Ideias para o património do Estado enquanto aumentam os sem abrigos

"Temos de pensar em juntar sinergias de quem em Portugal atravessou outras crises e guerras, mantendo a nossa Liberdade individual e coletiva em todas as suas dimensões aplicando desta forma soluções práticas e evitando a miséria e pobreza dos portugueses"

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Hoje a rádio tem anunciado que os sem-abrigos em Portugal aumentaram 74%.

O socialismo em 23 anos de governação não resolveu os dois milhões de pobres em Portugal e para infelicidade de todos nós, a situação em que estamos só se irá agravar. A par deste facto temos visto nos nossos telejornais alguns edifícios e espaços que dariam excelentes habitações para jovens ou famílias em caso de necessidade. Projetos estes que teimam em sair do papel e que dariam a milhares de famílias um simples lar para viver.

No entanto, estes projetos nas grandes cidades, em Lisboa, na zona marítima de Algés, na Av. 5 de Outubro, entre outros… são uma gota de água no oceano, se analisarmos com cuidado todos os ministérios do governo que detêm uma enorme quantidade de património com especial atenção para o património colossal do Ministério da Defesa e de outros como é o caso do ministério da educação e o do ensino superior…

Extenuante e triste de analisar, é também o património das câmaras municipais que escondem com toda a veemência do poder central; casas, palacetes e palácios para os seus projetos muitas vezes não tão urgentes como tirar famílias portuguesas do limiar da pobreza e da rua.

Como gosto sempre de dar exemplos da realidade, posso mencionar alguns palácios como é o caso da Quinta da Graça no Jamor pertença da Faculdade de Motricidade Humana, palacetes como a antiga escola primária do Dafundo, as vivendas do estado em deterioração das famílias dos antigos militares no quartel de artilharia de Vendas Novas, as messes militares com taxa de ocupação quase nula em pleno centro de Lisboa, entre muitos outros casos de património edificado espalhado pelo país que poderia prestar um serviço não só às famílias necessitadas mas também às classes profissionais que se deslocam, como os professores, médicos, entre outros.

Outra ideia que o Estado não aplicou e que poderia de certa forma ser eficaz, seria iniciar um diálogo com a igreja católica de forma a combater a pobreza, no sentido de também restaurar e rentabilizar para ambas as partes, os seminários abandonados ou vazios que existem espalhados pelo país como tem sido um bom exemplo a parceria entre a Câmara Municipal de Guimarães e o seminário do Verbo Divino em Guimarães que já serviu de local de internamento de infetados COVID-19 e de vacinação aquando da pandemia, assim como tem sido local de acolhimento de jovens universitários em quartos com condições ideais devido à falta de vocações sacerdotais. O combate à pobreza e a ajuda aos necessitados é também a principal missão da Igreja.

Sei bem que a esquerda irá dizer, como sempre, que a afetação de habitações do estado a classes profissionais será uma medida ultrapassada e que Salazar também a adotou, assim como qualquer entendimento com a Igreja católica também o será…mas como historiador que sou, acho que devemos olhar para a História e retirar a parte boa que ela nos deixa e face ao desespero a que nos levarão a multiplicação das guerras em diferentes partes do mundo, temos de pensar em juntar sinergias de quem em Portugal atravessou outras crises e guerras, mantendo a nossa Liberdade individual e coletiva em todas as suas dimensões aplicando desta forma soluções práticas e evitando a miséria e pobreza dos portugueses.

Paulo Freitas do Amaral, Professor de História

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