Início Atualidade “AO IMPACTARMOS POSITIVAMENTE NO OUTRO, SOMOS LÍDERES”

“AO IMPACTARMOS POSITIVAMENTE NO OUTRO, SOMOS LÍDERES”

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“AO IMPACTARMOS POSITIVAMENTE NO OUTRO, SOMOS LÍDERES”

O que é a Blacktower Financial Management (International), Ltd e de que forma tem singrado no mercado?
A Blacktower foi fundada em 1986 por John Westwood e oferece um serviço de consultoria financeira. Já celebrámos mais de 30 anos de sucessos que refletem a nossa capacidade de responder com pragmatismo às exigências do setor. Esse é o fator de excelência da Blacktower, tendo em conta a complexidade do contexto: a incerteza e ciclicidade económica, a variabilidade dos interesses dos investidores, a mutabilidade das legislações nacionais e internacionais. Toda a equipa, deste e do outro lado do Atlântico, tem noção dos desafios, mas quando se está entre pessoas dedicadas, para quem o objetivo cardeal é oferecer um serviço de qualidade que prima pela proteção do investidor, tudo fica mais fácil. Na Blacktower, o esforço é coletivo daí a flexibilidade desta marca global ser orientada para os resultados, centrada nas pessoas, garantindo a confiança dos investidores.

Que análise faz da sua carreira e de que modo se cruzou com a Blacktower?
Após ter concluído os meus estudos em Business Economics, na África do Sul, iniciei a minha carreira em Portugal, tendo-me mantido ao longo destes últimos 30 anos sempre no setor financeiro. Passei por várias multinacionais, como Barclays e Deutsche Bank acabando por ingressar na Blacktower em fevereiro 2013. Sou Country Manager desde 2015 e sinto-me realizada com o rumo que dei à minha carreira continuando com a mesma motivação.

Sendo uma gestora de pessoas e líder reconhecida, que características aponta como cruciais para estes papeis?
Uma líder é sempre uma gestora, mas nem sempre uma gestora é uma líder. Do mesmo modo que uma líder é uma empreendedora, mas nem todas as empreendedoras são líderes. Uma líder é uma empreendedora social, que partilha o mérito e o conhecimento, que se corrige, que é capaz de promover relações interpessoais positivas e de ter um compromisso ético. É saber ser empática, saber motivar, ser inspiradora e ter consciência do seu impacto na vida do Outro.

Quem é Manuela Robinson como líder e mulher?
Sou determinada, frontal, desafio-me a mim própria. Sou mãe e aí tento ser a melhor líder que há em mim. Venho sempre aprendendo com todos os projetos em que participo e faço parte de várias associações. Destaco o Rotary, sou Governadora Assistente 2020/21 e fui Presidente de um Clube Internacional em 2017/18, aí exploro o meu lado empático e humano: conhecendo, ouvindo e sentindo os sentimentos do Outro, como diz Daniel Goleman: não ser mera espectadora. Devemos ser e dar o exemplo.

Ser mulher é um fator impeditivo no setor financeiro?
Ele é, basicamente, masculino – não é nenhum segredo e já tenho falado sobre isso. Mas temos visto mudanças no sentido de uma maior inclusão feminina. Empresas têm vindo a realizar programas de mentoria e coaching para jovens mulheres a dar os primeiros passos. Este esforço é fundamental. Mas as mulheres têm de ajudar mulheres. Não podemos ser conformistas ou complacentes com a cultura organizacional que nos envolve.

Existe diferença entre uma liderança feminina e uma masculina? Ou a liderança positiva não tem género?
A existir, é uma diferença que não deixa de ser subjetiva. A ideia de liderança positiva é, ao invés, neutral e resume-se a transformar a “liderança como posição”, afetada por fenómenos como o glass ceiling, que dificultam o acesso de mulheres a cargos elevados, em “liderança como mindset”. Qualquer pessoa pode ser líder, se tiver o mindset adequado. Ao impactarmos positivamente no Outro, somos líderes.

O que podemos esperar de si e da Blacktower?
Vamos continuar a garantir um futuro financeiro com a máxima tranquilidade aos nossos clientes, sempre atentos aos desafios dos tempos. Recentemente vimos a correção mais rápida do mercado de ações norte-americano desde o pós-guerra, o medo e o pânico tomaram de assalto os mercados. Vimos hoje, sinais promissores de recuperação económica: bancos centrais com políticas monetárias e governos com políticas fiscais para estabilizar os mercados. Contudo não temos uma bola de cristal e é impossível prever como vão reagir os mercados. Estou confiante que a economia global resistirá e valorizará, a longo prazo, os ativos dos investidores, sobretudo, dos que têm um portfólio diversificado. Os mercados são resilientes e, geralmente, a sua recuperação traz ganhos expressivos. Os mercados financeiros olham para o futuro e a economia informa-nos do que ocorreu no passado. Afinal, “it’s about time in the market – not timing the market”.