“A Vitropor irá manter o seu Foco nos seguintes aspetos: o Saber-Fazer, o Compromisso e a Inovação”

Este ano celebra-se o Ano Internacional do Vidro, isto porque, proteger o meio ambiente é um dos principais benefícios deste material, que se destaca por ser reciclável. Em entrevista com a Revista Pontos de Vista, Pedro Aguiar, CEO da Vitropor, garantiu que apesar dos desafios crescentes que a utilização do vidro implica, a marca continuará a apostar cada vez mais na inovação para que a pegada ambiental se torne menos impactante.

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A Vitropor é fundada em 1990 com um papel consciente junto da sociedade. Para melhor entender, como nos pode descrever qual é a verdadeira missão da marca? Quais os valores que a tornam numa referência?
A Vitropor é criada em 1990 com o propósito de dinamizar a oferta de vidro temperado através de um sistema horizontal. Até à data, nenhuma outra empresa nacional com capitais privados detinha essa valência, e a escassez de oferta impedia o crescimento dessa gama de produtos. Quer através da instalação desse forno de têmpera quer mais tarde com a montagem de uma das primeiras linhas de vidro laminado nacionais, a missão da Vitropor foi sempre a de acrescentar valor e dinamizar o setor em benefício de todos os intervenientes.

Tendo em conta que a atividade da Vitropor é preocupada com a pegada ecológica dos seus produtos, recorrendo a energia solar própria e energia verde, acredita que esta promoção da sustentabilidade tem levado o mercado do vidro a oferecer produtos e serviços mais sustentáveis? Em que medida?
A utilização da energia é bastante representativa no nosso parque de máquinas em particular, mas no setor do vidro e da cerâmica em geral. A Vitropor optou por utilizar a energia elétrica por considerar que esta permite uma maior facilidade na manutenção dos equipamentos, um risco menor na utilização dos mesmos e a maior rapidez no ajuste dos parâmetros de processo. Cada vez mais conscientes da importância das questões ambientais e da própria volatilidade do mercado energético, decidimos implementar uma central fotovoltaica, tendo igualmente o cuidado de pôr em prática medidas de racionalização no fabrico, e de organização e planeamento das cargas de trabalho. Em 2021, efetuamos também um investimento relevante na renovação e atualização dos sistemas de comando das linhas de fabrico de vidro temperado e vidro laminado, de forma a conseguirmos obter melhorias funcionais e ganhos de eficiência, beneficiando também a qualidade final do produto.

Sabemos que proteger o meio ambiente é um dos principais benefícios do vidro, uma vez que este é um material que se destaca por ser reciclável. Assim, de que forma a Vitropor alia este caminho de mãos dadas com a sustentabilidade, à inovação e tecnologia?
A reciclagem do vidro é sem dúvida uma vantagem para a proteção ambiental, mas uma prática com uma história que não é recente. Desde sempre segregamos desperdícios de corte por tipo de vidro (incolor, cor e outros) para facilitar a sua recolha e reaproveitamento enquanto material base, tendo a Vitropor parcerias de longa data com entidades responsáveis pela gestão eficiente dos resíduos resultantes da produção. Cumulativamente, e muito para além de melhorias no substrato, o vidro tem alcançado não só desempenhos energéticos assinaláveis como tem também melhorado a acústica e uma das suas mais virtuosas qualidades, a da transmissão luminosa, através da utilização de revestimentos metálicos complexos, beneficiando a pegada ecológica.

A verdade é que os inúmeros setores de atividade têm vindo a sofrer transformações, particularmente nos últimos dois anos. De que forma a Vitropor se tem adaptado a estes desafios no sentido de uma produção mais digitalizada? O que mudou na organização?
A Vitropor tem vindo sempre a apresentar uma postura inovadora não só na oferta de produtos diferenciados como na sua organização interna e serviço ao cliente. A tecnologia de que dispomos, quer em termos de equipamentos quer em termos de infraestrutura informática, facilita a integração de desenhos e especificações, favorecendo por isso a importante temática da digitalização na indústria. A utilização das novas tecnologias por si só não é suficiente, pelo que me parece igualmente relevante destacar a capacidade de adaptação e esforço de toda a equipa na utilização das mesmas e sobretudo no acompanhamento personalizado ao cliente, algo que pelo menos para nós será difícil de traduzir num algoritmo. A proposta de valor da Vitropor é efetivamente a de compromisso e colaboração constantes, pelo que existe uma preocupação crescente na otimização de todos os seus processos, incluindo naturalmente o serviço pós-venda, que consideramos ser tão importante quanto todos os outros.

Na sequência de o vidro se ter vindo a tornar um material versátil e transformador, a ONU aprovou a comemoração do Ano Internacional do Vidro em 2022. O que significa esta efeméride no seio da Vitropor?
Temos consciência dos desafios crescentes que a utilização cada vez mais transversal do vidro implica. Cientes das dificuldades, mas com todo o empenho, estamos a preparar a apresentação de duas novas linhas de produto até ao final do ano. Uma delas vocacionada para o interiorismo e uma outra para o setor dos transportes. Está, portanto, no nosso horizonte concretizar esses dois objetivos até ao final deste ano, precisamente quando comemoramos a presença quotidiana do vidro nos edifícios, nos transportes, como material de embalagem, nas comunicações, nas energias renováveis, na saúde, sem esquecer naturalmente as representações artísticas.

A terminar, enquanto CEO da Vitropor, como perspetiva o futuro da marca que lidera e ainda o setor onde se enquadra, principalmente neste ano dedicado ao vidro?
Sendo o vidro um material com enormes potencialidades, a Vitropor irá manter o seu foco nos seguintes aspetos: o saber-fazer, o compromisso e a inovação. Enquanto responsável da empresa espero conseguir que o grau de satisfação de todos os que com ela se relacionem seja crescente e sustentável. Neste sentido, e considerando o Ano Internacional do Vidro, deixo também aqui uma palavra de apreço e a minha homenagem pelo contributo de todos os colaboradores que são sem dúvida o maior capital da nossa organização.