Início Atualidade OPINIÃO DE PEDRO GONÇALVES, DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA: A NOVA DIMENSÃO DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

OPINIÃO DE PEDRO GONÇALVES, DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA: A NOVA DIMENSÃO DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

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OPINIÃO DE PEDRO GONÇALVES, DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA: A NOVA DIMENSÃO DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

De facto, esta é uma tendência que se tem vindo a consolidar a nível Europeu, e Portugal já conta com um crescente número de instituições, que começaram a disponibilizar informação geográfica, sem custos, a utilizadores, com base em protocolos de dados abertos, como WMS e WFS (Web Map Service e Web Feature Service). Estamos a falar de instituições estatais que atuam a nível nacional como a DGT, LNEG, IPMA, INE, CiGeoE (entre outras de paralela importância), e outras, a nível local, como autarquias que cada vez mais apostam em standards e políticas de dados abertos na recolha, tratamento e partilha dos seus dados geográficos. Estas instituições, basilares na organização e valorização do nosso território, são assim um bom exemplo da dinâmica geográfica crescente em Portugal e tornam-se positivamente impactantes para a melhor e mais eficiente gestão e ordenamento do território.
No caso de autarquias, o acesso a fontes de dados e possibilidade de reporting em tempo real por parte dos cidadãos influencia, de forma extremamente efetiva, o paradigma no qual a comunicação entre utilizadores e instituições é conduzida. Isto possibilita uma elevada interação e consciencialização sobre potenciais problemas que possam existir ou necessidades de intervenção em determinado local, e discussão de eventuais soluções.
Outra tendência que se tem vindo a observar é a criação de observatórios de cidadãos, que permitem a colaboração de uma rede de utilizadores com incidência no ambiente e território. São baseados em plataformas que permitem abordagens inovadoras ao nível da observação da Terra, acessíveis através de aplicativos integrados, por exemplo, em dispositivos móveis. A questão da democratização do acesso a este tipo de plataformas é revolucionária, dado que possibilita a interação, em tempo real, do utilizador com determinada instituição. A validação de dados ou reporting feito por utilizadores é um conceito que será uma norma necessária na interação entre, por exemplo, o munícipe e a autarquia ou agentes de proteção civil.
Torna-se desta forma, evidente a alteração de paradigma na interação com a informação geográfica. Este facto permite afirmar, que, neste momento, os sistemas de informação geográfica, são ferramentas absolutamente essenciais na dinamização do território, pois permitem o acesso a dados e conhecimento sobre o território de uma forma eficaz e eficiente, promovendo, por um lado, comunidades mais informadas e resilientes e, por outro lado, uma maior transparência nos processos de apoio e tomada de decisão.
As alterações promovidas pelas instituições e empresas não serão suficientes caso não exista o reconhecimento da importância dos dados de índole geográfica, que permitem um maior conhecimento sobre questões ligadas à expressão de determinada variável no território e das plataformas por onde esta informação é disponibilizada. Acompanhando estas mudanças é igualmente necessária uma capacitação transversal, através de ações de sensibilização e formação à medida, ajustada aos objetivos de cada utilizador ou entidade, seja em termos de software, técnicas de processamento, tratamento de dados e disponibilização de informação.
Neste sentido, e por ser precisamente um dos objetivos primários que esteve na origem da sua criação, a Associação Portuguesa para os Sistemas de Informação Geográfica – APPSIG, tem promovido e continuará a promover diferentes encontros e formações online no âmbito da utilização de diferentes sistemas de informação geográfica.
Ficando o leitor interessado em saber mais informações acerca das atividades da APPSIG, não hesite em consultar o nosso sítio web e acompanhar-nos através das nossas redes sociais.