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Três em cada dez mulheres portuguesas adiaram a maternidade por causa da pandemia

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Três em cada dez mulheres portuguesas adiaram a maternidade por causa da pandemia

Ainda de acordo com o mesmo estudo, apenas 22% da população portuguesa considerou realizar mais tratamentos de fertilidade durante a pandemia, sendo a faixa etária acima dos 45 anos o grupo que mais o considerou.

Mas a pandemia teve outros impactos, como o stress e a ansiedade (49%), medo e incerteza (38%), os sentimentos que afetaram mais de um terço das pessoas em Portugal, um stress que passou para 48% nos homens mais jovens e 57% nas mulheres. De resto, os problemas psicológicos (33%) são mesmo uma das principais consequências da pandemia indicadas pelos portugueses, valor que nos coloca ligeiramente acima da média europeia (30%), e que se faz acompanhar pela dificuldade em cumprir as responsabilidades familiares e laborais (27%, o mesmo que a média dos restantes países onde foi realizada a sondagem).

Convidados a avaliar o seu estado de saúde físico, 42% dos portugueses consideram-no “bom” ou “muito bom”, o que nos torna o país europeu com menos cidadãos que assim o caracterizam, seguido da Bélgica e Alemanha (ambos com 49%). Um estado que é ainda percecionado como pior quando a questão tem a ver com a saúde emocional: aqui, apenas 38% a classificam como “boa” ou “muito boa”, um valor que nos coloca no segundo pior lugar, apenas atrás dos alemães (37%).

Ainda de acordo com o estudo, 76% dos inquiridos defendem ser necessário mais investimento em medicina preventiva e de saúde pública, um valor bem acima da média europeia (56%), seguido por uma maior aposta na saúde mental (57% vs 41% da média europeia) e cuidados de saúde primários (49% vs 43%).

Mas, afinal, também houve aspetos positivos associados à pandemia. Quase metade dos portugueses viram a sua solidariedade (44%) melhorar, um valor acima da média europeia (33%). Quanto à sua resiliência, também aumentou, pelo menos para 40% dos inquiridos (vs 22% da média europeia).

A vida social foi reduzida para seis em cada 10 europeus, um valor muito superior ao nacional. Por cá, apenas dois em cada 10 sofreram esta consequência da pandemia, com 21% a afirmarem ter melhorado a sua dieta após um ano de Covid-19 (vs 20% da média europeia) e 25% a confirmarem uma redução no consumo de álcool e drogas (vs 24%). Para 33%, houve mesmo uma redução das relações sexuais.

“Todos comentam que esta pandemia teve como consequências uma grande crise a nível da saúde, social e económico e, por isso mesmo, na Merck quisemos saber, através dos números reais e representativos, o seu verdadeiro impacto junto dos Portugueses e Europeus. Acreditamos que só questionando as pessoas sobre o que elas sentem, pensam e precisam conseguiremos ajudar com respostas. Uma sociedade saudável é a base para a construção de uma sociedade mais forte, segura e que cria valor”, explica Pedro Moura, Diretor-Geral da Merck.

O estudo ‘Merck survey: Europeans’ perception of health two years after the start of Covid 19’ foi realizado junto de pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 65 anos, em 10 países europeus (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suíça), através de uma abordagem CAWI (entrevistas realizadas através da Internet). A amostra nacional foi de 600 pessoas e as entrevistas decorreram entre 31 de agosto a 8 de setembro de 2021.