Somos uma associação independente, apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e constituída por cidadãos que se juntaram em torno do mesmo interesse pela Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais e na Defesa do Ambiente em geral, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado.
A Associação designa-se Quercus por ser essa a designação comum em latim atribuída aos Carvalhos, às Azinheiras e aos Sobreiros, árvores características dos ecossistemas florestais mais evoluídos que cobriam o nosso país e de que restam, atualmente, apenas relíquias muito degradadas.
Ao longo dos anos, temos vindo a ocupar na sociedade portuguesa um lugar simultaneamente irreverente e construtivo na defesa das múltiplas causas da natureza e do ambiente.
O âmbito de ação abrange hoje diversas áreas temáticas da atualidade ambiental, onde se incluem, além da conservação da natureza e da biodiversidade, a energia, a água, os resíduos, as alterações climáticas, as florestas, o consumo sustentável, a responsabilidade ambiental, entre outras. Este acompanhamento especializado é, em grande parte, suportado pelo trabalho desenvolvido por vários grupos de trabalho e projetos permanentes.
Este estatuto foi progressivamente conquistado através de uma conduta atenta ao real, sem perder o ponto de referência fundamental dos princípios, nem se afastar das necessidades de complementar a denúncia crítica com o esforço para a construção de consensos na sociedade portuguesa, sem os quais nenhum efetivo modelo de desenvolvimento sustentável será possível no nosso país. Uma das características da Quercus é a sua descentralização, através dos 18 Núcleos Regionais espalhados um pouco por todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, que acompanham a realidade ambiental e realizam atividades de sensibilização no seu raio geográfico. Além disso, gere três Centros de Recuperação de Animais Selvagens que integram a rede nacional de centros sob tutela do Instituto da Conservação da Natureza: o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS), o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM) e o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA).
Conta com cerca de quatro mil associados ativos, 150 dirigentes, 450 voluntários regulares e trabalha várias áreas temáticas, entre elas a conservação da natureza, energia, alterações climáticas, poluição atmosférica, mobilidade, educação para a sustentabilidade, resíduos, água e florestas. São estes grupos que desenvolvem inúmeros projetos, no caso da conservação da natureza falamos dos LIFE+ Higro, LIFE + Habitats Conservation, Avifauna e Linhas elétricas, Biodiversidade no Tejo Internacional, Rede de micro-reservas biológicas (13 espaços incluídos na rede); LIFE+ Ecotono- Gestão de habitats ripícolas para a conservação de invertebrados ameaçados, LIFE + Innovation Against Poison, LIFE+ Taxus, Projeto de conservação de organismos fluviais, Projeto Criar Bosques, Floresta Comum, Projeto Conservação de Montados, Projeto Greencork, Programa Antídoto, Recenseamento da Cegonha-branca,e a Campanha Polinizadores. Na área da energia temos o projeto Topten, o projeto ProCold, o EnergyOff , o ClimAdaPT.Local o MarketWatch e o FRONT. No que diz respeito à àgua foi desenvolvido o projeto DQa e o projeto de conservação Ex Situ de Organismos Fluviais. A Quercus lança várias campanhas para apelar ao envolvimento e participação dos cidadãos, a título de exemplo temos a Campanha “ Contra o uso dos Herbicidas nos Espaços Públicos”, “Vamos Gravar Esta Ideia – Recolha de Cds Usados”; “Diga Não Aos Passarinhos no Prato e na Gaiola”, e a “Transgénicos Fora”. Estamos também mais próximos da população através das redes sociais, do nosso jornal Quercus Ambiente, da Newsletter semanal e da rubrica diária na rtp1 que conta já com dez anos e a transmissão de mais de 2.500 conselhos ambientais. A Associação tem a capacidade para colocar em debate público várias questões de grande importância para a qualidade ambiental em Portugal, apresentando inúmeras posições públicas no decorrer de ações por si realizadas ou por solicitação direta da comunicação social, emissão de notas e realização de conferências de imprensa. Mantemos a participação em várias plataformas de intervenção, privilegiando uma atuação concertada com outras Associações de Defesa do Ambiente, de modo a melhor alcançar os objetivos comuns. Assim, nesta ótica de cooperação, a Quercus colabora com algumas plataformas e Associações tais como “Sabor Livre”, “Não ao Nuclear”, “Transgénicos Fora”, “Movimento Protejo”, “Cerrar Almaraz”, “Salvar o Tua”, entre outras.
Apoiamos os cidadãos no encaminhamento de centenas de queixas sobre atentados ambientais e intervimos publicamente para garantir a correção de inúmeras situações de atropelo ao ambiente e à respetiva legislação.
Somos uma Associação ativa, que depende do apoio dos sócios e do envolvimento dos voluntários, e por essa razão apelamos a que se juntem em nós por esta luta que é de todos!
Mais informação disponível no nosso site em
www.quercus.pt.
OPINIÃO João Branco, Presidente da Direção Nacional da Quercus – ANCN