. Os nossos padrões e requisitos de qualidade são elevados e trabalhamos muito com seguradoras locais e escritórios comerciais no país de destino. Um bom exemplo é a América Latina, onde as nossas filiais são líderes em seguro de caução. Aí a CESCE seguiu uma estratégia baseada na especialização do serviço em cada mercado e na otimização das redes de distribuição. E graças a isso, em 2019 mantivemos o caminho do crescimento no seguro de crédito e a posição de liderança no negócio de caução.

No domínio dos vossos produtos, quais são as soluções mais inovadoras a nível tecnológico que marcam a atualidade deste setor?
A CESCE Fácil é uma das nossas soluções mais dinâmicas e inovadoras. No caso das PME ou no caso das empresas que realizam vendas a crédito até 5 milhões de euros, a CESCE Fácil é a solução contra a falta de pagamento mais rápida, transparente e fácil de utilizar.
Permite segurar as vendas crédito e esquecer a gestão e procedimentos complicados dos seguros de crédito tradicionais. Além disso, pode-se conhecer imediatamente o preço do seguro de acordo com o volume de faturação da empresa e permite fechar o contrato de forma rápida e segura, através de um processo simples de assinatura eletrónica. A apólice é gerida 100% online e não implica nenhuma carga administrativa para a empresa, porque não têm de fazer declaração de vendas nem de cobranças.

Face ao atual estado, como explica os benefícios das empresas ao aderirem a um seguro de crédito à exportação?
Existem muitos fatores que explicam que as empresas que possuem seguro de crédito tenham contas saudáveis e sejam competitivas: em primeiro lugar, dispor de um seguro deste tipo, é uma garantia quanto ao risco de atrasos de pagamento e incobráveis, permitindo que a empresa continue a ter liquidez e manter a sua atividade, gerando receitas; em segundo lugar, impulsiona o crescimento comercial porque abre a possibilidade de explorar novos mercados com apoio e garantias. Ou seja, as empresas aumentam as suas vendas; em terceiro lugar, em caso de falta de pagamento recebe uma indemnização da seguradora, a empresa não sofre um buraco nas suas contas e pode continuar a manter a sua produtividade; além disso, permite o acesso ao financiamento comercial e, por último, estes seguros facilitam a recuperação, poupando a empresa de procedimentos complicados e possíveis perdas. Em síntese, um bom seguro de crédito atua sobre todas aquelas ameaças a que estão expostas as empresas que vendem bens e serviços a crédito.

O que podemos continuar a esperar por parte da CESCE de futuro? Continuará a marca a ser um parceiro essencial para as empresas lusas no que concerne aos seguros de crédito à exportação?
A CESCE continua ao serviço das empresas e, de facto, esta é a primeira mensagem que queríamos enviar às empresas assim que o confinamento e distanciamento social começou. Devem saber que uma Companhia como a nossa continua em atividade e isso é uma garantia para o funcionamento de todo o sistema. Portanto as empresas portuguesas podem estar seguras de que o nosso compromisso com elas é firme: continuaremos a proporcionar-lhes segurança nas suas trocas comerciais contra possíveis faltas de pagamento e continuaremos a oferecer análises de solvência atualizadas sobre os seus clientes nacionais e estrangeiros, uma informação que agora é mais necessária do que nunca.
Por outro lado, em termos comerciais, Portugal é um mercado natural para Espanha e, ao contrário, Espanha também o é para as mais de 6.000 empresas portuguesas que vedem a Espanha regularmente. E nesse sentido, uma companhia como a CESCE, que opera comercialmente em ambos os países vizinhos, é uma ponte e um laço comercial que devemos reforçar para lançar as bases da recuperação. A pandemia passará e trataremos de recuperar a normalidade apoiando-nos em quem sempre nos deu confiança e tranquilidade. A CESCE está aberta a resolver de maneira ágil e flexível todas as novas necessidades que surjam a partir de agora.