“Justus”, de Paulo Neves: Tribunal da Relação do Porto acolhe primeira exposição nos Passos Perdidos

Até 31 de Janeiro, os Passos Perdidos do Palácio da Justiça - no terceiro piso do Tribunal da Relação do Porto - acolhem a exposição de escultura “Justus”, de Paulo Neves, que apresenta 10 peças concebidas a partir de um carvalho americano centenário que habitou a Casa do Campo Pequeno – antigo Palacete Pinto Leite.

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A queda aparatosa, em 2021, deu origem a um trabalho artístico que expressa uma nova vida e, sobretudo, a ideia de justiça. Desafiado por António Moutinho Cardoso e por Adélio Gomes, o escultor Paulo Neves transformou cerca de uma dezena de troncos da velha árvore em esculturas de diferentes dimensões – tendo a maior cerca de 3 metros -, que povoam a primeira exposição a ter lugar no terceiro piso do Tribunal da Relação do Porto.

Para José Igreja Matos, Presidente do Tribunal da Relação do Porto, “contemplando as esculturas que constituem o âmago da nossa mostra, ergue-se, de imediato, o silêncio junto daqueles que as observam. Perdura um respeito reverencial; mas, vendo bem, é mais do que isso: uma perceção, intensa, intuitiva – o que nos contempla transcende-nos, existe para além de nós, é-nos superior. (…) É com os justos que gostamos de estar no espaço simbólico do tribunal”.

O escultor Paulo Neves define este trabalho como “uma linguagem negra, uma solenidade própria da imagem que em criança criamos dos juízes. A dimensão, o silêncio, a imponência de cada figura lembra-nos que todos tentamos ser justos embora a condição humana nos consciencialize de que todos erramos. Há qui também alguma justiça poética na transformação de uma árvore morta que tentei ressuscitar numa nova vida simbólica, longe do fim e do abandono, perto da mensagem de causa que reclama a verdade”, destaca.

Patente até Janeiro de 2023 no Tribunal da Relação, a exposição “Justus” pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 18 horas, com entrada livre.

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