Início Atualidade Há uma nova linha de atendimento do SNS para vítimas de violência doméstica

Há uma nova linha de atendimento do SNS para vítimas de violência doméstica

Há uma nova linha de atendimento do SNS para vítimas de violência doméstica
Foto e Texto: NIT

Esta quarta-feira, 29 de abril, o secretário de Estado da Saúde anunciou uma nova linha de apoio do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para as vítimas de violência doméstica. António Lacerda Sales revelou que “uma das preocupações do governo é a garantia de que o Estado continua a proteger e a não deixar os mais vulneráveis sem resposta” durante a pandemia da Covid-19 no País.

Na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde explicou que foi criada uma nova linha de atendimento por SNS com o número 30 60. É gratuita e não permite a identificação dos contactos por parte do agressor. António Lacerda Sales explica que este número serve para prestar informações, apoiar, encaminhar as vítimas e, em caso de perigo elevado, aciona as forças de segurança para verificação imediata das situações no local.

Além desta linha, mantém-se também em funcionamento o contacto para vítimas de violência, 800 202 148, e o email violencia.covid@sig.gov.pt. Desde o dia 19 de março, estas três linhas receberam, no total, 308 pedidos.

Desde o início de março, a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, pôs em marcha um plano de combate à violência doméstica no contexto do novo coronavírus em parceria com o ministério da Saúde. Além de uma campanha de alerta social massiva, também as redes de abrigo e emergência têm estado em funcionamento, respeitando as regras de isolamento social. Segundo o secretário de estado da Saúde, foram ainda contratualizadas duas novas casas de abrigo para estes casos, que correspondem a mais 100 vagas. Entre 6 e 27 de abril, estas casas acolheram 50 vítimas.

“Em Portugal, ao contrário de outros países europeus, não se regista um aumento de participações por violência doméstica”, revelou António Lacerda Sales na conferência de imprensa desta quarta-feira, acrescentando que as forças de segurança — PSP e GNR — registaram um decréscimo das participações em 39 por cento face ao mesmo período do ano passado.